Por enquanto, é uma pré-candidatura dele mesmo e do diretório do PT, sem alianças
Tasso Franco , da redação em Salvador |
11/02/2021 às 10:38
Jaques Wagner quer voltar a governar a Bahia
Foto: REP
O diretório estadual do PT na Bahia, que tem o comando do senador Jaques Wagner, o Éden Valadares, atual presidente do partido no estado é assessor do senador, lançou-o pré-candidato a governador da Bahia, em 2022, aproveitando o aniversário de 41 anos de fundação do partido e entendendo que ACM Neto já está em campo pelo DEM e os espaços não podem ficar vazios a espera de uma decisão colegida.
Nesse aspecto, até justifica-se o pré-lançamento do nome Wagner, mas considrando que existe uma coligação de partidos que dá sustenção ao governo do PT e o comandante deste governo é Rui Costa, fica-se na dúvida se Rui compactou com essa decisão do diretório do PT ou se foi uma coisa isolada, uma atitude partidária sem o aval de Rui. Por enquanto Rui nada falou nem deve fazê-lo, salvo se for provocado por algum jornalista.
A tese do diretório de que o carro deve ir à frente dos bois é conhecida (fato consumado, decisão de partido), porém exige cautela um a vez que, ao menos 6 dos partidos que compõem a base (PSD, Otto Alencar; PSB, Lidice da Mata; Avante, Sgt Isidório; PCdoB, Olivia Santana; Podemos, Bacelar; PP, João Leão) deveriam ser consultados e não foram.
O senador Otto Alencar (PSD) em entrevista ao Portal A Tarde já disse que só vai falar desse asssunto no dia 29 de março de 2022. Educadamente, comentou a decisão do PT sobre Wagner, mas isolou. Não disse sim; nem não.
Nos bastidores da política, diz-se que o governador Rui Costa, como aconteceu na disputa eleitoral na capital, quando lançou, em 2020, um nome novo major Denice Santiago a prefeita gostaria de remoçar o PT no plano estadual e estaria 'trabalhando' o nome do secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues, para provável candidato a governador a ser analisado pela base dentro da renovação de quadros.
Teria, ainda, com a pandemia do coronavirus, surgido um nome (também novo na política partidária), o do secretário da Saúde, Fábio Villas Boas, nesse campo da renovação. Vilas Boas tem aparecido bastante no decorrer do combate ao coronavirus, além do que um secretário técnico faz.
Há, ainda, no campo tradicional, ao menos dois nomes dentro da base que gostariam de ter a oportunidade de disputar o governo do estado, o de Otto Alencar (sempre citado todos os anos eleitorais) e João Leão, o vice-governador, PP, ambos já deram uma grande contribuição aos candidatos do PT (Wagner e Rui) e agora, ou seja, 2022, desejam uma recompensa. Vigoraria 'interna-corporis' a tese de que chega de dar apoio; o momento é de receber apoio.
Não diria que os demais nomes dos partidos, a deputada Lidice da Mata, o deputado Isidório, e os deputados Bacelar e Olivia, três dos quais derrotados flagorosamente nas eleições municipais de Salvador almejem uma candidatura a governador.
No entanto, querem ser ouvidos e o PCdoB e o PSB gostariam muito de participar da majoritária não ncessariamente na cabeça da chapa. Creio, também, que ninguém deseja conversar esse tema agora, a miude, deixando dar mais tempo ao tempo, e esperar as águas de março de 2022.
Por enquanto, pelo podemos denotar, a pré-candidatura de Wagner a governador, em 2022, é dele mesmo. Não há forças agregadorras. Pode até ser que adiante venha esse recheio. Mas, duvido que isso aconteça pelo menos da forma que o PT, como partido, espera, de mão beijada.