O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelino Galo (PT), se solidarizou com o jornalista e então deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, Jean Wyllys, que anunciou exílio e renuncia ao mandato por temer as ameaças de morte que vinha sofrendo no Brasil. O jornalista baiano durante anos foi vítima, no Congresso Nacional, de homofobia, ofensas e ataques gratuitos pelo então deputado Jair Bolsonaro. Para Galo, as ameaças sofridas por Jean Wyllys representam uma ameaça à democracia e tem estreita ligação com o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, executados em março de 2018. Quase um ano depois, o crime segue impune, mesmo indícios apontando para participação de milícias no caso.
“Exílio de Jean Wyllys é mais uma prova de que a democracia se tornou perigosa no Brasil. Imagem e credibilidade de nosso país irremediavelmente está manchada no mundo pela sequência de acontecimentos desde 2016”, enfatizou o parlamentar, em sua conta no Facebook. “Nossa tarefa é cobrar apuração pelas autoridades competentes quanto às ameaças sofridas pelo jornalista e deputado (um dos principais opositores da família Bolsonaro no Congresso Nacional), denunciar à Comunidade Internacional mais esse grave precedente (que inclusive custou a vida de Marielle Franco e Anderson Gomes, crimes ainda hoje impunes)”, afirmou. Para Galo é preciso “resistir, defender os direitos sociais e civis do povo brasileiro e reconquistar a estabilidade democrática, via organização e luta popular, que o governo de ocupação usurpou da nossa sociedade”.