Política

CMS analisa projetos sobre saúde animal, literatura e ciclistas em SSA

Kiki Bispo sugere uma Semana de Conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 26/07/2018 às 21:54
Ana Rita, Hilton, Tiago e Kiki
Foto: LB

Criação de escola veterinária pública, maior destaque para a literatura regional, campanha de conscientização de motoristas quanto aos ciclistas e ações de combate a doenças intestinais estão entre os projetos apresentados pelos vereadores de Salvador para a apreciação dos colegas.

Ana Rita Tavares (PMB) sugere ao Executivo Municipal, a implantação de uma Escola Pública de Serviços Auxiliares de Veterinária para oferecer cursos nas áreas de instrumentação cirúrgica e auxiliar de enfermagem, entre outros.

Segundo ela, “o mercado de serviços relacionados com a saúde animal carece de profissionais técnicos auxiliares na área da medicina veterinária e a escola é uma proposta para fortalecer o desenvolvimento dessa atividade”. Assim, o objetivo da instituição é qualificar pessoas que atuam no cuidado e promovem o bem-estar e saúde dos animais, de forma a cumprir normas previstas na Constituição Federal.

Literatura regional

Hilton Coelho (Psol) quer, através de projeto de lei, que as bibliotecas privadas de Salvador disponibilizem um espaço, de forma destacada, para obras literárias locais. “Tenho como objetivo aumentar o reconhecimento da literatura baiana, consolidando nossa identidade cultural e valorizando os escritores do nosso estado, que, muitas vezes, não têm o reconhecimento devido”, diz ele.

De acordo com o psolista, as obras literárias são vistas como um dos elementos de construção do pensamento social e que as vivências e visões de mundo são precedidas pela leitura: “A valorização de obras regionais estará atrelada à valorização da cultura popular em que os leitores estão inseridos e na análise crítica da realidade posta”.

Respeito aos ciclistas

Já o tucano Tiago Correia encaminhou à Transalvador um ofício sugerindo a realização de uma campanha educativa para conscientizar os motoristas sobre a necessidade de respeitar os ciclistas. Na terça-feira, 24, na avenida Luís Eduardo Magalhães, o ciclista João Evangelista morreu após ser atropelado por um veículo.

“Um levantamento divulgado há pouco tempo revelou que, todos os dias, 32 ciclistas são internados no Brasil vítimas de acidentes. O fato é que a malha de ciclovias aumentou muito em todo o país, mas muitos motoristas ainda não respeitam o espaço dos ciclistas”, declarou o peessedebista.

Ele lembra que nos últimos cinco anos os ciclistas da cidade ampliaram os seus espaços no dia a dia, com as inaugurações de faixas exclusivas de treinamento nas avenidas Magalhães Neto e Centenário, além dos espaços dedicados à prática da modalidade: “Infelizmente, muitos motoristas não respeitam a distância mínima e parecem brincar com a vida dos ciclistas”.

Doenças intestinais

A proposta de Kiki Bispo (PTB) é a criação da Semana de Conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais, na terceira semana de maio. Ele explica que um dos objetivos é “informar sobre as doenças inflamatórias intestinais, os principais tipos de ocorrência, seus sintomas e métodos de tratamento”.

A iniciativa visa também “esclarecer sobre os fatores biológicos, comportamentais e ambientais que causam essas doenças” e dar visibilidade “à importância da prevenção e da adesão ao tratamento”.

Conforme o petebista, “estas doenças são autoimunes, o que significa que o sistema de defesa do organismo ataca o próprio intestino, por considerá-lo estranho”. As inflamações frequentemente produzem dor, perda de sangue, diarreia frequente e às vezes sem controle e perda súbita de peso.

Dados do Ministério da Saúde informam que em outubro de 2015 existiam no país 31.644 portadores da Doença de Crohn e 38.435 portadores de Retocolite Ulcerativa. Estes são dois exemplos de patologias inflamatórias intestinais.

Mas, segundo ele, os números são maiores: “Esses dados refletem apenas os casos de portadores que recebem os respectivos medicamentos pelo SUS, não sendo computados os que recebem pelos planos de saúde, tampouco aqueles sem medicação ou ainda não diagnosticados”.