Política

Marta Rodrigues acusa ACM Neto de não dar prioridade à educação em SSA

Segundo ela, seis escolas do Bairro da Paz funcionam em instalações provisórias
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 06/03/2018 às 19:05
Marta Rodrigues: mais críticas ao prefeito
Foto: LB

A líder da oposição na Câmara de Salvador direcionou mais críticas ao prefeito ACM Neto (DEM) nesta terça-feira, 6. Ela chamou de mais um descaso da prefeitura com a rede municipal de ensino e com a educação na capital baiana a situação da Escola Municipal Jorge Amado, no Bairro da Paz, que iniciou o ano letivo em espaço alugado pela prefeitura sem nenhuma condição para alunos e professores.

“A população realizou um protesto no bairro. Eles alegam que a escola, desde o início do ano letivo, está sem eletricidade, sem água, sem quadros nas salas, sem ventiladores ou ar condicionados. Esta realidade se espalha por diversas escolas municipais”, diz a petista.

Segundo ela, moradores denunciaram ainda que no bairro tem seis escolas municipais em instalações provisórias: “Elas funcionavam no antigo prédio da Escola Marizia Maior, mas lá tinha infraestrutura. Mas levaram tudo. A sala não tem quadro, a prefeitura sequer deu material escolar para os alunos”.

A edil lembra, ainda, que Salvador tem 125 mil alunos da rede municipal abrigados pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia, devido a falta de infraestrutura e do número de salas insuficiente: “ Estes alunos estão em 201 unidades administradas pelo Estado. Há em Salvador um déficit de escolas e o Governo da Bahia, inclusive, cedeu 164 prédios gratuitamente para a prefeitura para serem unidades escolares do município”.

Emprego para negras

Marta ressaltou também a importância da prefeitura de Salvador investir políticas públicas contra o desemprego em Salvador, especialmente entre as mulheres negras. Em sua opinião, a ausência de políticas municipais neste sentido é uma demonstração do descaso: “Quase seis anos de gestão e nada foi feito para amenizar o alto índice de desemprego na capital baiana. Do total desempregados, 467 mil, pelo menos 51% mulheres, conforme dados do Dieese publicados em janeiro deste ano. Deste total 54% são negras”.

“Estes dados revelam o quanto Salvador está aquém de priorizar a equidade de gênero e racial nas relações de trabalho, seja por meio de políticas públicas ou de campanhas. As oportunidades de mulheres negras de nossa cidade, quando surgem, são as mais precarizadas e elas sofrem todo tipo de preconceito”, declarou.

A oposicionista ainda um projeto de indicação de sua autoria aprovado em fevereiro de 2017 que poderia amenizar os impactos do desemprego de mulheres, mas até então, não foi implementado pela prefeitura: “A implantação da Política Municipal de Economia Solidária, conforme indica meu projeto, necessita da sensibilidade do prefeito ACM Neto.Essa política permite transformações nas relações de produção e ajuda na superação das desigualdades sociais. Se trata de um instrumento para gerar outras formas de empregabilidade, trazendo benefícios sociais, culturais e ambientais”.