“É um momento importante para celebrar. É uma carta importante para nós celebrarmos e acredito que a Câmara vem cumprindo o seu papel de fiscalização. No apoio e na assessoria da execução da festa”, afirmou nessa terça-feira, 13, o presidente da Câmara de Salvador, vereador Leo Prates (DEM), sobre o Carnaval 2018 na capital baiana.
Ele apontou como pontos positivos o aumento de atrações sem cordas e a ampliação do espaço dos foliões nos circuitos. No camarote da CMS, no Campo Grande (Circuito Osmar), o democrata enfatizou o trabalho da Casa na fiscalização da festa momesca e os 70 anos dos Direitos Humanos.
Sobre a valorização dos ambulantes pela Prefeitura, ele considerou que vem sendo dada dignidade aos trabalhadores informais: “Cada um tem seu isopor, seu sombreiro e os filhos tem um local especifico para ficar. Então, é um carnaval que gera negócio, gera renda, mas sobretudo preserva o seu povo”.
Resgate do Campo Grande
Já a nova líder da oposição, Marta Rodrigues (PT) elogiou o fortalecimento do Circuito do Campo Grande, o mais tradicional da folia: “Mais atrações de peso contribuem para seu fortalecimento, o que é muito importante para o resgate do nosso Carnaval”.
Ela destacou também os protestos da Mudança do Garcia, que, a seu ver, “também caracterizam o Carnaval do Campo Grande”. As campanhas pela diversidade, direitos humanos e de combate à violência contra as mulheres, abraçadas pela CMS na festa, foram lembradas: “Precisamos continuar avançando contra todo tipo de intolerância”.
Ôxe Mainha
Em seu segundo ano de mandato, Rogéria Santos (PRB) acompanhou de perto o outro lado dos festejos da folia. Com a operação “Ôxe, Mainha” ela vistoriou os circuitos, com objetivo de proteger os direitos do público infanto-juvenil, e esteve junto aos prepostos do Conselho Tutelar.
A operação, idealizada pela CMS, por meio da Comissão Especial dos Direitos da Criança e do Adolescente, visa propor a conscientização e a orientação de pais e de responsáveis quanto à defesa dos direitos da criança e do adolescente, junto ao Plantão Integrado de Proteção.
O primeiro dia de atuação da republicana, vice-presidente do colegiado, aconteceu na manhã do sábado, 9, junto ao presidente do organismo, Hilton Coelho (PSol), que detalhou a iniciativa: “Estamos aqui para verificar se tudo o que foi acordado com os órgãos de defesa está acontecendo e, inclusive, relacionar novas ideias para o aperfeiçoamento”.
De acordo com a conselheira tutelar Ana Pereira, o órgão “tem atuado de forma preventiva, conscientizando as famílias sobre a importância de não deixar as crianças próximas as vendas, principalmente de bebidas alcoólicas. Trabalhamos com a prevenção e com a orientação, tanto para os vendedores cadastrados, quanto os que não estão, para que encaminhem seus filhos aos Centros de Convivências, onde com certeza, a proteção está garantida”.
Para quem trabalhou como ambulante nos dias da folia, as opções para garantir os direitos dos filhos estão nos Espaços Temporários de Convivência. Na ocasião, os integrantes do colegiado da CMS conheceram o espaço situado na Escola Municipal Casa da Amizade.
“Existem dormitórios de meninos e de meninas, separados por faixa etárias: de zero a dois anos, de dois a quatro anos e de quatro a seis anos. Esta unidade tem a capacidade total de 100 crianças. O projeto da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPMJ) possui quatro centros de acolhimento funcionando em escolas, com atendimentos de sete a dezessete anos, em duas unidades e outras duas de zero a seis anos; todas com seis refeições ao diárias e atividades lúdicas.” Explicou o coordenador do Centro, Boris Dias.
O primeiro dia de trabalho do colegiado representa para Rogéria um avanço na atuação do Legislativo Municipal. Para ela, é no período festivo que a atuação dos legisladores soteropolitanos devem ser intensificadas.
“Não posso deter meu trabalho durante os dias do Carnaval, voltarei aos circuitos e aos locais de acolhimentos para crianças e para adolescentes até a próxima terça-feira (13),” afirmou a edil que se preocupa com os índices de trabalho infantil. “Mesmo com as alternativas disponibilizadas para a faixa etária, infelizmente ainda há muitas crianças trabalhando ilegalmente, pondo em risco suas vidas”, afirmou.