Leiam as opiniões da senadora Lidice da Mata (PSB) e do deputado federal Bacelar (Podemos)
Da Redação , Salvador |
04/01/2018 às 12:21
Senadora Lidice da Mata
Foto: DIV
A Senadora Lídice da Mata (PSB) classificou como um ato de perversidade contra a educação nacional, a decisão do governo Temer, que ao sancionar o Orçamento para 2018, aprovado pelo Congresso, vetou exatamente a verba adicional para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica-FUNDEB. “Embora já não me escandalize com nada mais deste governo, fiquei profundamente indignada”, desabafou.
De acordo com a senadora, a efetivação do corte de uma verba de R$ 1,5 bilhão que o relator do Orçamento havia colocado na negociação final, para o FUNDEB, foi mais um golpe contra a educação: “O nosso receio é de que a educação pública no Brasil perca ainda mais recursos e qualidade”, argumentou.
Para a senadora, mais do que nunca é preciso lutar pela aprovação da PEC-024/2017, da qual é autora, e que tem como relatora a senadora Fátima Bezerra, para consolidar o FUNDEB como política de Estado, e o mesmo não fique refém das oscilações do humor dos governantes e dos ditames da economia. “Temos que ter muitas mobilizações e trabalhar este debate, pois não podemos deixar o FUNDEB retroceder. Se extinto, desmontamos a educação básica e enterramos as propostas de valorização do magistério”, pontuou.
Para Bacelar, com o veto de Temer
educação baiana perde ainda mais
Duzentos milhões de reais em recursos extras para a educação. Este é o valor que a Bahia vai deixar de receber com o veto de Michel Temer, ao orçamento de 2018. Na avaliação do líder do Podemos no estado, deputado federal Bacelar, a medida só reforça que a educação básica não é prioridade para o atual governo. Segundo ele, verba existe, mas falta administração, investimento e continuidade nas políticas públicas em andamento. “Os recursos para educação já são escassos e o pouco que teríamos a mais para investir, nos foi tirado. Para Temer é melhor pagar juros bancários do que investir em educação. Sabe por quê? Porque educação derruba o governo”, disparou.
No total, estados e municípios vão perder R$ 1,5 bilhão em verba complementar ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O parlamentar lembrou ainda que esta era uma das chances de promover maior equidade no ensino entre as regiões mais pobres do país. “O cenário da educação é caótico, cheio de desigualdades. Essa seria uma oportunidade de, pelo menos, tentar melhorar o quadro” completou.