Política

Marta Rodrigues declara apoio à professora da UFBA vítima de ameaças

Segundo ela, as mulheres continuam sendo vítimas de discriminação e racismo
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 23/11/2017 às 18:52
Marta: apoio à professora da UFBA
Foto: LB

“Em pleno século XXI, ainda sofremos ameaças por mostrar que as mulheres são vítimas de discriminação no trabalho, ganham menos, sofrem assédio e são vítimas do machismo”. A declaração é da vereadora Marta Rodrigues (PT) em solidariedade e apoio, nessa quarta-feira, (22), à professora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim) que vem sendo ameaçada de morte por conta das pesquisas que desenvolve sobre divisão sexual do trabalho.

De acordo com a petista a Câmara de Salvador não pode se eximir desse debate e deve buscar medidas junto aos edis para combater a disseminação do ódio e pregar o respeito às mulheres e à liberdade de expressão e da educação.

“Estamos vivendo um período de disseminação do ódio e precisamos lutar contra isso. Cada um de nós, aqui nesta Câmara, precisa refletir sobre isso. Somos, também, formadores de opinião e temos responsabilidade sobre o que acontece em nossa cidade. O que nós falamos aqui, nesta tribuna, pode reverberar de forma positiva ou negativa. Temos que propagar o respeito, a união e a liberdade de expressão como premissas de uma sociedade madura e evoluída”, disse.

Além da professora, uma orientanda de mestrado também foi ameaçada pelo teor dos seus estudos voltados a diversidade de gênero na UFBA. Na terça, 21, o caso teve grande repercussão na imprensa, que divulgou também a moção de repúdio emitido pelo Conselho Universitário da UFBA.

Para Marta, o clima de intolerância espalhado por pequenos grupos conservadores tem deixado as pessoas apreensivas e aflitas, principalmente aquelas já vinham em constante vulnerabilidade, como mulheres, LGBTs e a população negra.

“Lutamos para combater o racismo, o machismo e a homofobia pois somos historicamente vítimas desses preconceitos. E agora, precisamos estar ainda mais alertas, porque há uma onda de ódio sendo disseminado. Mas o que nos orgulha é saber que não vamos acuar. Nós vamos resistir e vamos lutar pelos nossos direitos”, afirmou.