Semana que começa segunda, 22, será decisiva para saber se os partidos aliados seguem com Temer ou não
Tasso Franco , da redação em Salvador |
21/05/2017 às 19:57
Movimento das ruas são os mesmos de sempre e não mudam nada
Foto: TERRA
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. A semana que se inicia nesta segunda-feira, 22, será decisiva para o presidente Michel Temer no sentido de sua permanência à frente do governo. Insiste em se manter no cargo, mas, suas explicações sobre o encontro e o grampo do empresário Joesley Batista não convenceram.
2. Alguns pontos são até passíveis de dupla intrepretação, mas, na essência, o fato de Temer ter recebido em palácio um investigado pela Lava Jato e concordado com ele com palavras do tipo 'ótimo, ótimo' e manter a sustenção 'mensaleira' de Eduardo Cunha foram suficientes para arruinar a ética e a moral do presidente.
3. O Brasil sangra, como sangrou com Dilma na também sua insistência em não reunciar e esperar o impeachment. Temer opera na mesma linha, uma vez que já disse em pronunciamento, e reafirmou, que não renunciará.
4. O fato de, hoje, Temer tentar desqualificar Joesley não cola uma vez que, de acordo com o que vimos na televisão nos áudios e imagens liberados pelo STF, o encontro de ambos se deu de forma amigável, como se fossem (ou não) velhos amigos.
5. O ex-ministro do STJ, Gilson Dipp, deu uma declaração sintomática sobre o encontro: "Há uma promiscuidade, uma intimidade muito grande de um empresário com o presidente da República. É conversa de mesa de bar". Na opinião de Dipp, o presidente deveria ter rechaçado a conversa de Joesly e se não o fez foi conivente.
6. Esse é o fulcro da questão, a essência, o âmago. O presidente cometeu um erro político brutal uma vez que a Operação Lava Jato já vem atuando há três anos, há vários politicos ex-autoridades na cadeia, e era de se supor que Temer fosse mais cauteloso, fosse até ríspido com quem conversasse com ele, em público e no particular, como se deu no Palácio do Jaburu.
7. Sua situação politica é muito complicada. Não depende das ruas porque o que vemos nas ruas são sindicalistas e não o povo. São os mesmos de sempre da CUT e do MST, aliados de outro envolvido na Lava Jato, acasudo por Joesley de ter recebido 80 milhões de dólares numa conta no exterior, o ex-presidente Lula. O que poderá desmantelar Temer é o esvaziamento político dos partidos.
8. Por enquanto, PSDB, PMDB, DEM, ministro do PSB, PTB e outros menos cotados continuam apoiando o presidente. A presidência da Câmara está com Rodrigo Maia, um aliado do DEM, o PSDB adiou a decisão sobre se fica ou se mantém no governo após verificações do laudo das gravações e da reunião do pleno do STF na próxima quarta.
9. Enfim, essa sustentação politica está na corda bamba, ainda em cima da corda.
10. Essa parte é a mais importante do processo. Se as evidências forem maiores contra Temer ele dificilmente se sustentará sem os apoios dos partidos. Restá-lhe a renúncia ou enfrentar um impeachment que, todos sabemos, trata-se de um processo demorado.
11. O fato da oposição PT/PCdoB e PSOL está nas ruas conclamando por diretas já não vingará no Congresso. Precisa de uma PEC - uma emenda a Constituição - exige-se votação com maioria absoluta e, mesmo hoje os partidos que estão com Temer, se o abandonarem, não concordam com a tese petista e dos seus satélites.
12. O mais certo, Temer caindo é a eleição indireta pelo Congresso.
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13. Adefesa do presidente Michel Temer protocolou na noite deste domingo (21) pedido para que a Polícia Federal esclareça 15 pontos sobre o áudio da conversa entre o presidente e o dono do frigorífico JBS, Joesley Batista.
14. Segundo o advogado Gustavo Guedes, no documento os principais pedidos são para analisar se há edições no áudio, como cortes, e saber se as frases foram alteradas da sequência. O advogado argumentou que laudos revelados pela imprensa indicam que o áudio sofreu dezenas de edições.
15. O áudio, gravado por Joesley durante conversa com Temer no Palácio do Jaburu, em março, serviu de base para a abertura de um inquérito para investigar o presidente por suspeita de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa.
16. Nesta segunda-feira, 22, às 15h, será realizada a audiência pública com o tema “Sistema Único de Assistência Social (SUAS): Avanços, Retrocessos e Desafios”, no auditório Jornalista Jorge Calmon, na Assembleia Legislativa da Bahia.
17. O evento contará com a participação da ex-ministra de Desenvolvimento Social, Tereza Campello, além de gestores municipais da Assistência Social, trabalhadores do SUAS, usuários do sistema, bem como lideranças de movimentos sociais e autoridades políticas do Estado.
18. A audiência é uma iniciativa da Subcomissão de Autonomia Econômica da Mulher, coordenada pela deputada Neusa Cadore (PT), e tem o apoio do Colegiado Estadual de Gestores Municipais da Assistência Social, do Conselho Estadual da Assistência Social, do Fórum dos Usuários do SUAS, do Sindicato de Assistentes Sociais da Bahia e da Secretaria Estadual de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS).
19. Segundo a deputada Neusa, a atividade será um espaço para discutir as medidas do governo Temer que têm impacto direto no SUAS e estão aprofundando as desigualdades no país, além de uma oportunidade para homenagear os/as assistentes sociais que celebraram o dia da categoria.
20. “A assistência trilhou uma trajetória importante nos últimos anos, principalmente com a criação da Política Nacional da Assistência Social, a partir do governo Lula. Aquele ambiente contribuiu para efetivar direitos por meio de vários programas que levaram mais dignidade às pessoas mais pobres”, lembra a deputada.
21. A festa do 2 de Julho é uma das mais tradicionais de Caetité, e a cidade é das poucas da Bahia que comemoram a data máxima do estado; todos os anos os preparativos se fazem com antecedência e uma das importantes etapas é a discussão de vários tópicos com os representantes do grupos de montaria que abrilhantam os festejos cívicos.
22. Na noite de 18 de maio, no auditório municipal, os representantes dos grupos se reuniram com a Secretária de Educação, Iamara Junqueira, e representantes desta secretaria e da Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, tendo por pauta a organização dos grupos nos desfiles, o campeonato de equinos e os ensaios.
23. Antes dos debates, contudo, representantes do Município de Lagoa Real, última cidade a se emancipar de Caetité, se fizeram presentes para convidar os caetiteenses a participarem dos festejos que lá se fazem em homenagem ao vaqueiro, no dia 4 de junho; na ocasião os visitantes manifestaram a intenção de também se unirem ao festejo caetieense, este ano com ainda mais vaqueiros.
24. Por 16 votos contra um, o Legislativo de Itabuna aprovou nessa quinta, 18, o projeto do Executivo com o texto que vai reger a contratação por tempo determinado na administração pública. A nova lei, assim que sancionada, substituirá as duas que ainda regulamentam a seleção temporária de servidores por necessidade de excepcional interesse público.
25. A redação final contem quatro emendas de Júnior Brandão (PT) e duas de Beto Dourado (PSDB) acatadas pelo relator Milton Gramacho (PRTB) e pelo Plenário. O petista sugeriu, por exemplo, a extinção automática do contrato em caso de desvio de função; o tucano ampliou a vedação de substituir servidor enquanto houver cadastro de reserva válido de concursados.
26. O recrutamento temporário por análise de currículo e entrevista poderá envolver prova prática. Esses contratados terão direito a vantagens como salário-família, auxílio-transporte, adicional pelo trabalho noturno e gratificação pela regência de classe (caso dos professores); além de licenças às gestantes/adotantes (até 180 dias), paternidade, para tratamento de saúde.