O projeto Escola Sem Partido, que também tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília, foi debatido na capital federal nessa terça-feira, 9, e contou com a participação do líder do DEM na Câmara de Salvador, vereador Alexandre Aleluia. Ele defendeu a importância de “ver quebrada a espiral de silêncio que havia sobre a realidade da doutrinação ideológica de viés esquerdista nas escolas”.
Autor de proposta semelhante para a capital baiana o democrata ironizou: “De certa forma, até agradeço à esquerda pela reação, às vezes com xingamentos ou me perseguindo entre a Câmara e o meu gabinete, cujo vídeo até viralizou nas redes sociais. Tenho falado constantemente sobre o tema, e isso tem sido muito bom”.
Para Aleluia a doutrinação não é exclusiva da realidade brasileira: “A esquerda migrou da estratégia da luta armada para outras estratégias como a revolução cultural, para a qual tornou-se fundamental uma revolução psicopedagógica, a partir do que definiram estrategistas como Saul Alinski e Antônio Gramsci”.
Puxadinho do partido
Ele traçou um histórico sobre a atuação do movimento de esquerda e o que chamou de “esforços de infiltração nas escolas e em organismos globalistas”. Segundo ele a obra Maquiavel Pedagogo, de Pascal Bernardin, mostra como esse pensamento foi se construindo: “Paulo Freire, quando apresentou sua pedagogia do oprimido, não estava inventando a roda”.
Reforçou também que nesse processo as escolas têm-se tornado “puxadinhos do partido”, resultando na queda nos rankings educacionais: “O pior é a degradação moral, quando há claramente um afastamento da criança da família, um afastamento do ensino da família, que resulta numa aniquilação do 'eu'. Se quisermos manter o livre-arbítrio, temos que manter a família”.
Também se posicionou a favor do projeto o edil Paulo Fernando Holiday (DEM/SP). O relator da Comissão, deputado Flavinho (PSB/SP), disse que pessoas contrárias ao projeto também foram chamadas, mas não compareceram ao debate.