Dá lugar aos blocos com cordas e os trios independentes
CMS , da redação em Salvador |
28/02/2017 às 18:28
Safadão no trio sem cordas
Foto:
“O Carnaval de Salvador chegou num momento que temos uma série de opções para o folião pipoca e uma convivência harmônica com os blocos e os camarotes”. A avaliação é do líder do PMDB na Câmara Municipal de Salvador, Felipe Lucas. O parlamentar argumenta que um grande diferencial neste ano foram as inúmeras atrações sem cordas. Somente nos principais circuitos (Barra-Ondina e Campo Grande) desfilam 44 artistas sem cordas desde o dia 22 deste mês.
“O regaste do Carnaval sem cordas valoriza ainda mais a maior festa do planeta. E é importante ressaltar que há espaço para todos”, comemorou. Segundo o vereador, “o Carnaval atingiu um nível onde a grande quantidade de ofertas para o folião pipoca não prejudica de forma alguma os desfiles dos blocos com cordas”. Ele acredita que “não há porque privilegiar somente um modelo. Há espaço para todos: foliões pipoca e os que vão para os blocos e camarotes”.
Felipe Lucas argumenta que “é necessário levar em conta o grande número de contratações temporárias geradas pelos blocos de Carnaval”. De acordo com o vereador, “estamos num momento de crise econômica e assim como os blocos os camarotes de Salvador geram uma enorme movimentação de emprego e renda para a cidade”.
Segundo o Conselho Regional de Economia, Regional Bahia (Corecon-Bahia), muitos trabalhadores temporários na festa de Momo assumem suas funções meses antes do Carnaval. De acordo com a entidade, “a cadeia produtiva do Carnaval é complexa e envolve diferentes setores da economia. Até que o primeiro bloco desponte na Avenida, o Carnaval já influenciou diversas atividades, tais como os setores de comidas e bebidas, vestuário, turismo e mercado fonográfico, entre tantos”.
Os blocos e camarotes também são responsáveis pela atração de muitos turistas a Salvador durante o Carnaval. Segundo a Secretaria do Turismo do Estado da Bahia (Setur), só em Salvador, turistas brasileiros, estrangeiros e baianos de outras cidades devem deixar R$ 1 bilhão durante o Carnaval.