Política

RUI faz advertência óbvia ao secretariado e muda de novo em 2018 (TF)

A meritocracia não é um valor notório às equipes do governo e das Prefeituras
Tasso Franco , da redação em Salvador | 24/01/2017 às 12:24
Rui durante inauguração do Hospital da Muulher
Foto: Secom
   A declaração do governador Rui Costa na posse dos novos secretários de Estado dando conta de que "ninguém tem estabilidade de emprego" no governo parece-nos óbvia e não denota, como se supõe, que seja uma prova de iminente ameaça aos titulares da pasta e outros que exercem cargos de confiança no governo.

   Ora, o próprio nome já diz, "cargos de confiança" do chefe do Executivo e, creio, todos aqueles que vão exercer funções com essa rúbrica sabem que, caberá ao governador, desde que entenda que um deles não esteja desempenhando as funções dentro dos critérios estabelecidos pelo governo, exonerá-lo trocando-o por outro auxiliar.

   A primeira vista parece fácil ao governador praticar tal mudança, mas, hoje, com as equipes governamentais sendo estabelecidas com base, também, em critérios políticos, por indicação de partidos, fica mais dificil para o governante as exonerações, salvo se acontecer um escândalo. 

   Fora desse contexto, tudo é negociado com os partidos e o governador (e prefeitos também) se sentem num situação bastante delicada, toda vez que tem de fazer uma mudança.

   Então, a declaração de Rui, longe de ser uma ameça, é mais uma advertência light no sentido de alertá-los para que trabalhem o mais que puderem, que se dediquem ao máximo às suas funções, dentro desse novo critério que o próprio governador admitiu em nota de compor um quadro técno-politico. 

   Fala-se, ainda, que o governador não concluiu a reforma, o caso da Conder está em aberto e o da Cultura, ao que se comenta, depende de uma melhora nas condições de saúde de Jorge Portugal.

   De qualquer sorte, em abril de 2018, Rui terá que mexer novamente na sua equipe de governo uma vez que muitos secretários são da área politica - Josias Gomes, Walter Pinheiro, Olivia Santana, Carlos Martins, Jaques Wagner, etc - e certamente vão ter que deixar o governo para candidatarem-se a deputado, senador e/ou prefeito. (TF)