Com o apoio de 40 dos 43 vereadores de Salvador o democrata Leo Prates foi eleito presidente da Câmara Municipal para o biênio 2017/2018, em sessão realizada na manhã desta segunda-feira, 2, no Plenário Cosme de Farias. Os dois outros candidatos, Hilton Coelho (PSOL) e Marta Rodrigues (PT), obtiveram um voto cada um, tendo sido registrada ainda uma cédula em branco.
Na mesma reunião três novas lugares foram abertos no legislativo: Heber Santana (PSC) renunciou ao mandato para assumir o cargo de deputado estadual e Claudio Tinoco (DEM) e Geraldo Júnior (SD) se licenciaram para poder integrar a equipe do prefeito ACM Neto. Eles serão secretários de Cultura e Turismo e de Trabalho, Esporte e Lazer, respectivamente. A posse dos suplentes, dos respectivos partidos, Alberto Braga, Vado Malassombrado e J. Carlos Filho, está marcada para esta terça-feira, 3, no Salão Nobre da CMS.
Apesar da concorrência oposicionista a votação ocorreu sem polêmicas ou dificuldades. Os até então líder e vice-líder da oposição, Silvio Humberto (PSB) e Aladilce Souza (PCdoB) justificaram a escolha de Prates como fruto de um acordo com o agora presidente em torno de compromissos básicos a serem cumpridos pela nova mesa diretora, baseado em 17 pontos apresentados pelo bloco.
Tanto assim que nem os representantes do PT votaram em Marta, mesmo tendo ela declarado que sua postulação foi uma decisão partidária.
Proximidade com o cidadão
Nas entrevistas e em seu discurso de posse Leo Prates definiu como objetivo de sua gestão “aproximar o cidadão da Câmara”, aperfeiçoando as ferramentas digitais já em funcionamento e aprofundado os debates com a sociedade.
Anunciou a retomada de projetos como a Câmara Itinerante e sua versão mirim, a implantação de uma rádio da instituição e a criação de uma Escola do Legislativo, ideias colhidas, em parte, conforme reconheceu, das conversas com os oposicionistas Aladilce, Silvio e Marta. Outro anúncio feito foi o retorno do Prêmio Jânio Lopo para homenagear os profissionais de imprensa que fazem a cobertura jornalística da Casa.
Elogiou a gestão de seu antecessor, Paulo Câmara (PSDB), por suas iniciativas em tornar a instituição mais transparente e pelo equilíbrio financeiro obtido. Afirmou que trabalhará para destinar às comissões espaços físicos mais adequados e até mesmo num projeto de mudança da Casa para um local mais amplo, embora tenha consciência da exiguidade do tempo para concretizar a proposta.
Hilton Coelho, por sua vez, reclamou da forte influência exercida pelo prefeito na CMS, que, a seu ver, conferiu a maioria esmagadora ao vencedor. Mas destacou como ponto positivo do pleito o surgimento de uma terceira opção (Marta), já que na legislatura anterior apenas ele se apresentou como concorrente. Assim, considerou, houve maior diversidade de ideias para gerir o Legislativo.
Nova mesa
Os demais cargos foram preenchidos por Isnard Araújo (PHS), 1º vice-presidente; Kiki Bispo (PTB), 2º vice; Orlando Palhinha (DEM), 3º vice; Toinho Carolino (PTN), 1º secretário; Joceval Rodrigues (PPS), 2º; Tiago Correia (PSDB), 3º; e Ana Rita Tavares, 4ª. Edvaldo Brito (PSD) permanece na Corregedoria e Luiz Carlos Suíca (PT) será o ouvidor-geral, tendo Cátia Rodrigues (PHS) como substituta.