Presente de grego do governo, diz Alan Sanches
Da Redação , Salvador |
28/12/2016 às 08:26
Pneus queimados e via inerditada
Foto: Reprodução
O deputado Alan Sanches (DEM) classificou o fechamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h que funciona no bairro de Escada, subúrbio ferroviário de Salvador, de forma definitiva a partir desta quarta-feira (28), como um presente de grego da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) para os baianos. Hoje, os moradores da localidade queimaram pneus na Av Suburbana e fecharam a rua.
“Trata-se de uma decisão totalmente equivocada. Afinal, estamos de uma Upa que realiza aproximadamente sete mil atendimentos mensais à população através do Sistema Único de Saúde (SUS), com pacientes não apenas da capital e essa decisão comprova mais uma vez a falta de prioridade do governo com o setor, colocando em risco a atenção à saúde da população”, lamenta.
O deputado alerta ainda que, embora a Sesab alegue que segue uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o que se pede, conforme comunicado oficial da Corte, não é o encerramento das atividades, mas somente que a contratação da entidade que explora o equipamento fosse regularizada.
“Portanto, nesse momento o governo, ao invés de agravar a crise já instalada, deveria abrir processo licitatório, de forma que fosse escolhida uma empresa que tenha condição de dar assistência e melhor preço para realizar o serviço”, frisa, reforçando que o questionamento foi feito desde o início do ano, tempo suficiente para a resolução do impasse.
“O que não podemos aceitar é que uma unidade totalmente e equipada e de tamanha importância feche as portas dessa maneira e muito menos que seja aventado nenhum tipo de contrato emergencial”. Por fim, Alan Sanches, que é médico por formação, refuta a informação de que a região dispõe de atendimento de urgência e emergência na UPA de Periperi e nos hospitais João Batista Caribé, que é voltado para o atendimento à mulher, e Subúrbio, este indicado para os casos mais graves. “As unidades dadas como alternativas já se encontram sobrecarregadas e não atenderão a demanda”.