Política

NOMEAÇÃO DE WAGNER secretário de Estado pode reduzir poder de Rui (TF)

Com informações de A Tarde e comentário de TF
Da Redação , Salvador | 04/11/2016 às 13:15
Tarefa difícil do governador em administrar o criador
Foto: Secom
  O governador Rui Costa disse na manhã desta sexta-feira (4) que a escolha do ex-chefe do executivo estadual Jaques Wagner (PT) para compôr seu secretariado em 2017 se deve ao fato de “as qualidades dele serem explícitas, públicas a quem ocupou tanto cargo público”. Rui disse que quer entrar 1º de janeiro com a reforma administrativa já feita.

“As qualidades do ex-governador são explícitas, públicas e inerentes a quem ocupou tanto cargo público: deputado federal, governador durante oito anos, ministro e, portanto, ele tem todas as qualidades para ocupar qualquer função no governo. E nós estaremos definindo, como eu disse ontem, as mudanças que ocorrerão também em outras secretarias ainda este ano”, afirmou Rui.

A declaração do governador foi dada à A TARDE, durante visita que ele fez às obras da Via Barradão, que ligará a avenida Paralela ao estádio. “Quero entrar em 2017 já com as mudanças feitas em 2016”, acrescentou.

Questionado pela reportagem sobre quais as possibilidades para Wagner no governo, após reforma administrativa, Rui desconversou e disse que “não vai tirar o suspense” da imprensa. “Senão, vocês ficam sem matéria para fazer nos próximos dias. O que se comenta nos bastidores da governadoria, porém, é que Wagner ficará è frente da Agenda Territorial da Bahia (AG-TER), que será criada para o desenvolvimento territorial, por meio da atração de investimentos com incentivos fiscais.

COMENTÁRIO DO BAHIA JÁ

Ninguém duvida da capacidade política de Jaques Wagner. Mas, é um fato histórico raro e sem precedentes na política baiana, um ex-governador assumir cargo de secretário de Estado numa gestão que ajudou a construir. 

Rui é cria política de Wagner. Rui tem seus méritos próprios, óbvio. Porém, isso é fato e Rui representou uma das poucas renovações do PT.

Agora, ceder espaço a Wagner no seu governo, quase um plenipotenciário, com poderes e missões especiais, é um dado novo na política baiana e o governador precisará de muito tato para que seu governo não acabe antes da hora. 

Ou seja, o mundo da política, que é onde giram os interesses maiores, pode passar a gravitar em torno de Wagner e Rui fique apenas como um administrador.

Na prática, só vendo como essa engregem vai funcionar para fazermos outros comentários. 

Hoje, o que alguns políticos já falam, nos bastidores, é de que preferem Wagner e não Rui enfrentando ACM Neto.

 Daí vocês podem sentir o grau de especualação que vai gerar a nomeação de Wagner.