Não houve qualquer ajuste nos valores destinados à implementação da Política de Saúde Integral da População Negra, apesar do aumento da receita do Município prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2017. A observação é do líder da oposição na Câmara de Salvador, vereador Silvio Humberto (PSB), sobre o projeto em tramitação na Casa.
Segundo ele o orçamento da prefeitura saltou de R$ 6,6 bi para R$ 6,7 bi, de acordo com a estimativa da LOA, mas não alterou os R$ 142 mil reservados para o programa em 2016. O mesmo ocorreu com o “Programa de Atenção Integral aos Portadores de Anemia Falciforme”, com um reajuste de apenas R$ 1 mil. “Infelizmente é uma marca desta administração não priorizar ações e programas de qualidade para a população negra, que é maioria no município”, lamenta o oposicionista.
Ainda segundo sua análise na Secretaria da Reparação, “o que era pouco ficou ainda menor”, após constatar uma redução de quase 32%. “Em plena década dos afrodescendentes o resultado: Salvador continuará a ser a mais desigual racialmente entre as capitais brasileiras”, avaliou.