Foi tímida, pelo menos até agora, a repercussão do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara de Salvador. Apenas a ex-líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), emitiu nota em solidariedade à presidente afastada, considerando que ela demonstrou coragem ao comparecer na sessão do Senado Federal para se defender das acusações.
Na opinião da comunista, Dilma, eleita com mais de 54 milhões de votos, não está sendo acusada de corrupção nem foi comprovado crime de responsabilidade. Ela “enfrentou seus algozes - esses sim, envolvidos em diversas denúncias de crimes e desvio de dinheiro público - com uma firmeza impressionante”.
Ainda segundo Aladilce “a mesma valentia com que ela enfrentou os militares e com a mesma cabeça erguida e olhar implacável com que mirava seus inquisidores, que nunca estiveram do lado da Democracia, nunca emprestaram a vida pela conquista de direitos da população mais pobre, nunca teriam a honra e a coragem de se defender da forma como Dilma o fez”.
E conclui: “Vivemos tempos tenebrosos para a Democracia brasileira, mas a força de Dilma, no passado e hoje, não apenas nos inspiram, mas nos convocam para nunca desistir de lutar por uma sociedade mais humana, em que o respeito, as oportunidades e a justiça sejam para todos e todas”.