O senador Roberto Muniz (PP-BA) sinalizou que vai contribuir no Senado para um mapeamento sobre os principais entraves para os avanços em infraestrutura no País. Em pronunciamento na tarde desta terça-feira (21), ele cobrou investimentos nos setores de portos, aeroportos, ferrovias, estradas, logística, saneamento e energia.

“Quero aqui fazer um alerta: O País não pode parar. O Brasil precisa seguir seu curso na história e dar a devida atenção às necessidades de investir em áreas importantes, como nos diversos segmentos de infraestrutura, que refletem, diretamente, na geração de emprego e renda”, discursou o senador.

Muniz passou a integrar quatro comissões permanentes da Casa desde a semana passada. “Estarei me dedicando, especialmente, às comissões de Assuntos Econômicos e de Serviços de Infraestrutura”, revelou em plenário. Ele ainda integra os colegiados da Educação e o de Agricultura e Reforma Agrária.

Para o senador, os gargalos nas áreas de infraestrutura refletem diretamente na economia do País, “que perde anualmente R$ 151 bilhões com a falta de investimentos em estradas, ferrovias, aeroportos e saneamento”, disse, citando consultoria recente encabeçada pelo economista Gesner de Oliveira.

Na área de saneamento, por exemplo, o senador criticou a demora nas análises de projetos de financiamento, que chega até dois anos, o que atrapalha a meta de universalizar os serviços de saneamento básico no Brasil. 

Ele citou ainda a situação precária das rodovias brasileiras e sua influência negativa no escoamento dos produtos, sobretudo no setor agrícola, que responde por 23% do PIB. “A infraestrutura de transporte e logística pode encarecer os produtos desnecessariamente ou botar a perder o trabalho de um ano inteiro”, avaliou. 

“Meu objetivo aqui nesta Casa é buscar soluções para as áreas diversas do setor de infraestrutura”, reforçou Muniz, ao tratar da sinalização do governo em acelerar a renovação de concessões de ferrovias e rodovias, investimentos que podem chegar a R$ 20 bilhões em obras nos próximos cinco anos. “Se confirmado este plano, o governo não só vai injetar recursos na economia, mas também trazer benefícios diretos na logística para escoar a produção”, finalizou