A prioridade é garantir o fornecimento de água e não vender a empresa
Ascom , Itabuna |
05/06/2016 às 12:21
Augusto Castro é pré-candidato a prefeito de Itabuna
Foto: BJÁ
O deputado estadual Augusto Castro (PSDB), pré-candidato a prefedito, afirma que a intenção do prefeito de Itabuna de fazer a concessão da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), em pleno ano eleitoral, deve ser vista com bastante atenção pelos itabunenses. Para o deputado e pré-candidato a prefeito do município, a suspeita é de que o governo se aproveita do momento de crise no abastecimento para enfraquecer a Emasa e, assim, facilitar a entrega da empresa.
“Esse processo não está correto e fica a pergunta: por que um prefeito que está para encerrar o mandato decide
vender a Emasa?”, questiona o deputado. Ele diz que há uma inversão de prioridades, pois a maior urgência nesse momento é garantir a oferta de água e “isso não será viabilizado com a concessão da empresa, mas sim com a conclusão das obras da barragem no Rio Colônia”.
Augusto salienta que entende a necessidade de investimentos no sistema de abastecimento, bem como para
assegurar a despoluição do Rio Cachoeira, e tem sugerido discussão em torno de uma Parceria Público Privada, mas sem que o município perca o controle sobre a Emasa. A intenção, com esse modelo, é assegurar uma tarifa justa e preservar os empregos dos funcionários concursados.
“Essa é uma discussão séria, que precisa envolver a sociedade itabunense, sem atropelos. O que o governo está tentando fazer é incorreto e até mesmo imoral”, afirma. Ele lembra ainda que a atual
gestão não implementou o Plano Municipal de Saneamento, que permitiria a captação de recursos para projetos e deveria anteceder qualquer discussão sobre o modelo de gestão da Emasa.
“É preciso pensar nos motivos que tem um prefeito, em fim de mandato, a seis meses de sair, para resolver vender
uma empresa pública? Qual a razão de ter deixado o pior acontecer, a água faltar, a água salobra tornar-se a opção da população, para, só no fim do mandato resolver colocar a empresa à venda?
Essas são perguntas que precisam ser feitas”, pontua o deputado.