Sessão foi marcada por alguns pronunciamentos nesta segunda
Tasso Franco , da redação em Salvador |
30/05/2016 às 21:33
Deputada Maria Del Carmen
Foto: BJÁ
A sessão na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira, 30, foi marcada por alguns pronunciamentos de parlamentares sobre os estupros no Brasil. Abriu a série a deputada Neusa Cadore (PT. Denunciou o que considera a "cultura do estupro" e lembrou os recentes casos de violência contra as mulheres.
“É com muita indignação e perplexidade que venho a esta tribuna somar minha voz a das companheiras que estão nas ruas denunciando a violência contra as mulheres. O estupro coletivo praticado por 33 homens contra uma jovem no Rio de Janeiro, e outra em Bom Jesus (PI), vitimada por cinco homens, chocou o Brasil e o mundo esta semana”, denunciou a petista.
Neusa disse que o estupro, assim como qualquer outro tipo de violência contra a mulher, não tem justificativa, tem consequências graves. “É um crime que humilha, constrange, viola, dilacera, compromete a intimidade, a saúde física, mental e emocional das mulheres, sofrimento que lhes acompanha pelo resto das suas vidas”, afirmou Neusa.
Depois foram as vezes dos deputados Rosemberg Pinto e Bira Corôa, ambos do PT, lembrando que esse é um problema nacional grave e que passa pela educação da população, por cidadania. Ambos lembraram a aprovação do Plano Estadual de Educação com ressalvas as questões relacionadas a sexualidade e ao gênero. O que, segundo eles, foi um atraso.
Depois subiram a tribuna as deputadas Maria Del Carmen (PT) e Fabíola Mansur (PSB) também para comentar sobre esse tema.
Del Carmen lambrou que foram estrupadas na Bahia, recentemente, mulheres em Salvador (no Parque São Bartolomeu) e em Barreiras e condenou a impunidade brasileira na maioria dos casos, citando, por exemplo, os músicos da Banda New Hite que estão soltos e já formavam uma nova banda enquanto a menina estrupada passa por problemas psicológios.
Del Carmen disse que fica admirada "que um homem, filho de uma mulher, comete uma barbaridade dessas".
Já a deputada Fabíola Mansur, presidente da Comissão de Direitos das Mulheres, disse que vai apresentar uma moção de repúdio ao caso que aconteceu no Rio, um retrato do que acontece em outras partes do país.