Política

CAETANO participa de ato em Camaçari com servidores públicos em greve

Uma greve que parece não ter fim em Camaçari
ACOM LC , CAMAÇARI | 07/05/2016 às 19:07
Luiz Caetano durante o evento
Foto: DIV
Após quase dois meses de greve em vários setores do serviço público de Camaçari, a população ocupou uma das principais da cidade, em protesto contra o posicionamento da prefeitura, que se recusa a dialogar com os trabalhadores. A postura do poder pública tem causado uma série de prejuízos à sociedade.

Presidentes de associações de bairros da sede e da orla, sindicalistas, integrantes da sociedade civil organizada, professores, mães e pais de alunos, além de políticos, ocuparam a praça Desembargador Montenegro durante a manhã deste sábado (07/05). Em todos os pronunciamentos, um misto de revolta e apelo para que os serviços básicos, como saúde e educação, voltem a funcionar.

A professora Alba Beatriz destacou que os maiores prejudicados são as crianças e adolescentes. "Nossas crianças estão chorando. Não podemos permitir que nossa educação decline dessa forma, principalmente os avanços conquistados com muita luta. Não podemos aceitar esse retrocesso", apontou.

O deputado federal Luiz Caetano, que também participou do "Ato em Defesa da Cidade", criticou a falta de sensibilidade da prefeitura no diálogo com os servidores públicos. "Nos meus oito anos de gestão, nunca houve uma greve como essa, a população nunca ficou tanto tempo sem serviços básicos. Isso porque eu sempre mantive o dialogo com os servidores, eles são parceiros da gestão e têm que ser respeitados", avaliou.

Sobre a educação, Caetano apontou que o descaso ocorre desde o início da gestão atual. "No meu governo, nós demos a mochila, a farda, o tênis é ate o caderno às crianças da rede municipal. Por que eles não fizeram? Enquanto nós construímos 42 escolas, eles nem sequer colocaram os tênis nos pés das crianças", apontou.

A greve, que atinge a saúde, educação e setores administrativos da prefeitura, já dura 45 dias. Aproximadamente 50 mil alunos estão sem aulas, os postos de saúde estão fechados e vários serviços da prefeitura estão suspensos. Nos últimos três anos, a folha de pessoal de Camaçari subiu de R$300 milhões para R$500 milhões, impulsionada pelo aumento de gratificações aos comissionados.