Política

Instituições protetoras dos animais favoráveis ao projeto de Marcel

Já a ativista Janaina Rios, presidente da ONG Célula Mãe, uma das entidades mais atuantes de proteção animal, é ainda mais enfática. Ela diz que o projeto é necessário e o vereador foi corajoso ao apresentá-lo.
Imprensa MM , Salvador | 03/05/2013 às 10:12
Vereador Marcel Moraes quer fim da matança de animais no candomblé e umbanda
Foto: DIV
As principais instituições que representam os protetores dos animais se posicionaram sobre o projeto de lei do vereador Marcell Moraes (PV), que trata da proibição do sacrifício de animais em Salvador.

A Federação Baiana de Entidades Ambientalistas Defensoras dos Animais (Febadan), por exemplo, aprova o projeto de lei e avalia que todo esse imbróglio tem tomado uma repercussão exagerada, pois a medida não vai atingir o praticante do Candomblé sério, mas sim os autores de rituais de magia negra.

 “A legislação já diz que a morte de animais é autorizada somente quando é para o alimento, para a sobrevivência, como já faz o candomblé sério. Então não vejo motivo para tanto alarde, pois somente o ritual de magia negra será atingido, que há casos de sacrifício de cães, gatos pretos e até mesmo crianças. Eu sou favorável ao projeto do vereador, desde que seja dessa forma”, declara Ana Cláudia Andrade, diretora jurídica da Febadan e fundadora da instituição.

Já a ativista Janaina Rios, presidente da ONG Célula Mãe, uma das entidades mais atuantes de proteção animal, é ainda mais enfática. Ela diz que o projeto é necessário e o vereador foi corajoso ao apresentá-lo.

 “Somos favoráveis porque a crença religiosa não pode sobrepor o direito da vida. Não concordamos com sacrifício em nenhuma hipótese. Defendemos o respeito à vida, pois a vida é um direito sagrado. Inclusive defendemos o vegetarianismo, para garantir o direito à vida dos bichos. Somos a favor do projeto. Foi corajoso e necessário, pois aqui na Bahia essa prática é muito frequente. Não somos contra nenhuma religião, inclusive muitos membros da nossa associação são candomblecistas, mas não concordam com o sacrifício”, relata Janaina.

Outra entidade favorável é a ONG Animal Viva, que atua no controle populacional dos bichos em Salvador e no trabalho educativo em escolas contra os maus tratos. “Acredito que o bem estar dos animais precisa ser conservado e nossa sociedade precisa fazer ajustes, pois os tempos mudaram. A forma como é feito o sacrifício por alguns grupos deveria ser pensada. Nem todos atuam de forma cruel, mas muitos sim. Muitas vezes são praticas violentas e crueis, mesmo considerando que se trata de  uma questão religiosa e cultural. Acho que essa pratica deveria ser ao menos refletida”,