Política

VEREADORES faltam e CMS não começa a apreciar contas de João Henrique

Maioria dos edis não comparece e todos os assuntos ficam pendendes. Na próxima semana não deve ter sessão também.
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 14/11/2012 às 19:28
Os manifestantes foram pressionar os vereadores a favor do Aeroclube
Foto: LB

A expectativa de uma sessão para começar a apreciar as contas 2009 e 2010 do Executivo na Câmara de Salvador foi inteiramente frustrada na tarde desta quarta-feira, 14, com a ausência da maioria dos vereadores em plenário. No horário marcado para o início da sessão, apenas Andréa Mendonça (PV), Aladilce Souza (PCdoB) e Alemão (PRP) marcavam presença no painel, obrigando o encerramento da reunião por falta de quórum.

Para Aladilce, a resposta para a evasão dos colegas, principalmente da situação, pode estar na repercussão obtida com a mobilização dos edis oposicionistas e entidades da sociedade civil contra os recentes projetos encaminhados pelo prefeito João Henrique à CMS. Além disso, alega, os situacionistas não tem se entendido para formar a maioria necessária e conseguir reverter o quadro desfavorável ao alcáide.

A verde Andréa concorda e vai adiante. Segundo ela, a enxurrada de proposições é apenas uma tentativa de encobrir o verdadeiro objetivo de JH: aprovar o uso dos Transcons na orla marítima da cidade por parte das construtoras, pois todas as outras ideias podem ser negociadas na legislação vigente como o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Lei de Ordenamento e Uso do Solo (Lous).

Sandoval Guimarães (PMDB) também lamentou o abortamento da sessão, e aproveitou a ocasião para defender o voto aberto em todas as matérias no Legislativo: “Espero que a próxima legislatura faça o que a sociedade pede há muito tempo, extinguir de uma vez o voto secreto nessa cidade”.

O pemedebista não acredita na colocação em pauta das contas de João na próxima semana, pois na terça-feira. 20 haverá um ponto facultativo, o Dia da Consciência Negra, quando a Câmara não deverá funcionar. “Já cumpri com minha obrigação como presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização: entreguei nosso relatório, demos o parecer e declaro meu voto contrário à aprovação das contas”, disse o edil.

A favor do Aeroclube

Mesmo sem presença expressiva de políticos na Casa, representantes e militantes comunitários da Boca do Rio fizeram manifestação em frente ao Paço para chamar atenção quanto à situação do Aeroclube Plaza Show. Segundo eles, apesar do embargo judicial ter sido suspenso desde o ano passado o Município não tomou providência alguma até agora.

De acordo com Valter Cerqueira, presidente da Associação Desportiva do bairro, a comunidade teme o fechamento do empreendimento e se preocupa com a geração de empregos no local. Hoje, mesmo com o complexo funcionando precariamente, a central de atendimento do Banco do Brasil, operada pela empresa Grenit, oferece cerca de 1.800 postos de trabalho. Estava presente também Wellington Silva Santos, presidente da Associação Bahia Tribal.

Os moradores do bairro querem a participação dos vereadores na luta para a revitalização do shopping, fazendo com que ele volte a gerar emprego e renda para a região.