Segundo o líder da maioria, deputado Zé Neto, PT, o projeto como se encontra ultrapassa os limites de repasses
Tasso Franco , da redação em Salvador |
13/11/2012 às 16:52
Servidores pressionam deputado Zé Neto (PT), mas aprovação do PCS fica pra depois
Foto: BJÁ
Mesmo diante da pressão de servidores do Ministério Público Estadual, ocupação do saguão e das galerias, exposição de faixas e encontro com o líder da Maioria, deputado Zé Neto (PT), a Assembleia Legislativa, em plenário, nesta terça-feira, 13, sequer discutiu o Plano de Cargos e Salários do MP, projeto que tramita na Casa há um ano.
O deputado Zé Neto diz que ajustes estão feitos, a matéria está em análise dos técnicos do governo, mas, o PCS do MP "ultrapassa os limites de repasses". Uma nova agenda interna de debates será realizada na quarta-feira, na Casa Civil.
Ou seja, vai ficar para outra oportunidade a provável aprovação do PL, ainda sem nada. Enquanto isso, os servidores prometem continuar pressionando a Casa Legislativa. Para o líder da Oposição, deputado Paulo Azi, DEM, ao que tudo indica o governo continua "insensível com os trabalhadores e parece que não ouviu o recado das urnas municipais".
Na opinião do deputado Bruno Reis, da bancada de oposição, o governo não tem dinheiro para pagar os 22% de reajuste aos professores, não tem dinheiro para a GAP dos PMs, mas sobra dinheiro para criar órgãos como a Agência Reguladora de Saneamento Básico, com cargos comissionados para atender os seus partidários e aparelhar a máquina pública.
Já o deputado Álvaro Gomes, PCdoB, considerou o pleito dos servidores do MP justos, mas o projeto precisa dos ajustes necessários para que avance. "Apoio esse PL do PCS do MP mas entendendo que é preciso avançar nas discussões até porque os gastos do MP já se situam na casa de 45.5% do limite prudencial da LRF que tem o limite máximo para esse segmento da ordem de 46%", frisou.
O deputado Adolfo Menzes, da base governista, também defendeu o governo Wagner e disse que, embora o "governador tenha dado o maior aumento para os servidores, para os PMs e para os professores, tem sido considerado um carrasco para essas categorias, o que representa uma avaliação errônea, enganosa", comentou.