Política

A LÓGICA dos programas eleitorais na televisão, por César Maia

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| 08/09/2012 às 23:54
 Os programas eleitorais na TV -em geral- não são como uma novela. Uma novela tem um
roteiro onde um capítulo se conecta com o outro e quanto mais avança, mais
conexão tem com todos os capítulos anteriores. Os programas eleitorais não são
uma novela, mas podem se aproximar ou se distanciar daquela dinâmica da conexão
com os demais capítulos.
           
2. Há uma conexão óbvia: o personagem/candidato é sempre o mesmo. Isso reforça a memória
de quem assiste, eventualmente, aos programas eleitorais. Mas é assim com todos.
Isso não os diferencia. Outra conexão natural é ser governo ou oposição. Os
"capítulos" vão sendo conectados nessas posturas.
           

3. Há a programação visual (marcas, cor, jingle e mesmo o estilo do
publicitário...) que mostra que é o mesmo candidato que está de volta no
programa. Mas isso também não basta. Todos esses elementos de conexão são
básicos e devem ser usados. São necessários, mas não são
suficientes.
           
4. Há elementos de conectividade que levam o eleitor a pensar que pode votar nele. O
primeiro deles é a Confiança. Por que "eu" posso confiar nele? Porque ele já
fez?  Porque já votei nele e aprovei?  Porque ele tem experiência?  Porque o que
ele diz tem que ver ‘comigo'?
           
5. O segundo é relacionar o presente ao futuro. O que se fez está feito. O terceiro é gerar
certeza que, uma vez lá, será o representante do eleitor que votar nele. O
quarto é a sensação construída de proximidade com o
eleitor.
           
6. Foram listados até aqui sete elementos de conexão. 3 de sustentação e 4 de
envolvimento. A comunicação vencedora é aquela que consegue -em TODOS os
programas- incorporar estes 7 elementos de conexão. E -claro- dar conteúdo ao conjunto.