2. Se houver tendência nas escolhas dos futuros membros por possível fidelidade político-partidaria, o STF ficará prejudicado, com possível atrelamento ao Executivo, como se comporta de certa forma Parlamento, e as conseqüências são imprevisíveis, sob o ponto de vista da plena democracia.
3. As instituições que vigiam o estado de direito, como OAB e ABI, precisam ficar atentas no sentido de garantir a autonomia do STF, inclusive com exigência da votação da PEC, em tramitação no Congresso nacional, que aumenta a idade da complusoriedade, várias vezes aqui abordada, e do sistema de escolha, retirando do Executivo o direito a iniciativa da indicação e simples sabatina e homologação do Senado Federal.
4. Alias, não é à toa que o atual vice presidente e futuro presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, define como uma de suas primeiras "missões" na presidência: abrir discussão com a presidente Dilma sobre os critérios de nomeação dos próximos ministros da corte, adiantando que vai propor a indicação de nomes de fora do microcosmo brasiliense, defendendo que os indicados para o Supremo sejam desvinculados dos interesses da máquina estatal e dos interesses privados de grandes bancas de advocacia.
5. O futuro presidente do STF afirma já ter uma lista de pelo menos dez grandes nomes, renomados juristas, professores devotados ao interesse público e com visão de Estado, como são Britto, Peluso e Celso" que pode sugerir a Dilma, mas advogará que o importante não são os nomes e sim os critérios da escolha, com uma consulta completa, ampla e de alto nível.
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6. A Petrobras está aumentando ao máximo sua capacidade de refino para reduzir o impacto negativo que as importações de diesel e gasolina têm no balanço da empresa, já que a sua capacidade de refino está no limite, tendo chegado a 2,1 milhões de barris de petróleo/dia em junho, mas só poderá aumentar mais entre 5% e 10%.
7. Com o consumo crescente de gasolina, a estimativa é que o país gaste US$ 58 bilhões com a importação do combustível de 2015 a 2020, considerando a previsão de aumento de consumo de 4,5% ao ano, até 2020.
8. Para este ano, a expectativa é que as importações de diesel girem em torno dos 150 mil barris diários, enquanto as de gasolina fiquem entre 70 mil e 80 mil barris por dia. A empresa esperava ter superavit na gasolina, mas cresceu muito o consumo das classes mais baixas, que compraram carro, fato não considerado nas projeções, tanto que as suas quatro novas refinarias (PE, RJ, MA e CE) foram planejadas prioritariamente para a produção de diesel, e não de gasolina.
9. Na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, com capacidade de processamento de 230 mil barris/dia de petróleo, 70% será diesel, enquanto no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), o diesel representará 43% da produção total de 165 mil barris diários, ficando as refinarias previstas para o Maranhão (Premium I) e Ceará (Premium II) para entrar em operação a partir de 2018 e nenhuma delas produzirá gasolina.
10. Enquanto a Petrobras vive o seu dilema de depender dos combustíveis importados, o governo do Rio de janeiro baixou decreto reduzindo de 24% para 2% o ICMS das usinas de açúcar e álcool do Estado ou daquelas que vierem a se instalar.
11. Já a Bahia que chegou a formar, em 2007, com o Rio, Espírito Santo e Minas Gerais, a Frente Leste de Produção Alcooleira, praticamente estagnou em produção do etanol, ficando somente com duas novas usinas na região do extremo sul.
12. A ANP anuncia que existe estoque suficiente para aumentar a mistura do etanol na gasolina até abril ou maio do próximo ano, quando ocorre a safra de cana-de-açúcar, sendo que o aumento da mistura é um pleito da Petrobras, que sofre com o crescimento das importações de gasolina, devendo subir, em 2013, para de 22 a 25%.
13. Por falar em ANP, está como seu diretor o ex-funcionário da Petrobras, Alan Kardec, que depois de brigar muito para ser diretor de Abastecimento foi contemplado com a presidencia da recém criada Petrobio, tendo logo se aposentado, com salário de diretor.
14. É de se dizer que possui padrinho muito forte e bondoso.
15. Segundo a Associação de Fabricantes de Materiais de Saneamento - ASFAMAS, as vendas de materiais e equipamentos para água e esgotos voltaram a crescer no País, confirmando que, nos anos eleitorais, a corrida por obras desta natureza aumenta, sendo que o acumulado dos primeiros sete meses deste ano subiu 36,06%, em relação ao mesmo período de 2011.
16. Embora o reforço nos recursos seja mais intenso nas eleições federais e estaduais, neste ano, o investimento deve chegar a R$ 8,7 bilhões, ante cerca de R$ 7,9 bilhões, no ano passado.
17. Diz ainda que todo o investimento no setor sobe nessa época, pois os governos trabalham com planos de quatro em quatro anos, não se fazendo política de continuidade, vindo, nos anos seguintes, a trocar a equipe e frear os gastos que antecederam as eleições.