Militante sindical há mais de 20 anos, o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), ex-diretor do Sindiquímica, acredita que o impasse formado entre os professores grevistas e o governo do Estado se deve falta de um interlocutor no comando da greve. O movimento está sem rumo, segundo ele, e os maiores prejudicados são os estudantes, dificultando a discussão em torno da reposição de aulas.
O parlamentar explicou, durante entrevista para os radialistas Mário Freitas e Fernando Cabus, durante entrevista na Rádio Excelsior da Bahia, que está ocorrendo um choque de informações, já que o Projeto de Lei do Executivo, que teve como relator o deputado de oposição Bruno Reis, votado em novembro do ano passado não previa o reajuste linear para a categoria, sendo que foi aprovado por unanimidade e festejado pela categoria.
"O que acontece é que o governo não tem recursos, até porque não houve previsão no orçamento. Não é hora para radicalismos. Existe um limite para as negociações e acredito que elas devam ser retomadas com o retorno dos professores às salas de aula. Os estudantes não podem ser prejudicados", afirmou Rosemberg. O deputado falou ainda sobre seus projetos na Assembléia Legislativa, contando que estão tramitando na casa, entre outros, um PL que cria a Delegacia de Proteção aos Animais e que apresentou recentemente projeto que inclui Santo Amaro da Purificação na Região Metropolitana do Salvador, o que traria inúmeros benefícios para a cidade com a integração dos serviços com a capital, principalmente pela pequena distância entre os dois municípios.
Rosmberg contou ainda que tem como temas principais do seu mandato o Desenvolvimento Regional e a Educação. Ele acredita que a melhoria da educação básica melhora também a qualidade de vida e trás inúmeros benefícios para os cidadãos. "As pesquisas mostram que há um grande abandono da escola. Apenas 60% das pessoas concluem a educação básica, 30% o ensino médio e 10% chegam às faculdades, mesmo com o grande crescimento do ensino superior nos últimos anos. Precisamos de um ensino público de qualidade já a partir da base".
O deputado respondeu também a questionamentos dos ouvintes sobre a Lei da Transparência, informando que o Governo já aplica corretamente os recursos, precisando apenas de canais de divulgação onde a população tenha acesso a todas as informações. "Vou conversar com os secretários Solla (da Saúde) e Barreto (da Educação). O governo tem um prazo de 45 dias para se adequar e tornar a as informações transparentes. Não só é uma prestação de contas, como é uma forma que o Governo tem de mostrar como está investindo o dinheiro público".