Citado nominalmente na decisão proferida na madrugada pela magistrada, o vereador Sandoval Guimarães (PMDB) retirou-se do auditório, enquanto a procuradoria jurídica analisava a decisão de continuar ou não a sessão.
"Uma situação como essa fere a autonomia de um poder constituido na democracia. Estamos envergonhados com esse desrespeito com os mutuários, e agora com a legítima representação do povo dessa cidade. Queremos justiça também para essas familias feridas em sua dignidade", enfatizou o pemedebista.
Após o recebimento do mandado judicial distribuido por volta de 01h00, e expedido às 06h00, vereadores e sociedade presentes na audiência pública foram obrigados a retirarem-se das dependências da Câmara de Vereadores de Salvador, em cumprimento à decisão da Justiça.
A PDG alegou que a audiência solicitada pela Câmara dos Vereadores foi repentina e ilegal. Na decisão judicial, o texto afirma que a audiência pública era ilegal e fere a presunção de inocência.
A liminar exigiu a suspensão imediata da audiência e também dos efeitos do projeto de indicação do vereador Sandoval Guimarães (PMDB) que pede a suspensão da emissão de alvarás para a construtora.
Os mutuários alegam que foram notificados pelo escritório de advocacia contratado pela empresa com medidas extra-judiciais que impediam a realização de manifestações contra a empresa. O ofício afirma que os advogados exigiram a retirada também dos protestos feitos nas redes sociais que causaram danos à imagem da empresa.(Redação e Consulado Social)