De acordo com a SEC, mais de 630 escolas da rede estadual estão funcionando normalmente em todo o Estado, com os professores em sala de aula.Técnicos da Secretaria da Educação do Estado trabalham com a elaboração de um calendário de reposição de aulas, para que o ano letivo seja cumprido em sua totalidade.
O 3º ano do ensino médio terá cronograma especial, com atividade de apoio, visando à preparação dos alunos para as provas do Enem e do vestibular.
A Secretaria da Educação do Estado convoca todos os professores da rede estadual a retornarem às salas de aula para evitar, desta forma, comprometimento no aprendizado dos estudantes. O diálogo com toda a categoria de docentes sempre esteve e continua aberto.
Professores, alunos e até mesmo pais de alunos da rede estadual participaram na manhã de sexta-feira (11), de uma grande mobilização em prol de uma educação pública de qualidade, que perpassa também pela valorização do profissional que está dentro da sala de aula. Segundo a professora Aloizia Barros do Colégio Olgarina Pitangueira, uma das coordenadoras do movimento, "é sabido que a greve que já dura 30 dias é por conta do não cumprimento do acordo firmado pelo Governo do Estado da Bahia e APLB sindicato relacionado ao Piso Salarial Nacional, piso este estabelecido por uma lei de âmbito federal que deve ser aplicada a todos os estados e municípios a todos os professores da carreira do magistério", disse.
Em Conceição do Coité a adesão a greve é 100%, são 12 escolas entre sede e povoados que estão com as atividades suspensas desde o dia 11 de abril. A classe de professores que não tem uma representatividade do sindicato estadual esta se mobilizando, realizando reuniões, indo às emissoras de rádio, entregando panfletos, tudo para esclarecer a população coiteense sobre os reais motivos da paralisação da educação baiana.
Alguns alunos que resolveram aderir ao movimento dos professores, participaram de uma reunião onde declararam que não pretendem voltar para a sala de aula sem um resultado positivo para os professores, pois segundo eles, não é interessante frequentar a escola com professores desmotivados e frustrados depois de terem seus salários cortados.
O movimento também teve o apoio de estudantes, pais e professores de outros distritos e povoados, a exemplo de Salgadália, Aroeira, Goiabeira, como também professores das cidades de Riachão do Jacuípe e Retirolândia, onde proferiam palavras de ordem "queremos aula", "estudantes e professores unidos jamais serão vencidos".
No domingo (13), após o anúncio oficial do apoio da Diocese de Barreiras e da Pastoral da educação à greve da rede estadual de educação, os professores, APLB e o comando de greve participaram de um missa na Igreja Nossa Senhora Perpétuo Socorro.
Após a celebração, os professores fizeram leitura de uma carta aberta à sociedade elencando os justos motivos pelos quais encontram-se em greve. A carta foi lida em todas as celebrações dominicais e logo em seguida dando continuidade às manifestações, os professores realizaram panfletagem e receberam o apoio e a solidariedade da comunidade.
O município de Barreiras continua na luta cada dia mais forte e o apoio da Diocese à greve dos professores já se expandiu por todas as paróquias da comunidade.
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Na terça-feira (8) ocorreu na Praça das Corujas, no centro da cidade, uma grande manifestação com a participação de professores e alunos. Foi realizada uma panfletagem e, na ocasião, receberam o apoio formal do Sindicato dos Bancários do Oeste e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barreiras.