Política

Deputado critica forma pouco republicana do governo diante professores

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| 26/04/2012 às 17:00

A greve dos professores da rede estadual de ensino da Bahia continua. Após assembleia nesta quarta-feira (25), a categoria decidiu manter a greve por tempo indeterminado. Na última terça-feira (24), a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei que concede aumento aos professores não licenciados de R$ 1.187,98, para o estabelecido pelo piso nacional de R$ 1.451.

 

De acordo com a categoria, o projeto não agrada aos professores, pois torna a remuneração fixa, sem possibilidade de melhorar o salário com gratificações que passam a ser incorporadas aos vencimentos.

 

O deputado estadual Carlos Geilson (PTN) voltou a criticar a postura do governo na manhã desta quinta-feira (26). "O que me chama atenção é a forma radical com que o governo do Estado, que se diz republicano, forjado nas lutas populares, trata essa questão dos professores", afirma.

 

De acordo com o parlamentar, o governo alega não ter dinheiro para dar o aumento, entretanto a oposição encontrou que nos gastos com Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), no ano pré eleitoral de 2009 o governo gastou R$ 406 milhões com esse tipo de contratação e no ano seguinte R$ 420 milhões.

 

"Em seu primeiro governo, Wagner totalizou um gasto de R$ 1,456 bilhão só com Reda. Eu não sou contra que acabe com o Reda ou com os Prestadores de Serviços Temporários (PST), mas que não se use de uma forma indiscriminada, para aparelhar a máquina pública e servir de moeda de troca com a base governista. Então, visto isso sabemos que dinheiro existe, mas o problema é a forma como ele vem sendo utilizado", critica Geilson.