Esporte

BRASIL, ESPANHA, FRANÇA E INGLATERRA NOS JOGOS FINAIS DO MUNDIAL FIFA

ZédeJesusBarrêto fala sobre os jogos finais do mundial dos clubes quase uma Copa do Mundo mniatura
ZedeJesusBarreto , Salvador | 05/07/2025 às 19:19
PSG é o mais empolgante dos times
Foto: FIFA


  Os quatro semifinalistas da Primeira Copa do Mundo de Clubes são o Real Madrid, o PSG da França, o Chelsea da Inglaterra e nosso Fluminense do Rio. Quatro países diferentes representados. O único time fora do circuito europeu é o Fluminense, brasileiro – zebra ou o ‘patinho feio’ da turma? Deles sairá o campeão.

*     

  No começo de tarde do sábado, em Atlanta, o PSG - atual campeão europeu, venceu o Bayern Munique (2 x 0), em jogo de final trepidante. O time francês terminou a partida com dois atletas a menos em campo. No fim da tarde, ainda muito calor em Nova Jersey, o Real Madrid não tomou conhecimento do Borússia, fez 2 x 0, relaxou no final, passou um susto mas venceu por 3 x 2. O jogo que parecia fácil, definido pelo Real, superior nos 90 minutos, ganhou emoção e eletricidade com três gols já nos acréscimos de 7 minutos dados pelo árbitro, com direito a uma intervenção salvadora do goleiro Courtois, evitando uma prorrogação. O Real, assim, classificando-se e de olho no título.

  Pelo que têm mostrado até agora, PSG e Real Madrid pintam como favoritos, mas os dois se enfrentam numa das semifinais, um deles cai fora. Será outra ‘final’ antecipada.  No outro duelo, Flu x Chelsea, forças parelhas, nenhum dos dois esperava, de fato, chegar a tanto. Estar na final é a glória; o jogo da entrega do troféu acontece no dia 13.     

**

  Os confrontos das semifinais:

- Na terça-feira: Fluminense x Chelsea/Inglaterra, às 16h

- Na quarta-feira: PSG/Paris x Real Madrid, às 16

**

Em Nova Jersey

- Arquibancadas do gigante Met Life Stadium com um bom público, o Real atrai, o branco predominante. Expectativa para definição do último dos quatro times vivos nas semifinais da competição. Duelo europeu, entre o supercampeão Real Madrid contra o ‘submarino amarelo’, Borússia, time de maior torcida na Alemanha, revelador de taalentos.

 Com bola rolando ...

 O Borússia até começou dando calor no Real, mostrando mais apetite. Os espanhóis, aos poucos, foram impondo seu padrão, seu ritmo. Daí, logo aos 9 min...

- Gol! 1 x 0 Real Madrid, Gonzalo, escorando de primeira na pequena área, de chapa, um ótimo cruzamento da esquerda, do meia Arda Guler.

- Gol! 2 x 0 Real, aos 19min. O lateral esquerdo Fran Garcia fechando da esquerda e completando de primeira uma boa trama iniciada pela direita. Golaço!  

  O coletivo envolvente dos espanhóis estava engolindo a defesa do Borrúsia; mais qualidade técnica. Aos 26min, Bellinghan fez fila pelo meio da defesa germânica e bateu colocado, a bola raspou o rodapé alemão. Só dava Real, dono da bola, dominante.

 O Borússia voltou para a segunda etapa com três modificações, em busca de igualar as ações, buscar o gol; não tinha outra alternativa. E os alemães recomeçaram em cima, atacando. Os espanhóis na moita, no bote do contragolpe, sem pressa e sem passar sufocos.

Por volta dos 20’, o treinador Xabi Alonso decidiu por em campo, para delírio da torcida, o veterano ídolo Modric e o artilheiro francês Mbappé. Pura qualidade. Depois, entrou também o brasileiro Rodrigo. O Real gastando tempo, no controle, poupando energias por conta do calor e do confronto de semifinal, pela frente. O Borrussia lutou, até o fim, em busca de um gol de honra. O Madrid teve chances de ampliar.  E quando ninguém mais esperava nada... vieram as emoções, três gols aconteceram nos acréscimos.      

- Gol! 2 x 1, Beer, aos 48’. Bola mal rebatida pela zaga espanhola, já sem pernas, o meia Beer bateu seco, por baixo, a bola desviou e entrou no canto.

Na resposta...

 - Golaço! 3 x 1, Mbappé, de meia bicicleta, na pequena área, pegando de prima um cruzamento da direita.

Antes do apito final, o árbitro viu pênalti de Huijsen no atacante Guirrasy, do Borússia, sob protesto dos espanhóis.

- Gol! 3 x 2 Guirrasy, aos 52 min, batendo forte a penalidade.

 Ainda deu tempo de Courtois evitar o empate com uma grande defesa.

Realmente o futebol é um jogo, um esporte fantástico!  Haja coração.  

**

Em Atlanta

Pelo mei’dia de verão nos EUA, estádio moderníssimo / Mercedes Benz, climatizado (22graus), relvado tapete, um grande clássico europeu: o PSG atual campeão continental contra o poderoso Baryern Munique, o papa-títulos alemão. Definição de um dos semifinalistas do primeiro mundial de Clubes. Um desfile de grandes astros da bola, uma partida com ares de final, antecipada. Os alemães de vermelho, os franceses de azul escuro. Rivalidades no esporte e geopolíticas.

Bola rolando ...

- O PSG meteu susto logo aos 3 minutos, num vacilo da defesa alemã, pressionada em saída de bola; Doué bateu forte, da entrada da área, rapando o poste de Neuer. Olise respondeu, aos 5’, finalizando da meia lua, defesa de Donnarruma. Duas equipes ofensivas, de marcação alta, bem treinadas, ações equilibradas. Ritmo intenso.

- Aos 27 min, trama alemã, troca de passes envolvente, Olise bateu forte, Donnarruma espalmou. Aos 31’, foi a vez de Neuer, arrojado e ‘milagroso’, evitar o gol francês. Aos 32’, Boey em campo, pelo Bayern, saiu o lateral direito Stanisc com lesão na coxa. Aos 38’, Kane cabeceou cruzamento da esquerda, de frente, na pequena área, a bola passou raspando o travessão francês.  Aos 40’, defesa difícil de Donnarruma, espalmando no rodapé, na chegada de Musiala.

- Aconteceu um gol aos 45’, do beque francês Upamecano, que joga no time alemão, de cabeça, escorando cruzamento de falta da esquerda – mas estava em condição de impedimento, o bandeira viu, o VAR confirmou, o gol do Bayern não valeu.   


Primeiro tempo de bom duelo, tático, intenso, parelho, sem muitas faltas nem canganchas, bom de ver. Jogão de bola. Só faltou o gol.

Segundo tempo –

                                 Aos 3’ do retorno, Barcola entrou livre, num contragolpe, mas parou no extraordinário Neuer, que cresceu na sua frente. Os franceses voltaram mais acesos, marcando alto, e os alemães sem perder o ritmo. Na resposta, Coman invadiu pela esquerda em velocidade, chutou rasteiro, Donnarruma catou. Um segundo tempo mais pegado, mais brigado.  Sem predomínios.

 - Aos 20min, Olise, meio desequilibrado, chutou por cima, já dentro da área francesa.

O técnico Luiz Enrique pôs em campo Dembelé. O empate, com prorrogação, cansativo, não interessava a ninguém, as duas equipes à toda em busca do gol, portanto. Aos 28’, numa saída errada, rara, de Neuer, Dembelé tentou com o gol vazio, meio desequilibrado, e a bola passou rente.  

- Gol! 1 x 0 PSG, aos 34’. O garoto Doué (17anos), em jogada individual, da direita para o meio, o chute saiu rasteiro, de canhota, acertando cantinho, abrindo o placar.  

Logo, o treinador Kompany lançou  Müller (despedindo-se dos gramados) e Goretzka no Bayern; Luiz Enrique respondeu, pondo Hernandez, Emery e Beraldo no PSG, se precavendo.

 - Retão final, prenúncio de fortes emoções, o time alemão com um a mais em campo (o zagueiro francês Pacho foi expulso por jogo violento) lançou-se inteiro à frente.

 Aos 41’, Kane finalizou de cabeça, gol anulado, estava impedido. Os alemães em cima, exercendo aquela pressão final. Os franceses suportando, administrando... daí,

Hernandez deu uma cotovelada numa disputa de bola pelo meio de campo e o árbitro croata viu, expulsou o segundo jogador do PSG, sob protestos de Luiz Enrique e todo o banco. Quatro minutos finais (acréscimos), o PSG com dois atletas a menos em campo. Final dramático. Dembelé acertou a trave com uma bomba de canhota.

- Gol! 2 x 0 PSG! Aos 52min, Dembelé, recebeu de Hakimi e bateu de chapa, da marca do pênalti, forte e colocado, definindo.

O time campeão europeu com dois a menos em campo.  Grande trabalho do treinador Luiz Enrique, espanhol, à frente do time de Paris.

 Pressão final total, Donnarruma trabalhando e ... o árbitro marcou um pênalti (pé alto  no rosto do atacante alemão). Sob protestos, o árbitro croata foi chamado pelo VAR, viu o lance no vídeo e voltou atrás, desmarcou o pênalti.

Deu PSG, o campeão europeu, sem chorumelas, numa das semifinais da Copa.  

PS: Pena a contusão (uma fratura na tíbia) do jovem alemão Musiala, depois de um choque casual com Donnarruma. Ele estava retornando, aos poucos, de uma lesão grave. Coisas do futebol.      

 

**

Zedejesusbarreto 5jul2025