Falta-nos, no entanto, um craque no estilo Romário ou Ronaldinho gaúcho
ZedeJesusBarreto , Salvador |
10/06/2025 às 23:55
Carlo Ancelotti colocou time mais ofensivo
Foto: BJÁ
Bastou o 1 x 0, passaporte carimbado para a Copa do Mundo 2026 na América do Norte. O Brasil único presente em todas as copas realizadas desde 1930. Primeiro triunfo de Ancelotti como treinador da Seleção Brasileira. O placar foi mínimo mas merecido, jogamos melhor a maior parte da partida, tomando as iniciativas, atacando. Uma seleção mais organizada em campo, um time mais cioso, ofensivo, jogando com garra, como o torcedor gosta. Nosso primeiro tempo foi dominante; na segunda etapa o Paraguai saiu mais por jogo e até equilibrou, nalguns momentos, sem sufocos.
Louvemos o trabalho coletivo, o dedo já visível do treinador Ancelotti.
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Talvez nos falte aquele craque, o cara que faça a diferença. Depois dos quatro erres – Romário, Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho -, que eram de fato diferenciados, tivemos um Kaká, lampejos de Robinho e Neymar, aquele outro, não mais esse, celebridade. Temos uma geração com alguns bons jogadores, mas nos falta o diferente, o fora da curva, aquele que chama e decide.
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Na Arena Itaquera/SP
- Tempo frio, instável na capital paulista, arquibancadas cheias (mais de 46 mil presentes), o amarelo predominando, gramado misto, linheiro, tapete.
- Disputa pela classificação para a Copa do Mundo 2026; o Paraguai com 24 pontos ganhos, há 8 jogos sem perder. O Brasil com 22 pontos, na segundo partida sob comando do treinador italiano Carlo Ancelotti, o aniversariante do dia.
- A nossa seleção com sua amarelinha esmaecida (prefiro o amarelo canário mais apurado); e o Paraguai com sua tradicional camiseta em vermelho e branco, listras verticais, detalhes azuis.
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Com bola rolando ...
- Escalação e postura ofensiva da seleção brasileira. Os paraguaios marcando forte. Aos 11’, a primeira chance criada por Vanderson e Bruno Guimarães, pela direita; o cruzamento rasteiro atravessou a pequena área paraguaia, Vini Jr chegou atrasado para completar. Nossos jogadores de frente se movimentando, sem posição fixa, já diferente. Os paraguaios atrás, suportando, travando o ritmo, sem pressa.
- Depois de um cerco ofensivo dos brasileiros, o Paraguai chegou pela primeira vez, assustando, por volta dos 28min, num contragolpe e bola alçada na área de Álisson. Aos 35’, após ótima arrancada e cruzamento de Martinelli pela esquerda, Mateus Cunha errou a cabeçada na pequena área; a melhor chance, desperdiçada.
- Gol! 1 x 0 Brasil. Numa boa jogada de Rafinha pela direita, a defesa paraguaia vacilou, Mateus Cunha roubou, avançou e cruzou da linha de fundo, Vini Jr de carrinho empurrou, abrindo o placar. Num raro vacilo defensivo dos guaranis. Aos 44min.
Primeiro tempo movimentado. A seleção brasileira teve mais a bola, correu muito, ocupou mais o campo adversário, assediou mas finalizou pouco; Gatito não fez nenhuma grande defesa. Já no finalzinho saiu o gol, numa investida esperta de Mateus Cunha, roubando uma bola já na grande área adversária e servindo. Justo. Os paraguaios se defenderam bem, pouco arriscaram na frente. Destaque para Martinelli e Mateus Cunha, aplicadíssimos, brigando por espaço entre os titulares.
Segunda etapa – No retorno, o mesmo panorama; a seleção brasileira tomando as iniciativas, querendo mais. Pressão total. Só por volta dos 15’ os paraguaios saíram um pouco, arriscaram um chute de longe, Álisson catou. O Paraguai fez substituições, adiantou a marcação, dificultando a saída de bola brasileira, equilibrando mais as ações, exigindo da defesa amarela, ganhando mais os rebotes e divididas.
- Aos 28’, Ancelotti tirou Alex Sandro e colocou Beraldo. Aos 31’ Rafinha recebeu na frente disparou pela direita e chutou rasteiro, Gatito deu rebote, a zaga chegou antes e safou. Aos 33’, Ancelotti lançou Gerson e Richarlison, saíram Vini Jr (de quem se esperava mais) e Mateus Cunha. Nada definido.
- Aos 37’, Vanderson puxou um contragolpe em velocidade pela direita, Gerson arriscou da meia lua, a bola desviou na zaga. Aos 43’, Rafinha fez boa jogada pela direita, rolou para a pancada de B Guimarães, defesaça de Gatito.
Destaques – Vanderson, Bruno Guimarães, Martinelli, Mateus Cunha, Rafinha, Casemiro ...
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Ficha Técnica
- A Seleção do técnico Ancelotti: Alisson, Vanderson, Marquinhos, Alex e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Fernandes, Rafinha; Martinelli, Cunha e Vini Jr. (Gerson, Richarlison, Beraldo, Danilo)
- O Paraguai do técnico Gustavo Alfaro: Gatito, Cáceres, Gustavo Gomez, Alderete e Junior Alonso; Diego Gomes, Andrés Cubas, Villasanti e ALmiron; Enciso e Sanábria (Romero, Bobadilla, Alvarez, Gamarra, Sandez)
- Arbitragem de Jesus Valenzuela, da Venezuela.
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Outros jogos da noite:
- Argentina 1 x 1 Colômbia; Uruguai 1 x 0 Venezuela; Bolivia 2 x 0 Chile;
Peru 0 x 0 Equador;
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Classificação
Argentina, 35 pontos; Equador, 25; Brasil, 25; Paraguai, 24; Uruguai, 24; Colômbia, 22;
Venezuela, 18; Bolivia, 17; Peru, 11; Chile, 10.
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Brasileirão
Na quinta-feira, pela 12ª rodada:
- Vitória x Cruzeiro, às 19h, no Barradão.
- RB Bragantino x Bahia, no estádio Cicero de Souza Marques/SP, às 19ha