Além da desclassificação, que não estava em nenhuma das previsões, o torcedor rubro-negro viu em casa, sem acreditar, a perda de uma invencibilidade de 21 jogos, a manutenção de um tabu de 13 jogos sem vencer o ‘Timbu da Mauricéia’ e, pior, viu uma equipe nervosa em campo, com uma defesa vulnerável, e uma falta repertório ofensivo irritante; o tempo inteiro insistindo com bolas alçadas na área inimiga, só.

  O Náutico fez o ‘feijão com arroz’, defendeu-se com obstinação e foi objetivo nas poucas vezes que chegou ao ataque. O Timbu volta com um grande resultado para o Recife, seque vivo e faturando na Copa do Brasil. O Leão, avaliando o prejuízo com a queda, tem uns dias para se recompor, sacudir a poeira, e encarar a decisão contra o Bahia, pelo Baianão, primeiro jogo domingo, na Fonte Nova.  

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No Barradão

- Noite de quarta, tempo quente, arquibancadas com bom público, gramado pesado, mastigado, enlameado nalguns pontos,  valendo pela 2ª fase da competição, jogo único e decisivo. Ganhou segue, perdeu cai fora.

- O Vitória, invicto há 22 jogos, classificado para a final do Baianão 2025, o time em lua de mel com a torcida. Na primeira fase, o Rubro-negro venceu o Maranhão por

1 a 0, em São Luís.

- Já o Náutico, eliminado do Campeonato Pernambucano nas quartas de final, vem de empate por 1 a 1 com o Sampaio Corrêa, pela 5ª rodada da Copa do Nordeste e, pela Copa do Brasil, chegou à 2ª fase após eliminar o Santa Cruz de Natal, por 4 a 0, em fevereiro. Treinado por Marquinhos Santos, o Timbu da Mauricéia vai disputar a 3ª divisão do Brasileirão/2025. Só que, acreditem, o time pernambucano defendia um tabu no Barradão, não perdia para o Rubro-Negro há quase 12 anos (são agora 10 jogos, com 5 triunfos e 5 empates).

- Uniformes: o Leão com seu vermelho&preto tradicional, camisetas em listras verticais largas; o Náutico, ‘Timbu’, de branco total com detalhes em vermelho.

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Com bola rolando

- Um começo bem equilibrado. Cauteloso.

- A primeira chegada foi do Timbú, depois de um escanteio pela direita; Hélio Borges pegou firme, da intermediária, a bola tirou casca na trave de Lucas Arcanjo, aos 5min.

- Aos poucos o Vitória foi adiantando suas linhas de marcação, ocupando mais os espaços no campo inimigo, trocando passes. O Náutico postado, marcando, de olho no contragolpe.

- A despeito do assédio rubro-negro, nenhuma defesa do goleiro Muriel até os 25min, o Timbu suportando bem atrás. Do meio pra frente, nada. Daí...

- Gol! 1 x 0 Náutico, aos 28min. Hélio Borges pegou livre da entrada da área, bateu forte de canhota, a bola descaindo na frente de Lucas Arcanjo que não chegou nela, aceitou.

 Gol levado, o Leão precisava atacar, tentar o empate, e começou a alçar bolas na área pernambucana, na pressão. Mas, aos 34’, William salvou o segundo, num escanteio olímpico. Na sequência, cobrança do escanteio e...

- Gol do Náutico! 2 x 0! Aos 36min. Marcos Ytalo testou a bola alçada da direita, desviada numa casquinha no primeiro pau, Ytalo mergulhado, testando, escorando na pequena área, ampliando e calando o Barradão.

- Só aos 39’ aconteceu o primeiro chute perigoso do Vitória; Baralhas arriscou de longe, forte, por baixo, a bola passou raspando o poste de Muriel. O Leão fustigava, insistindo no jogo aéreo, com escanteios seguidos. Mas deu Náutico no primeiro tempo.

 

  Com um repertório ofensivo pobre, poucas e más finalizações, muita bola alçada na frente e uma defensiva vulnerável, o Vitória desceu pro vestiário sob algumas vaias das arquibancadas, levando 2 x 0 no lombo, ninguém esperava. O Náutico defendeu-se com garra e nas poucas vezes que atacou foi eficiente. Tem boa vantagem, mas o Leão é forte em casa, jogo indefinido. No caso de empate, a decisão iria para a disputa de pênaltis.

 

 Segundo ato - Carpini mexeu: Carlinhos e Pepê em campo, saíram Mosquito e William. Dois atacantes altos enfiados na área pernambucana, Carlinhos e Janderson. Mudanças ofensivas. Haja jogo aéreo. Ao ataque, ordem unida. No recomeço, ataque contra defesa.  Aos 7’, chute de Baralhas, de longa distância, deu Muriel. O Timbu fechadinho, todo encolhido. Aos 13’, entrou o velocista Fabri, saiu Lucas Braga. Aos 14’, primeira investida de Fabri, quase faz.

- Pressão total do Leão. A torcida inflama. Bola na área inimiga, blitze total. Entrou Ronald, saiu Neris. Todos no ataque, ao tudo ou nada, 20 minutos. Cabeçada de Carlinhos, Muriel catou. Aos 25’, boa chegada do Náutico, num chute da entrada da área de Patrick, por cima, assustando Lucas Arcanjo.  O tempo passando, o torcedor tenso (alguns já deixando o estádio), o time rubro-negro em campo nervoso... o Timbu resistindo com bravura, sem pressa, encerando. 40 minutos, nada de novo. Caiu a chuva.

  - Aos 47’, em novo cruzamento, testada frontal de Janderson, grande defesa de Muriel.  E foi só, deu Náutico, Vitória desclassificado da Copa do Brasil.  

  

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Ficha técnica

- O Vitória de Carpini: Lucas Arcanjo; Raul Cáceres, Neris (Ronald), Lucas Halter e Jamerson; Baralhas, Willian Oliveira (Pepê) e Wellington Rato (Bruno Xavier); Lucas Braga (Fabri), Gustavo Mosquito (Carlinhos) e Janderson. (Bruno Xavier) 

- O Náutico de Marquinhos: Muriel Becker; Marcos Ytalo, Felipe Santana, Rayan e Carlinhos; Igor Fernandes, Wenderson e Auremir; Patrick Allan, Hélio Borges e Vinícius. (Maranhão, Igor, 

- Árbitro: Paulo Cesar Zanovelli da Silva (MG), caseirinho.

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Na sequência, o Vitória foca no primeiro confronto da final do Campeonato Baiano, contra o Bahia, domingo (dia 16), às 18h, na Fonte Nova. Depois, joga contra o Sport Recife, na quarta-feira (19), às 21h30, pela 6ª rodada da Copa do Nordeste.

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 Libertadores

 Na noite desta quinta, às 21h30, o Bahia encara o Boston River do Uruguai, com a Fonte Nova lotada. É o segundo e definitivo confronto pela Pré-Libertadores da América, valendo vaga na fase de grupos da competição. O Tricolor empatou em Montevidéu, 0 x 0, e joga pra vencer e seguir adiante. Não pode vacilar.