BAVI promete ser sensacional com os dois melhores times da B ahia
ZedeJesusBarreto , Salvador |
29/01/2025 às 23:41
Vitória 4x0 Jacobina
Foto: Victor Xavier
Com um mistão quente em campo, o Vitória venceu o brioso Jacobina (4 x 0), garantiu a liderança isolada do Baianão, com 11 pontos ganhos e botou fogo no 500º clássico
Ba x Vi da história, sábado, na Fonte Nova – até porque o Bahia também venceu seu jogo. O Jacobina até foi ousado, tentou, se arriscou enquanto teve pernas, mas foi superado pelas melhores qualidades individuais - físicas e técnicas –, e também do padrão coletivo do rubro-negro, que tem conseguido atuar em alta rotação os 90 minutos e mais os acréscimos de seus jogos, inteiros.
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Mais cedo, no Valdomiro Borges, o Bahia, com um time bem mesclado, venceu o Jequié (3 x1), numa partida difícil, equilibrada. Vigorou a melhor capacidade individual dos tricolores, que souberam suportar o assédio dos donos da casa, as dificuldades do gramado, aproveitaram as oportunidades e administraram bem, estiveram sempre à frente do placar. Mais três pontos ganhos fundamentais (8 ao todo) que põem o Tricolor na vice-liderança, atrás apenas do rival, que enfrenta no sábado.
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No Barradão
- Iluminação nova, em LED, público entusiasmado como sempre (mais de 7 mil presentes), gramado alto e bem molhado, o Leão em casa defendendo sua liderança; uma escalação mesclada, até por conta do Ba x Vi de sábado e de uma semana de muito tititi nos bastidores, com negociações de atletas. O Vitória de vermelho & preto, o Jacobina de azul vistoso predominante, listrados verticais em preto, amarelo...
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Com bola rolando ...
- O Jacobina não entrou recuado, encarou, as ações estavam até bem equilibradas, daí ...
- Gol! 1 x 0 Vitória, Bruno Xavier, aos 14 minutos. Uma arrancada fantástica, em alta velocidade de Fabri desde o campo defensivo, o chute saiu forte depois de se livrar do marcador, o goleiro Nilton deu rebote e Bruno Xavier completou, abrindo o placar.
E facilitando mais daí por diante para os donos da casa, pois obriga o treinador do Jacobina a mudar de estratégia e fazer mudanças, muito cedo. Na lanterna, o time do norte da Chapada não podia ficar atrás, tentaria vencer a todo custo. Só que ficaria bem mais vulnerável defensivamente. Corrido, sem predominâncias.
- Aos 30’, cruzamento preciso de Claudinho, da direita, cabeçada de Pablo, livre, de frente, bola raspou o poste de Nilton. Por volta dos 38’, duas boas defesas seguidas de Nilton, em finalizações certeiras do Leão. O Jacobina até chegava, levantava bolas na área do Vitória, mas não chutava, não dava trabalho a Lucas Arcanjo.
Melhor fisicamente, tecnicamente, e à frente do placar, o Vitória tinha toda a segunda etapa para administrar e/ou ampliar a vantagem e garantir os três pontos que lhe assegurariam a liderança isolada. O Jacobina não fez feio, encarou, mas... finalizou pouco.
- Daí, o Vitória recomeçou em ritmo mais cadenciado, sem pressa, cozinhando cansando o adversário. O jacobina voltou arriscando tudo, chutando de longe, obrigando Lucas Arcanjo a trabalhar um pouco. O Leão sempre perigoso nos contragolpes, na chegada à frente, objetivo.
- Gol! 2 x 0, Fabri, aos 14 min. Jogada rápida pela esquerda, cruzamento pelo alto de Bruno Xavier, o goleiro Nilton deu tapinha, nos pés de Fabri. Não perdoou a bobeira.
Daí em diante, o Leão com o controle das ações, dono da bola, rodando, criando outras oportunidades, sem pressa mas sem recuar. O Jacobina já parecia cansado, teve de correr muito, chegava pouco; as ações rolavam mais no seu campo defensivo.
- Gol! 3 x 0, Vitória aos 43min. Claudinho arrancou em contragolpe pela direita, ninguém teve pernas para acompanha-lo, tocou na direita para C. Eduardo que cruzou no chão e o mesmo Claudinho escorou na pequena área.
- Gol ! 4 x 0 Vitória, Mateuzinho, aos 46’. Com o time do Jacobina pregado, Claudinho entrou livre pela direita e serviu Mateuzinho, na meia lua, desmarcado; o baixinho ajeitou o corpo e bateu colocado, fechando a goleada. Um regalo no seu retorno, depois de dois meses parado, por lesão.
A torcida, mesmo pequena, enlouquecida nas arquibancadas.
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Ficha Técnica
- O Vitória escalado por Carpini: Lucas Arcanjo, Claudinho, Kauan (jovem da base)/Edenilson, Zé Marcos e Hugo; Baralhas(estreante)/ Val, Dionísio e Pablo (Mateuzinho, de volta); Carlos Eduardo, Fabri (Osvaldo), Bruno Xavier (Buiú).
- O jacobina de Laécio Aquino: Nilton, Caio, Bandeira, Vitor Ramos e Hugo; Bruno Henrique, Vitor Santos e Benja; Marquinho, Neréia e Bruno Nunes. (Alef, Roni, Wellington Alves, Caio, Martinho)
- No apito, Bruno Prado (sem critérios na distribuição de cartões).
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O tititi na Toca
- Semana de rebuliço nas hostes rubro-negras. Assediando pelo Grêmio, o bom lateral canhoto Lucas Esteves chegou a falar já como jogador do time gaúcho, disse que queria sair mas a diretoria rubro-negra melou o negócio, e o embrulho vai ser direcionado pela Justiça. Vai ou não vai? Joga ou não o clássico Ba x Vi?
Ao mesmo tempo o Rubro-negro anunciava a chegada, por empréstimo, do centroavante Carlinhos, do Flamengo, um jogador alto, rápido, 27 anos, que se destacou no Volta Redonda. Mesmo assim, só de pinimba, a diretoria rubro-negra não recuou da investida sobre Everaldo, o centroavante do rival Bahia. Ou viria o Lucas Braga, do Santos, outro atacante?
No mais, pintou o interesse de um clube espanhol no zagueiro e capitão do time Wagner Leonardo, com uma grana boa já posta na mesa. O clube em alta nas resenhas.
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Em Jequié
O Valdomiro Borges com suas acanhadas arquibancadas cheias (cerca de 4 mil presentes), um gramado alto e irregular, iluminação de boate, boca de noite de quarta limpa, calor, valendo preciosos pontos pela 5ª rodada do Baianão. As duas equipes tinham o mesmo número de pontos, 5º e 6º colocados. O time da casa de camisetas brancas e detalhes em azul; o Bahia, a equipe mesclada por Rogério Ceni, com seu uniforme tri-colorido.
Com bola rolando ...
- O Jequié começou com postura ofensiva, marcando duro desde a frente, sufocando, tentando surpreender, esticando e alçando bolas na área tricolor, muita intensidade de jogo. O Bahia com dificuldades por conta do gramado, da marcação dura, da disputa mais pegada e da correria do adversário.
- Gol! 1 x 0 Bahia, aos 16 min. O goleiro Deijair (cria da base do Bahia) vacilou na saída de jogo com os pés, traído pelo gramado irregular, Biel espertou roubou a bola e serviu, com açúcar, a Pulga, de frente, e um tapa de primeira para as redes. Abrindo o placar, quando o time da casa parecia melhor, atacava mais.
Aos 21’, após cobrança de escanteio pelo alto, Jean subiu mais que a zaga tricolor e testou firme acertando a trave, quase decretando o empate, Marcos Felipe só espiando. O Jequié, que já era mais ofensivo, lançou-se inteiro ao ataque, na pressão.
- Gol! 1 x 1 Jequié, Tiago Recife. Falta cobrada rápida, pela esquerda, cruzamento rasante na frente da pequena área, a defesa tricolor parou pedindo impedimento, Marcos Felipe nem saiu nem ficou, na indecisão Tiago Recife chapou livre, empatando, aos 26mim.
Aos 31’, numa rara trama ofensiva do Bahia, Pulga finalizou de canhota nas mãos do goleiro Deijair. Aos 45’, Biel cruza de fundo a bola bate no braço aberto do zagueiro, todos pedem pênalti, o árbitro nem tchum, marca só escanteio.
No lance seguinte, Pulga arranca pela direita, num contragolpe e é derrubado na área, dessa vez o árbitro, em cima, apitou o pênalti.
- Gol! 2 x 1 Bahia, Everaldo, cobrando a penalidade com perfeição, seriedade, desempatando no finalzinho da primeira etapa.
Mais à vontade com as condições e circunstâncias do jogo, o Jequié foi superior no primeiro ato, ganhando a maioria das disputas no corpo, as bolas altas, as divididas, a correria. Pulga foi o mais ofensivo pelo lado tricolor. O meio de campo sumido e Everaldo apareceu no final, armando o contragolpe de Pulga e cobrando o pênalti. Um duelo mais brigado que bem jogado.
Segundo tempo – No intervalo, Ceni retirou o veterano Vitor Hugo, sem ritmo de jogo, já com cartão amarelo, e colocou o jovem Freddy Flippert. Com o lacar adverso, caberia ao Jequié atacar, buscar o empate a qualquer custo. O Bahia marcando, se defendendo, sem pressa. Quinze minutos, jogo mascado, nada acontecia. Assédio do Jipão. O Bahia pouco incomodava, não conseguia articular contragolpes.
- Com o tempo passando, Betinho fez as cinco substituições a que tinha direito, foi pro tudo ou nada. Aos 30’, Ceni tirou Nestor, entrou Yago Felipe. Aos 32’, numa bola alçada, Marcos Felipe vacilou, deu um rebote, depois arrojou-se evitando a finalização.
Aos 36’, Everaldo ganhou no meio, acionou Pulga que arrancou e deixou Yago Felipe de frente, livre, mas saiu um chuteco nas mãos do goleiro.
- Com as mudanças, o Tricolor já equilibrava, administrando o resultado. Seis minutos de acréscimos.
- Gol! 3 x 1 Bahia, aos 48 min. Um gol da meninada; Tiago recebeu de Erick, cruzou rasteiro, Ruan Pablo (16anos) antecipou-se à zaga e escorou, ampliando e fechando caixão, garantindo os três pontos.
Destaques para Pulga, insinuante, o tático e esforçado Everaldo, Erick com sua experiência. E que bom ver Ceni dando oportunidades aos meninos oriundos da base. Eles estão correspondendo bem, sim.
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Ficha técnica
- O Jequié do treinador Betinho: Deijair, Lima, Sergio, Jean e Gilmar; Ygor, Tiquinho, Gilberto e João Grilo; Tiago Recife e Gabriel. (Kainan, Anderson, Harrison, Azevedo e Railan)
- O Bahia escalado por Ceni: Marcos Felipe, Kauã, Marcos Victor, Vitor Hugo (Freddy) e Rezende; Acevedo, Nestor (Yago Felipe), Erick; Pulga (Ruan Pablo), Everaldo e Biel (Thiago).
No apito, Ricarle Batista.
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- Próximo confronto é o Ba X Vi / 500, no sábado, Fonte Nova.
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Outro jogo da rodada: Barcelona 1 x 0 Atlético Alagoinhas