Esporte

JOGOS DE PARIS: BRASIL TÁ IGUAL A GALO ENCHENDO O PAPO DE GRÃO EM GRÃO

Bem o Brasil tem duas pratas, ao menos, garantidas: futebol feminino e volei de praia; depois de hoje, cotação de Isaquias caiu; Piu também (Com informações gerais do COB)
Tasso Franco ,  Salvador | 08/08/2024 às 18:27
Netinho, do taewondo, único bronze do dia
Foto: Wander Roberto, COB
   MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. O Brasil emperrou no 18º lugar e as chances de mais medalhas de ouros estão com o futebol feminino e o volei de praia mulheres dupla. Depois da performanece de Piu, ontem, nos 400 m com barreiras o ouro parece distante; e com a performance de Isaquias, hoje, também. Mas, no esporte, tem o dia, os ventos, a disposição, de repente acontece. A vela não rendeu e Ana Marcela ficou fora das medalhes na maratona aquática. O volei feminino de quadra vai enfrentar a Turquia para tentar um bronze. Hoje, perdeu para os EUA num jogo dramático 3x2. A final será Itália x EUA.

   2. Ao que tudo sinaliza o Brasil deve fechar os jogos entre 17 e 19 medalhas abaixo de Tóquio quando conseguiu 21 sendo 7 de ouro. Agora, não dá mais para conseguir esses mesmos 7 ouros. Em Paris, quem avançou além dos franceses, donos da casa, foram os australianos. Já têm 18 medalhas de ouro e 45 no total à frente da França. A Grã-Bretanha e a Alemanha perderam força. 

   3. TAEKWONDO - De derrotado na estreia a medalhista olímpico. A jornada de Edival Pontes, o Netinho, na arena montada no Grand Palais foi de fé, garra e, acima de tudo, técnica e força mental. Superado pelo jordaniano Zaid Kareem na primeira rodada, Netinho teve a oportunidade de disputar a repescagem devido à classificação do algoz para a disputa pelo ouro. Não desperdiçou a segunda chance. Após oito horas de espera, venceu duas lutas pela categoria até 68kg e voltará dos Jogos Olímpicos Paris 2024 com um bronze na bagagem.

  4. A luta que consagrou a volta por cima de Netinho foi contra o espanhol Javier Polo Perez, vencida por 2 rounds 1 pelo brasileiro, com emoção até o último segundo.

   5. Esta é a 15º medalha do Brasil na capital francesa e a terceira do taekwondo brasileiro nos Jogos. Antes de Netinho subiram ao pódio olímpico Natalia Falavigna, bronze em Pequim 2008, e Maicon Andrade, também bronze na Rio 2016.

  6. Maria Clara Pacheco, estreante de 21 anos, se despediu nas quartas de final da categoria até 57kg. Venceu o primeiro combate e quase passou pela número 1 do mundo, a chinesa Zongshi Luo, mas foi superada e, posteriormente, eliminada, com a derrota da algoz nas semifinais.

  7. Nesta sexta-feira outros dois brasileiros estarão em ação no taekwondo. Caroline Santos, a Juma, estreará na categoria até 67kg diante da tailandesa Sasikarn Tongchan, enquanto Henrique Marques lutará na categoria até 80kg tendo o jordaniano Saleh Elsharabaty como adversário no primeiro combate.
 
  8. "Estou experiente, muito experiente com toda a minha carreira, com 26 anos, tenho 20 anos de taekwondo e estava me sentindo no meu auge, estava muito bem e quando eu perdi a primeira luta eu não entendia, ficava perguntando a "meu Deus, o que é que está acontecendo? Estou bem fisicamente, estou no meu auge com a experiência que eu tenho e não vai ser agora?" Então eu acho que depois que eu ganhei ali do Hakan, do Turco, e o Zaid foi pra final, acho que abriu uma luz na minha cabeça e falou "po, Netinho, é agora, é a de bronze", então eu levei isso pro fundo do meu coração, falei que ninguém vai tirar isso de mim e, graças a Deus, deu tudo certo", disse Netinho.

  9. VOLEI DE PRAIA É PRATA - O Brasil garantiu mais uma medalha, dessa vez no vôlei de praia. Duda e Ana Patrícia venceram as australianas Mariafe Artacho e Taliqua Clancy, vice-campeãs olímpicas em Tóquio 2020, na semifinal e vão disputar o ouro nos Jogos Olímpicos. 

   7. O próximo e último confronto no já icônico Estádio da Torre Eiffel será contra Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson, do Canadá, na grande decisão. A dupla número 1 do mundo é brasileira e vai disputar o ouro nos Jogos Olímpicos.

  8. "Entendo os grandes desafios que a gente tem que enfrentar para estar aqui em busca de conquistá-la (a medalha), né? Então, passamos por muitos deles, falta um passinho, né, pra glória total, mas já vai ficar pra história tudo que a gente fez aqui", disse Ana Patrícia.

  9. "A gente trabalhou muito pra isso. Acho que devo tudo a parte psicológica, técnica, física, e a gente conseguiu demonstrar tudo ali dentro da quadra", completou Duda. "Descansar, aproveitar, ser feliz nesse momento, estudar e amanhã a gente está de volta na final", finalizou a atleta.

  10. O jogo teve um gostinho de revanche, já que as australianas foram as algozes de Bárbara Seixas e Carol Solberg nas oitavas de final em Paris. Mesmo perdendo o primeiro set na competição, o primeiro por 22 a 20, Ana Patrícia e Duda não se abalaram e buscaram a virada com 21 a 15 no segundo e 15 a 12 no terceiro. O jogo durou 57 minutos, com 49 pontos sofridos pela dupla brasileira, bem acima da média da equipe até então que era de de 28,4 pontos sofridos e 35 minutos e 40 segundos de jogo.

  11. A grande decisão será disputada nesta sexta-feira, 09, a partir das 17h30 no horário de Brasíl.

  12. Ana Patrícia em duelo contra as australianas Mariafe e Clancy pela semifinal. A dupla brasileira começou forçando o saque para cima das australianas, que respondiam tentando as largadas ou explorando o bloqueio de Ana Patrícia. A primeira parada apontou o placar de 8 a 4, depois de um erro de ataque de Clancy e um ace de Ana Patrícia.

  13. Na volta da parada, Ana acabou errando dois ataques e o placar empatou em 10. Sem se abalar, a gigante brasileira virou mais uma bola para chegar ao 11.

   14. A partir daí a partida foi se alterando entre empate e vantagem do Brasil no placar. Até que num bloqueio de Ana Patrícia, a vantagem aumentou para 14 a 12. Duda também entrou no jogo e num ataque fortíssimo colocou 16 a 13 no placar.

   15. Num saque de Clancy, a linha balançou e a dupla brasileira pediu o desafio, que não foi concedido e as australianas encostaram de novo no placar: 16 a 15.

  17. Dois ataques de Ana Patrícia recolaram a vantagem brasileiras no placar: 18 a 16. Mas a defesa voltou a funcionar, principalmente com Artacho, e as australianas empataram em 18 pontos.

  18. Na volta do pedido de tempo da dupla brasileira, ponto de ataque de Duda. A recepção brasileira passou a ter problemas e as australianas passaram à frente pela primeira vez na partida: 20 a 19. Também dessa maneira, Mariafe conseguiu o 22º ponto da Austrália para fechar o primeiro set em 22 a 20.

  19. No segundo set, um jogo de alto nível, com as duas duplas usando diferentes opções – largadas, paralelas, diagonais - para conseguirem confirmar seus pontos. Num erro de ataque de Clancy, que tentou explorar o bloqueio de Ana Patrícia, o Brasil passou à frente no placar pela primeira vez: 5 a 4.

  20. Ana Patrícia seguiu soltando o braço, enquanto Duda usou toda a sua técnica para marcar o 7º ponto do Brasil colocando a bola no fundo da quadra adversária enquanto voava para defender. Um ponto que gerou um grito de “uau” das arquibancadas.

  21. A tônica do time brasileiro seguia a mesma. Bom saque de Duda dificultando a recepção das adversárias e Ana Patrícia finalizando os pontos. 9 a 6 pro Brasil.

  22. O bloqueio de Ana Patrícia começou a funcionar e o Brasil abriu quatro pontos, a maior vantagem do set até então: 13 a 9. Artacho tentou um saque curto, mas a recepção funcionou e Duda conseguiu o 16º ponto brasileiro numa paralela curta. 16 a 11.

  23. Um bloqueio de Taliqua sobre Ana Patrícia que acabou indo pra fora gerou polêmica. A arbitragem entendeu que tocou na brasileira antes de sair e as australianas encostaram no placar 16 a 13. Mas a dupla brasileira não se abalou e seguiu abrindo vantagem, graças principalmente aos saques de Duda que complicaram demais a defesa da dupla da Austrália. O segundo set terminou 21 a 15 pro Brasil.
 
   24. GINÁSTICA ARTÍSTICA - Pela primeira vez na história da modalidade, o Brasil está classificado para a final do individual geral de ginástica rítmica. Bárbara Domingos alcançou o feito nesta quinta-feira, 8, ao terminar a fase de classificação dos Jogos Olímpicos Paris 2024 na oitava posição.

   25. Dona de dois bronzes em etapas da Copa do Mundo em 2023, além do ouro no individual geral, na bola e na fita nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, a curitibana de 24 anos está muito orgulhosa do próprio desempenho.

  26. "Quando a gente viu que era possível, que eu estava na final, assim, não tem como explicar. Eu estou muito feliz ainda, eu estou meio em êxtase", disse a atleta. "Isso só concretiza que a gente está no caminho certo, trabalhou muito pra estar aqui, e deu o nosso melhor em quadra, e o resto foi consequência".

   27. A melhor colocação do Brasil até hoje na modalidade foi o 23° lugar com Natália Gaudio nos Jogos do Rio, em 2016. Com a classificação de Babi, o país já está entre os dez melhores do mundo, visto que apenas dez ginastas avançam para a final.

   28. Bárbara começou o dia se apresentando na bola. Vigésima segunda atleta na rotação, a brasileira conseguiu a nota 33.100. Na sequência, fechando a parte da manhã, fez 34.750 no arco, uma das maiores notas da competição, o que arrancou lágrimas de emoção da ginasta. Babi encerrou a primeira parte da classificatória na 6ª posição.

   29. De volta para as duas últimas rotações, a brasileira alcançou 31.700 na fita e 30.200 nas maças, garantido a vaga na final, com pontuação de 129.750. A decisão do individual geral acontece nesta sexta-feira, 9, às 14h30 de Paris (9h30 no horário de Brasília). Antes disso, o conjunto brasileiro disputa a classificatória da competição por equipes a partir das 10h.

  30. LUTA LIVRE - Giullia Penalber lutou muito para chegar aos Jogos Olímpicos. Depois de ficar a uma vitória, por duas ocasiões, de se classificar para Tóquio 2020, a lutadora carioca, irmã do judoca olímpico Victor Penalber, finalmente fez sua estreia olímpica contra Rckaela Aquino, de Guam. E foi uma boa estreia com a luta terminando em um minuto e dois segundos com um encostamento (touche). 

   31. Na sequência, enfrentou Anastasia Nichita, da Moldávia, atual vice-campeã mundial e 2ª colocada no ranking mundial, e acabou derrotada. Pisar no tapete da Arena Champs de Mars foi a realização de um sonho.

  32. “Estava muito feliz de estar participando dos Jogos Olímpicos, foi o sonho de toda uma vida. Foi uma realização muito grande estar aqui. Porém, uma vez que a gente chega aqui, a gente quer mais. Nesse momento é óbvio que estou triste, chateada porque me via muito capaz de avançar”, analisou Giullia.

  33. Agora, Giullia enfrentará a alemã Sandra Paruszewski na repescagem. Quem vencer o confronto, enfrenta a chinesa Kexin Hong, derrotada por Nichita na semifinal, na luta pelo bronze. Tanto a repescagem quanto a disputa pelo terceiro lugar na categoria serão nesta sexta-feira, 09.

  34. “Foi uma falha boba. Estou bastante chateada por essa falha porque o plano estava bom. Agora é contar com a energia positiva da galera também, para que eu possa voltar e disputar o bronze”, completou Giullia.

  35.  melhor participação do país no wrestling foi o oitavo lugar de Rosângela Conceição na categoria até 72kg, em Pequim 2008. Aos 32 anos, Giullia, ouro nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023 e dona de sete medalhas em Campeonatos Pan-americanos, é a única representante do país na modalidade em Paris 2024.