Piu, dos 400m com barreiras, não esteve bem e pode até ficar fora do pódio
Tasso Franco , Salvador |
07/08/2024 às 18:25
Akio, o "Japinha", medalha de bronze
Foto: Luiza Moraes
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. O BRASIL emperrou no 17ª posição nos Jogos Olímpicos de Paris com apenas duas medalhas de ouro, mas ainda tem chances de conquistar mais algumas - poucas que sejam - no futebol, na canoa e na vela. No aatletismo, até Piu que era uma esperança nos 400 m com barreiras quase não entra na final e os outros atletas do atletismo se conseguirem será um bronze. No futebol feminino, como é um esporte que não tel lógio, pode dar ouro, desde que o técnico mantenha o time e só coloque Marta faltando 2 minutos para acabar o jogo.
2. 2. Está muito dificil o Brasil mantém a performance de Tóquio quando obteve o 12º lugar e 21 medalhas sendo 7 de ouro. Está com 14 sendo 2 de ouro, 5 de prata e 7 de bronze o primeiro da América Latina. A Argentina sofre o efeito Cristina/Fernandes e é o 48º lugar. Os jogos de Paris terminam sábado, 11, e há algumasa reclamações dos atletas sobre a comida e as arbitragens. Nos jogos do Brasil em futebol feminino está havendo um terceiro tempo com 18 a 20 minutos de prorrogação. Isso não existe, na seriedade.
3. SKATE É BRONZE - Para a maioria dos mortais, os momentos que antecedem uma final olímpica são cheios de tensão, concentração e nervosismo. Para Augusto Akio, esse parece ser o momento ideal para uma sessão de malabares na frente de uma arena urbana La Concorde lotada de torcedores de todo mundo. Foi assim que o skatista brasileiro relaxou nesta quarta-feira (8), antes de mostrar toda a destreza também na pista e conquistar a medalha de bronze do skate park dos Jogos Olímpicos Paris 2024.
4. Natural de Curitiba, conhecido também como Japinha, Akio competiu solto mesmo no centro das atenções do mundo olímpico desta quarta. A disputa da prova de park reuniu algumas celebridades internacionais como o rapper Snoop Dog, o surfista Gabriel Medina, recém-chegado do Taiti, onde conquistou o bronze olímpico, e até de John Textor, dono da SAF do Botafogo e ex-skatista profissional.
5. Após cair no início da primeira volta e fazer uma nota apenas razoável na segunda, Akio voou cheio de estilo na terceira para chegar ao bronze com uma nota de 91.85. O ouro ficou com o australiano Keegan Palmer, com 93.11, e a prata para o americano Tom Schaar, com 92.23.
6. A final contou com mais dois brasileiros. Pedro Barros quase chegou ao pódio olímpico mais uma vez e terminou em quarto lugar com 91.65; e Luigi Cini ficou em sétimo com 76.89.
7. “Realmente essa conquista me traz fortes emoções e fortes sentimentos. Essa competição de hoje representava o encerramento do skate nos Jogos Olímpicos e quando eu já tinha feito a minha última volta, eu sabia que eu tinha feito um bom trabalho. Eu sabia que havia me superado na execução da volta completa com as manobras que eu planejei", disse o atleta de 23 anos, que lamentou não ter a companhia de seu ídolo na premiação.
8. VOLEI DE PRAIA - Pode subir o nível, pode elevar a tensão. Duda e Ana Patrícia estão prontas para provar que não estão no topo do ranking mundial por acaso. Diante da sexta dupla do mundo, as letãs Tina Graudina e Anastasija Samoilova, as brasileiras tiveram uma atuação de gala para seguir sem perder sets nos Jogos Olímpicos Paris 2024.
9. Após saírem perdendo por 6/0 no primeiro set, viraram para vencer por 21/16 e 21/10, e selaram a classificação para as semifinais, recolocando o Brasil na disputa por medalhas do vôlei de praia após oito anos. As adversárias na luta por uma vaga na final serão as australianas Mariafe Artacho e Taliqua Clancy, vice-campeãs olímpicas em Tóquio 2020.
10. O começo foi assustador. A dupla da Letônia começou impondo pressão e forçando erros das brasileiras. Com impressionante 5 a 0 contra, Duda pediu tempo. As brasileiras ainda levaram outro ponto até finalmente inaugurarem o placar. Daí em diante inverteram a narrativa com excelentes passagens pelo saque. Tanto Duda quanto Ana cravaram aces. Foi num ponto de saque da sergipana que a virada veio em 9 a 8.
11. As letãs pediram tempo quando a distância chegou a três pontos e encurtaram a margem. Mas as brasileiras, em outra voltagem na defesa, se multiplicaram. Ana se agigantou no bloqueio para abrir 15/12 num momento crucial. Seguiu a mil no fundamento e eficiente na cobertura, proporcionando contra-ataques. Em outro bloqueio desmoralizante abriu 19/14. Foi da mineira, explorando os braços da adversária, o ataque que encerrou a parcial em 21/16.
12. Sem dar chance para o azar, Duda e Ana mantiveram a rotação no início do segundo set. Abriram 4/1 com mais um bloqueio gigante de Ana, o quinto no jogo até então, e forçaram o pedido de tempo das letãs. Nem um toco de Tina Graudina na mineira mudou o astral do jogo. Ana passou a recuar mais, mas a consistência defensiva das brasileiras se mostrou ampla e com muitos recursos. Rapidamente o placar mostrou 9/3.
13. As duas duplas conseguiram virar bolas na sequência, com a diferença no marcador se mantendo elástica em favor do Brasil. Duda e Ana se alternavam nas viradas com repertório vasto, alternando entre força e jeito, entre diagonais e paralelas, bolas curtas e longas. Numa bola de primeira de Duda ficou claro que as letãs estavam atordoadas, incrédulas.
14. A torcida brasileira na Arena Torre Eiffel acreditava plenamente no que via: no saque rival na rede, 21/10 no placar em apenas 33 minutos. Era baile e vaga na semifinal feminina garantida.
15. ATLETISMO - Foi com emoção, mas Alison dos Santos está na final dos 400m com barreiras dos Jogos Olímpicos Paris 2024. O medalhista olímpico em Tóquio 2020 ficou em terceiro na sua eliminatória e teve que esperar até a terceira e última semifinal para ter certeza da classificação à final. Mesmo com susto, Piu acabou avançando com o quarto melhor tempo geral das semis: 47s95. A decisão será na sexta-feira, 9, às 16h45 (horário de Brasília).
16. "A gente não sabe explicar. Eu estava preparado, tô pronto, sei que eu tô aqui pra brigar pela medalha, tô numa boa condição física. Agora é só manter a cabeça no lugar, se concentrar, relaxar, saber que estamos na final e são oito brigando por três medalhas", disse Piu, acrescentando:
17. "Sabia que eu poderia ter corrido melhor, mas é essa a vida do atletismo, você tem que estar preparado pra todas as situações. Acho que eu vou com mais raiva, vou com um pouco mais de gosto ruim na garganta, gosto ruim no peito e sabendo que chegar lá não foi tranquilo, não foi o caminho perfeito. Mas nada muda, (na final) são oito atletas, três medalhas e um campeão."
18. O brasileiro precisou esperar em um sofá ao lado da pista e do catari Abderrahman Samba até a divulgação do resultado oficial. Alison acabou ficando atrás somente dos tradicionais adversários Kasper Warholm (NOR), Rai Benjamin (EUA) e do francês Clement Ducos, este a surpresa da classificação. Mesmo com o bom tempo, Piu não tinha certeza de que conseguiria avançar para a disputa de medalhas.
19. “Quando você passa assim na prova, você tem que esperar pelos outros atletas correrem. Não quero ter essa sensação novamente, não quero passar pelo momento de ter que esperar pelo resultado das pessoas pra ver se vou para a final ou não. Agora estamos na final. Conseguimos, não importa como. Vou dar tudo. Quero cruzar a linha me sentindo bem, sabendo que fiz tudo”, analisou.
20. Após conseguir a quinta melhor marca da fase eliminatória, o brasileiro Almir Jr. avançou à final do salto triplo masculino com marca de 17,06m. A decisão será nesta sexta-feira, 9, às 15h13 (horário de Brasília). Almir é o primeiro brasileiro a conquistar uma vaga na decisão do salto triplo desde Jadel Gregório, em Pequim 2008.
21. "O primeiro objetivo era passar pra final. Queria ter feito a marca de qualificação direta, faltaram 4 centímetros, mas estamos dentro da final do mesmo jeito. Quando saltei, sabia que estaria dentro. É muito difícil sair (da competição) saltando acima de 17 metros. Esse era o primeiro objetivo, a ideia inicial, porque a Olimpíada é o maior palco do planeta", comentou Almir, complementando:
22. "O que eu quero fazer (na final) é o quanto precisar para ir para o pódio. Acho que a final é isso. A final olímpica nunca foi sobre resultado, é medalha. Meu objetivo inicial é a medalha".
23. Também nos 400m com barreiras, o brasileiro Matheus Lima participou da terceira bateria da semifinal. Ele terminou na quarta colocação, com tempo de 49s08, e não conseguiu avançar à final.
24. Já na semifinal dos 110m com barreiras, Rafael Pereira foi o nono colocado na segunda bateria, com tempo de 13s87. Eduardo de Deus, disputando a mesma categoria, foi sexto em sua bateria, com o tempo de 13s44.
25. Estreante em Jogos Olímpicos, Renan Gallina foi eliminado na semifinal dos 200m rasos. Ele fechou a disputa com tempo de 20s60, que lhe rendeu a sexta colocação. O brasileiro segue em Paris para a disputa do revezamento 4x100m.