Foi o melhor resultado do dia uma goleada de 4x2 nas campeãs do mundo
Tasso Franco , Salvador |
06/08/2024 às 19:07
G. Portilho comemora Brasil 4x2 Espanha
Foto: Rafael Ribeiro COB
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. O Brasil não avançou no quadro de medalhas e segue em 17º lugar e deu adeus no basquete masculino, handebol feminino, volei em dupla, skate e avançou no volei feminino e no futebol feminino vencendo a Espanha, 4x2, numa vitória surpreendente. O controle de bola do Brasil é péssimo mas os contra-ataques com Ludimila e Portilho são fulinantes e o Brasil foi ajudado pela goleira da Espanha que deu muitas poichotadas.
2 O PAÍS DO FUTEBOL - Marta tinha 22 anos quando a seleção feminina de futebol disputou uma final olímpica pela última vez. Única remanescente daquela geração, a camisa 10 terá a chance de disputar o ouro que falta à coleção de títulos graças à atuação colossal de companheiras que eram meninas assistindo pela televisão à conquista daquela prata em Pequim 2008. Fora por suspensão, a jogadora viu das arquibancadas do Estádio de Marselha o coletivo honrar a amarelinha para vencer com louvor a poderosa campeã mundial Espanha.
3. Os 4 a 2 no placar das semifinais dos Jogos Olímpicos Paris 2024 foram construídos com um gol contra de Irene Paredes e outros de Gabi Portilho, Adriana e Kerolin – Duda Sampaio, contra, e Paralluelo descontaram. As brasileiras vingaram a derrota na fase de grupos em jogo completamente diferente, com defesa sólida e múltiplas oportunidades de ataque criadas.
4. Na terceira decisão olímpica do nosso futebol feminino, o adversário será, pela terceira vez, os Estados Unidos. Dezesseis anos após o último encontro nesta fase do evento, as duas equipes se enfrentam às 10h (de Brasília) da sexta-feira (9), em Paris. As americanas garantiram a classificação ao derrotarem a Alemanha por 1 a 0.
5. O Brasil começou com três mudanças em relação às oitavas de final. Yaya entrou lugar de Tamires, que sofreu uma lesão ligamentar no tornozelo e está fora dos Jogos; Priscila substituiu Rafaelle, que está com desconforto no pé; e Luciana ocupou a posição de Tainá, que sentiu um desconforto no joelho. Com a ampliação da punição de Marta, expulsa contra a própria Espanha na fase de grupos, a camisa 10 não pôde retornar ao time.
6. O Brasil iniciou o jogo adotando a estratégia que fez a Colômbia levar a Espanha para a disputa de pênaltis nas oitavas. A marcação sob pressão incomodou as europeias e surtiu efeito já aos cinco minutos. A goleira Cata Coll saiu mal, a bola resvalou em Priscila, bateu em Irene Paredes e voltou para o gol: 1 a 0 para o Brasil.
7. Atrás no placar, a Espanha empurrou a seleção para o campo de defesa em busca do empate. O time comandado por Arthur Elias se fechou, e Lorena apareceu bem nas finalizações. As melhores oportunidades do nosso ataque surgiram em contra-ataques e com Ludmilla pelo lado direito. A camisa 14 e Gabi Portilho finalizaram deixando a goleira espanhola em alerta.
8. O Brasil criou várias oportunidades para ampliar, sendo uma claríssima aos 36 minutos. Um lindo lançamento de Yaya, que fez excelente primeiro tempo, deixou Priscila na cara do gol. A camisa 19, no entanto, tirou demais da goleira e finalizou à direita de Cata Coll. Já no último suspiro dos acréscimos, aos 49, Yasmin cruzou com perfeição da esquerda para Gabi Portilho tocar com categoria no cantinho direito.
9. A Espanha fez duas trocas na tentativa de reagir. Colocou Oihane Hernandez na vaga de Olga Carmona e Athenea Del Castillo na de Eva Navarro. Logo no início, Ludmilla deu um susto ao cair no gramado após uma bolada na cabeça. Mas mostrou que estava recuperada em duas boas chances do Brasil na sequência.
10. Em uma delas se esforçou, mas não chegou a tempo de aproveitar passe de Gabi Portilho após roubar a bola na defesa adversária. Na outra, arriscou um chutaço de fora da área para defesa de Cata Coll. Jheniffer também ficou no quase. Após cruzamento e bola triscada de cabeça não conseguiu empurrar para a rede.
11. Em vez de se encurralar, a Espanha cresceu com três chegadas perigosas, devidamente afastadas pela defesa. Com 10 minutos de bola rolando, os dois lados mexeram. A Espanha fez a terceira substituição trocando a capitã Irene Paredes por Laia Aleixandri, enquanto o Brasil trocou Ludmilla por Adriana e Angelina por Duda Sampaio.
12. As campeãs mundiais até assustaram com um chute de longe de Jennifer Hermoso espalmado por Lorena. Mas um contra-ataque fulminante colocou o Brasil ainda mais perto da final. Yaya roubou a bola no campo de defesa, deu para Priscila disparar pela esquerda e tocar para Adriana, que havia acabado de entrar, mandar uma pancada no travessão. No rebote, Gabi Portilho pegou a sobra e tocou de cabeça para a própria Adriana mergulhar e ampliar para 3 a 0.
13. Arthur Elias precisou colocar Kerolin na vaga de Lauren e aproveitou para trocar Priscila por Gabi Nunes. O jogo permaneceu morno por um tempo, mas um escanteio da Espanha aos 40 do segundo tempo esquentou o clima. Paralluelo subiu mais do que a defesa brasileira para descontar de cabeça (3 a 1).
14. A pressão seguiu e fez Lorena trabalhar. Alexia Putellas mandou um chutaço para a goleira brasileira triscar na bola, que explodiu na sequência no travessão. Jennifer Hermoso também mandou uma bomba espalmada pela camisa 1.
15. Ao acordar e arriscar tudo, a Espanha também se abriu. Depois de perder uma chance por muito pouco, Kerolin não desperdiçou uma segunda oportunidade. Usou a falha da defesa adversária para mandar por baixo das pernas de Cata Coll e fazer 4 a 1. Paralluelo ainda esfriou a festa ao descontar de novo após nova cobrança de escanteio. A
16. s espanholas se lançaram para o tudo ou nada, e os acréscimos novamente pareceram eternos. Mas não houve tempo extra que permitisse a virada. Era 4 a 2 no placar, baile e medalha olímpica garantida para o Brasil. Agora é hora de buscar o ouro!
17. Escalação: Lorena, Lauren (Kerolin), Tarciane, Thais, Yasmin, Ludmilla (Adriana), Yaya, Angelina (Duda Sampaio), Gabi Portilho, Jheniffer, Priscila (Gabi Nunes)
18. VOLEI DE PRAIA DÁ ADEUS - A missão não era nada fácil, já que, do outro lado da rede, estava simplesmente a dupla nº 1 do ranking mundial, os suecos David Ahman e Jonatan Hellvig. Na belíssima arena montada aos pés da Torre Eiffel, Evandro e Arthur Lanci lutaram muito, mas não resistiram a um jogo quase perfeito dos adversários e foram derrotados – nesta terça-feira, 06/08 – pelo placar de 2 x 0, não avançando, assim, para a semifinais do torneio de vôlei de praia nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Evandro não atribuiu a derrota ao fato de enfrentar uma dupla mais bem ranqueada, pois crê que o equilíbrio no vôlei de praia hoje é muito alto.
19. “Hoje não tem uma dupla mais favorita ou menos favorita. Para você ter noção, eles são a dupla número um do mundo, mas passaram em terceiro na chave aqui, e quase vão para a repescagem. Então, não tem time favorito, estamos falando de Olimpíada. Para se ter uma ideia do equilíbrio, dos 24 times que estiveram aqui, 23 já ganharam uma etapa do Circuito Mundial”.
20. Segundo Evandro, faltou encaixar um pouco mais o jogo de sua dupla, como ocorreu nas partidas anteriores.
21. “A análise que faço desse jogo foi que o meu sistema de passe e levantamento não foi tão bom, como vinha sendo nos outros jogos, por isso nós perdemos. O nosso side out (conjunto dos principais fundamentos) não foi tão efetivo como o deles, e não conseguimos ao menos nivelar o jogo”, completou.
22. Sob forte calor que fazia na capital francesa e contando com o apoio do público – formado por brasileiros e estrangeiros simpatizantes à nossa dupla –, Evandro e Arthur Linci conseguiu equilibrar uma boa parte do primeiro set.
23. A diferença no placar, a favor dos suecos, até a metade do período, se mantinha em no máximo dois pontos, como em 10/8 ou 11/9. Até que uma série de erros dos brasileiros fizeram com que os adversários aumentassem essa ligeira vantagem, diminuída em seguida por Evandro e Arthur, mas novamente alargada pelos adversários. Fim do primeiro set: 21/17 para os suecos.
24. No segundo set, a dupla nº 1 do mundo resolveu não arriscar muito, partindo para resolver o set, e o jogo, da forma mais rápida possível. Na metade do set, o placar apontava para 10/6 a favor dos adversários. Em todo o jogo, a dupla sueca esbanjava o seu estilo de jogo, conhecido por dar apenas dois toques na bola – e não três – antes de a jogarem para o outro lado da rede, como é tradicional no vôlei de praia. E conseguiram, na bola final, decidir a partida justamente numa jogada assim. E o segundo set terminou 21/16 para os suecos e 2 x 0 no placar final. Para os que estranham uma dupla sueca estar no topo do vôlei de praia, Arthur disse que muitos aprenderam com o estilo brasileiro e agora estão nos superando.
25. “O Brasil era o melhor, então eu acho que eles fizeram certo, que era aprender o que tínhamos de melhor. Agora a gente tem que começar um pouquinho a ir para lá também, pegar o que eles estão fazendo de novo, pois meio que eles deram uma revolucionada no esporte, né? Agora é treinar mais e estudar mais o jogo, poder fazer esse intercâmbio também”, resumiu Arthur.