Esporte

JOGOS OLIMPICOS DE PARIS: BRASIL SÓ TEM 2 OUROS E ESTÁ EM 17 LUGAR

Medina sofre com falta de ventos e deixar escapar ouro e prata; só vai disputar o bronze
Tasso Franco , Salvador | 05/08/2024 às 19:25
Hipismo vai a semi-final com dois cavaleiros
Foto: COB
      MIUDINHAS GLOBAIS:
  
   1. Nesta segunda-feira quem salvou a Pátria foi Rebeca Andrade com o ouro na ginástica. Com isso o Brasil chega a 17º lugar com 2 ouros e 11 medalhas no total. Sofreu derrota no volei masculino para os EUA e Medina se distanciou do ouro e só vai disputar o bronze. Alguns resultados foram positivos no volei de praia feminino, atletismo e hipismo aindanna fase classificatória.  

   2. VOLEI DÁ ADEUS: A seleção brasileira masculina de vôlei deu adeus ao sonho da medalha olímpica em Paris 2024. Nesta segunda-feira (05), o Brasil foi superado por 3 sets a 1 pelos Estados Unidos nas quartas de final (parciais de 24/26, 30/28, 19/25, 19/25) e se despediu dos Jogos Olímpicos.

   3. “É difícil, né? Muito frustrante. Por mais que a gente soubesse que era difícil todo o percurso, a gente sempre acreditou. Aqui dentro existe uma cobrança muito grande por tudo que foi feito nos últimos 20 anos. A gente sofre com uma derrota como essa, sabendo que lutou, jogou de igual para igual em muitos momentos contra grandes equipes. Mas faltou. Hoje as equipes estão na nossa frente”, comentou Bruninho.

  4. O Brasil entrou em quadra com Bruninho, Darlan, Lucão, Flávio, Leal, Lucarelli e Thales (líbero). Desde os primeiros pontos a seleção mostrou que teria uma postura ofensiva, sobretudo no saque, para quebrar a linha de passe dos americanos. Com bom aproveitamento nos contra-ataques, os brasileiros abriram cinco pontos de vantagem (13 a 8), mas os adversários reagiram e empataram a parcial (16 a 16). As duas equipes trocaram pontos, mas os EUA acabaram sendo mais eficientes para fechar o set em 26 a 24.

  5. No segundo set, os americanos impuseram sua ofensividade no serviço e o Brasil apresentou instabilidade na recepção. Sem conseguir eficiência no ataque, os brasileiros viram os adversários pouco a pouco abrirem distância no placar, que chegou a ser de seis pontos (14 a 8). 

   6. Bernardinho mexeu no time, colocando Adriano no lugar de Leal e Alan no de Darlan. Os brasileiros, então, passaram a remar muito, ponto a ponto, para tirar a diferença e empatar a partida na reta final (24 a 24). Dessa vez, foi a seleção quem se impôs para vencer a parcial em 30 a 28 e deixar tudo igual no jogo.

   7. As duas equipes iniciaram a terceira parcial tentando forçar o saque, mas foram os americanos que obtiveram mais eficiência no fundamento e no sistema bloqueio-defesa para conseguir vantagem. O Brasil não conseguiu imprimir seu jogo e Bernardinho acionou Cachopa no lugar de Bruninho para mudar a dinâmica da partida. Mesmo assim, os adversários não deram brechas para a reação brasileira e fecharam o set em 25 a 19.

   8. No quarto set, os brasileiros começaram agressivos, pressionando a recepção adversária, e conseguiu abrir vantagem de três pontos (4 a 1). Mas os americanos equilibraram novamente, e a partida passou a rolar em troca de pontos. Na reta final da parcial, os EUA conseguiram uma sequência de contra-ataques, bloqueio e um ace para ter vantagem de quatro pontos. Bernardinho fez a inversão do 5 e 1 com Darlan e Bruninho, mas o Brasil não conseguiu reagir, e os americanos venceram o set por 25 a 19, sacramentando a vitória em 3 sets a 1.

  9. HIPISMO - Dois brasileiros na final do salto individual, num dia memorável para Rodrigo Pessoa. Assim pode-se resumir o hipismo brasileiro nesta segunda-feira, 05/08, no circuito montado no Château de Versailles. Última prova da modalidade nos Jogos Olímpicos Paris 2024, Stephan Barcha se classificou na 13ª posição e Rodrigo, agora em sua oitava participação olímpica, na 17ª – entre os 30 cavaleiros classificados para a final. Com um detalhe: os dois zeraram o percurso, sem derrubar qualquer obstáculo.

  10. “Nossa desclassificação por equipes, há alguns dias, foi uma grande decepção – a equipe brasileira foi desclassificada por causa de um ferimento por espora no cavalo de Pedro Veniss. Então, foram dois dias para se motivar novamente, mas o cavalo respondeu 100%, mesmo não tendo saltado aqui, e ainda bem que correu tudo dentro da expectativa”, comentou Rodrigo, três medalhas olímpicas no currículo e que se tornou o recordista brasileiro em participações nos Jogos – Jaqueline Mourão também disputou oito edições, mas entre Verão e Inverno.

  11. “Olimpíada é diferente, não é como qualquer campeonato no mundo. Mas, sabendo também da qualidade do cavalo que eu tenho, realmente me motivou, é um cavalo espetacular, muito talentoso, um dos melhores do mundo”, comentou Rodrigo sobre seu recorde e fazendo questão de dividir os méritos de sua performance com seu “parceiro”.  

  12. Quem também celebrou bastante foi Stephan Barcha, muito aplaudido ao zerar o percurso, ao passar para a final olímpica.

  13. “Depois do que passou com as equipes, passamos a focar 100% no individual. No final, achei que um quatro pontos, médio, rápido, talvez entraria (entre os classificados), mas depois vi que não era bem isso, seria um risco muito grande ir pelo tempo, mas a Primavera estava num dia fantástico e trouxe esse zero para o Brasil”, comemorou Barcha, explicando a estratégia de buscar a classificação não pelo tempo, mas por não derrubar obstáculos e zerar o percurso.

   14. CORRIDA - Com apenas 20 anos, Renan Gallina já tem em seu currículo o ouro nos 200m rasos e no revezamento 4x100m nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023. Nesta segunda-feira (5), o paranaense fez sua estreia olímpica chegando em terceiro na segunda bateria eliminatória dos 200m com o tempo de 20s41, se classificando para a semifinal da prova em Paris 2024. 

   15. Mesmo sendo uma referência entre os velocistas do Brasil e se colocando entre os 24 melhores atletas do mundo em sua prova, Gallina se disse tímido e com alguma dificuldade para falar com os ídolos na Vila Olímpica.

   16. “Apesar da minha tranquilidade aparente, eu sou um pouco tímido. Tenho dificuldade para chegar nos outros atletas na Vila. Mas conversei bastante com o Marcus D’Almeida, que já conhecia do Prêmio Brasil Olímpico. O ambiente da Vila é incrível. Poder ver seus ídolos de perto e ver que eles são iguais a você é bem gratificante. Correr em um estádio com 80 mil pessoas também é muito incrível”, afirmou o jovem.

  17. As eliminatórias foram disputadas com seis baterias de sete atletas. Os três primeiros de cada bateria avançaram para a semifinal. Os demais caíram automaticamente para a rodada de repescagem. A semifinal dos 200m rasos será disputada na quarta-feira (7).

  18. “Aqui estão os cinquenta melhores do mundo, então ir para uma semifinal já é um grande resultado para mim. Estou bem feliz com o que conquistei. O importante foi ter me qualificado e quebrar o gelo para a semifinal, que vai ser mais puxada ainda. Já estou entre os melhores do mundo, mas quero melhorar ainda mais meu tempo para chegar à final”, disse o velocista nascido em Maringá.

  19. Renan Gallina começou a se destacar no atletismo no salto em altura. Em 2019, aos 15 anos, o paranaense chegou a fazer o recorde brasileiro sub-16 da prova ao marcar 2,01m. Aos poucos foi percebendo que poderia ser ainda melhor nas provas de velocidade.

  20. Pela manhã, o medalhista olímpico em Tóquio 2020, Alison dos Santos já havia garantido uma vaga na semifinal dos 400m com barreiras. Alison se poupou quando estava muito à frente de seus adversários na bateria cinco, marcou 48s75, e se classificou com tranquilidade. Na próxima fase, Piu terá a companhia do pupilo Matheus Lima, que chegou em segundo lugar na bateria sete com o tempo de 48s90, e também avançou para as semifinais da prova, marcada para a próxima quarta (7).  

  21. “Fiz uma corrida inteligente, tentando focar em conhecer a pista, perceber se está rápida porque isso influencia bastante em uma prova de barreiras. Agora a gente sabe o que tem que fazer na semifinal para conseguir um tempo ainda melhor e chegar na final em uma boa raia”, disse Alison. “Agora é relaxar, entender o que fazer para correr ainda mais rápido, aproveitar e deixar a mente tranquila, sem aquela adrenalina da estreia.”

  22. TÊNIS DE MESA -Não foi como ela esperava, mas Bruna Alexandre fez história no esporte olímpico nesta segunda-feira, 05. Ao entrar na mesa número 2 da Arena Paris Sud 4 ao lado de Giulia Takahashi para o duelo contra a dupla da Coreia da Sul na disputa por equipes dos Jogos Olímpicos, a mesa-tenista se tornou a primeira brasileira a disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

  23. Elas acabaram superadas por 3 a 0 (6/11, 5/11, 8/11). Bruna ainda teve a chance de disputar uma partida de simples, contra Eunhye Lee, mas também não conseguiu a vitória: 3 x 0 (8/11, 5/11, 6/11). O resultado foi o que menos importou nessa noite mágica, em que pode ouvir os torcedores gritando seu nome nas arquibancadas.

  24. “Foi uma noite muito especial. Vou lembrar disso todos os dias, é realmente inesquecível. Olha essa atmosfera, vou gravar um vídeo e ficar vendo sempre. Quero agradecer a todos os franceses pela torcida aqui para mim”, disse Bruna.

   25. Com o jogo de hoje, Bruna repete o feito de duas atletas que são suas inspirações: a pioneira Natalia Partyka, da Polônia, que esteve nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Pequim 2008; e a australiana Melissa Tapper, que conseguiu o feito na Rio 2016, Tóquio 2020 e, novamente em Paris. Inspirar é o que Bruna também deseja fazer.

  26. “Acho que é muito importante não só pensar no esporte, mas também na inclusão, no meu país e no mundo também, mostrando que tudo é possível, independentemente se você tem só um braço ou só uma perna”, contou.

  27. A atleta de 29 anos, natural de Criciúma, Santa Catarina, já conquistou quatro medalhas paralímpicas: o bronze no Rio 2016 e a prata em Tóquio 2020 na categoria individual da classe 10 e dois bronzes por equipes nas mesmas edições. O objetivo é buscar o ouro na edição paralímpica, o que seria algo inédito para o tênis de mesa do Brasil. A experiência nos Jogos Olímpicos pode ajudar.

  28. PIU DAS BARREIRAS - Alison dos Santos, uma das estrelas da delegação brasileira, enfim começou sua jornada rumo à segunda medalha olímpica de sua impressionante carreira. Nesta segunda-feira (5), Piu não precisou fazer muito esforço, diminuiu bastante o ritmo ao final da prova e terminou os 400m com barreiras no tempo de 48s75. Na próxima fase, 

   29. Alison terá a companhia do pupilo Matheus Lima, que chegou em segundo lugar em sua bateria com o tempo de 48s90, e também avançou para as semifinais dos Jogos Olímpicos Paris 2024, marcada para a próxima quarta (7). 

  30. “Fiz uma corrida inteligente, tentando focar em conhecer a pista, perceber se está rápida porque isso influencia bastante em uma prova de barreiras. Agora a gente sabe o que tem que fazer na semifinal para conseguir um tempo ainda melhor e chegar na final em uma boa raia”, disse Alison. “Agora é relaxar, entender o que fazer para correr ainda mais rápido, aproveitar e deixar a mente tranquila, sem aquela adrenalina da estreia”, completou o medalhista olímpico em Tóquio 2020.

  31. Alison poupou tanto na reta final que acabou ganhou um puxão de orelhas do treinador Felipe Siqueira. O brasileiro apontou na reta final muitos metros à frente dos adversários e diminuiu o ritmo. Acabou sendo ultrapassado por Rasmus Magi, da Estônia, e do americano CJ Allen. “Eu passei a décima barreira, olhei no telão e vi que estava muito na frente, então soltei bastante. Por um descuido eu não via a rapaziada chegando. Na semifinal eu vou com tudo pra vencer a bateria e pegar uma raia boa pra final”.

  32. Apesar de correr na raia 2, desconfortável para atletas grandes, Alison gostou da pista. “Está realmente rápida, muito, muito rápida mesmo. Se não tiver cuidado, é capaz de atropelar as barreiras. Então tem que ter a cabeça no lugar e estar tranquilo pra correr, disse o atleta de 2,0m de altura.

  33. Nascido em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, Alison Brendom dos Santos um dos principais representantes do atletismo brasileiro. Disputando os Jogos Olímpicos pela segunda vez, Piu surgiu para o grande público com a conquista do bronze em Tóquio 2020

   34. VOLEI DE PRAIA - Duda e Ana Patrícia seguem soberanas nas areias do Estádio da Torre Eiffel. Na quadra montada aos pés do ponto turístico mais famoso de Paris, as brasileiras derrotaram com tranquilidade as japonesas Miki Ishii e Akiko Hasegawa por 2 sets a 0, com parciais de 21/15 e 21/16, e avançaram às quartas de final dos Jogos Olímpicos sem perder um set sequer. 

  35. Duda e Ana Patricia voltam à quadra nesta quarta-feira (7) com uma missão mais dura pela frente. As adversárias da próxima fase serão as letãs Tina Graudina e Anastasija Samoilova, dupla número 6 do mundo. As europeias se classificaram após derrotarem as alemãs Svenia Mueller e Cinja Tillman por 2 sets a 1.

   36. Número 1 do mundo, a dupla brasileira enfrentava adversárias que ocupavam apenas a 33ª posição e que haviam sido derrotadas na estreia pelas brasileiras Carol Solberg e Bárbara Seixas. As japonesas demonstraram bom volume defensivo no começo, mas pecaram no saque e não conseguiram deter os ataques de Duda. 

  37. Além das pancadas, sobretudo no corredor, a brasileira também surpreendeu as adversárias com duas bolas de primeira, esticando a margem para 10 a 5. Diante de um time mais baixo, Ana Patrícia recuou com frequência, e a estratégia se mostrou acertada na maior parte do tempo. Apesar do esforço das japonesas, a superioridade técnica brasileira era evidente: 21/15.

  38. A segunda parcial seguiu refletindo o domínio brasileiro. Duda impôs o ritmo, Ana Patrícia soltou o braço sem dó, e rapidamente o placar mostrou 4 a 1. As japonesas pediram tempo, mas não havia pausa capaz de mudar o panorama da partida. Ana ficou mais junto à rede e apareceu bem no bloqueio, enquanto Duda seguiu virando bola. Foi dela, em cima da linha, o ponto que selou a classificação: 21/16.