- O Brasil teve sete atletas em ação no Stade de France neste domingo para as disputas do atletismo. E quem deixou a pista com o sorriso mais largo foi Eduardo de Deus, dos 110m com barreiras.
Tasso Franco , Salvador |
04/08/2024 às 18:57
Vôlei feminino passou pela Polônia
Foto: Alexandre Loureiro COB
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. O Brasil teve um domingo em que não avançou no quadro de medalhas e perdeu as chances no tênis de mesa e de avançar no volei de praia (dupla) feminino, um dupla de masculino também perdeu, a saltadora em pulo à altura desistiu e caiu para 24 lugar com apenas uma medalha de ouro. Está barril porque as chances vão ficando mais difíceis a medida em que os jogos avançam. Os EUA agora lideram com 71 medalhas, 19 de ouro, 26 de prata e 26 de bronze; seguido da China, Austrália, França, Grã-Bretanha, Japão e Itália osa gigantes dos esportes.
2. Há alguma esperança, mas o Brasil dificilmente vai se igualar a Tóquio, em 2020, quando conquistou 21 medalhaes. Por enquanto tem 10, mas, só uma de ouro e em Tóquio conseguiu 7. Isaquias que é uma das esperanças testou a raia com seu barco hoje e o volei feminino está indo bem e conseguiu passar pela Polônica com o jogo mais demorado das Olimpiadas 38/37.
3. VOLEI FEMININO - Em uma partida que cravou o set mais longo do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos Paris 2024, o Brasil venceu a Polônia e vai para as quartas de final com aproveitamento máximo. Neste domingo (04), a seleção superou as polonesas por 3 sets a 0 (parciais de 25/21, 38/36, 25/14), na Arena Paris Sul, e agora se prepara para as quartas de final da competição, contra a República Dominicana.
4; A seleção feminina se impôs desde o primeiro momento da partida, mas tomou sustos, sobretudo no segundo set, quando teve cinco match points para fechar e deixou as polonesas empatarem. Mas o time conseguiu controlar os nervos e fechou a parcial em 38 a 36 para marcar o set mais longo da competição até aqui.
5. As duas equipes já estavam com vagas garantidas nas quartas de final dos Jogos, mas estava em jogo a primeira colocação do grupo B. Além disso, assim como aconteceu contra o Japão, as brasileiras estavam engasgadas com as polonesas, uma vez que perderam a decisão da medalha de bronze para as adversárias na Liga das Nações deste ano. A partida, então, ganhou cara de “final” e foi uma prévia do que virá pela frente para o Brasil na fase eliminatória e decisiva dos Jogos Olímpicos.
6. O Brasil entrou em quadra com Roberta, Rosamaria, Thaísa, Carol, Gabi, Ana Cristina e Nyeme (líbero). A novidade na escalação do técnico José Roberto Guimarães foi a incorporação de Natinha ao elenco. Ela estava como atleta reserva, mas foi acionada na vaga de Lorenne, que se recupera de uma lesão na panturrilha direita.
7. "Não se leva a nada (da primeira fase). Agora zerou. Eu tenho duas experiências Olímpicas. Uma que a gente perdeu nas quartas de final e uma que a gente passou ali contra a Rússia, um jogo dificílimo. É isso que eu tenho na minha memória. Independente do que aconteceu agora na fase de classificação, pezinho no chão, começou tudo do zero, foca agora no República Dominicana. A gente tem apenas um dia pra se preparar", disse Gabi, capitã da seleção.
8. VOLEI DE PRAIA - Não existe sequência de resultados ruins que resista ao talento de Evandro e Arthur. Em um dia de poucas boas notícias para o Brasil em Paris, os dois deram um show no vôlei de praia e se garantiram nas quartas de final. A vitória por 2 a 0 (21/16 e 21/16) sobre os holandeses Van de Velde e Immers, neste domingo, 4, foi construída sem qualquer dificuldade.
9. Agora, a dupla brasileira enfrentará os suecos Ahman e Hellvig, ainda em data a ser definida, buscando uma vaga na semifinal da competição.
10. Evandro e Arthur fizeram um jogo quase perfeito. Os saques foram um diferencial da dupla brasileira. O fundamento rendeu muitos pontos e dificultou a recepção adversária em toda a partida.
11. Os dois também estiveram muito bem na defesa e no ataque. Assim, construíram uma vitória sem grandes dificuldades. O primeiro set ainda contou com um pouco mais de equilíbrio. Já no segundo, Evandro e Arthur dispararam no placar logo no começo e, mesmo com uma leve reação dos holandeses na reta final, confirmaram a superioridade, garantindo a vitória sem sustos.
12. CAIQUE CROSS - O Brasil foi representado por Ana Sátila e Pedro "Pepê" Gonçalves neste domingo, 4, nas eliminatórias da prova de caiaque cross, da canoagem slalom, no Estádio Náutico Água Branca, em Vaires-sur-Marne (FRA).
13. A brasileira conseguiu uma descida limpa e, beneficiada por duas adversárias que acabaram se atrapalhando ao disputarem posição, terminou a sétima bateria do dia na segunda colocação, atrás apenas da francesa Angele Hug. Apenas duas atletas de cada uma das oito baterias avançavam para a próxima fase. Com isso, Ana volta às águas do canal nesta segunda-feira, 5, para a disputa das quartas de final.
14. “No final foi tranquilo, mas até cruzar a linha de chegada é tenso. O cross é uma prova que tudo pode acontecer até o final. Eu tentei ficar muito focada, muito concentrada na minha remada. Eu coloquei na minha cabeça que não seria fácil, já que a largada aqui é bastante difícil se você não tem uma posição boa. Eu consegui isso no time trial, mas como fui para repescagem e voltei em 23º, sabia que ia ser difícil. Tentei baixar a cabeça e remar muito. E deu certo, acho que foi bacana hoje”, analisou uma sorridente Ana.
15. Nas quartas de final, Ana Sátila estará na quarta bateria, a última dessa fase, com Mallory Franklin (GBR), Angele Hug (FRA) e Viktoriia Us (UKR). As semifinais e a final serão disputadas no mesmo dia, sempre com os mesmos critérios de classificação: as duas melhores de cada bateria avançam de fase.
16. “Não tive nenhuma lesão e isso já me deixa muito feliz para amanhã. (Para as quartas de final) é a mesma estratégia: remar com amor, com força e entregar tudo que tenho nesse último dia de competição”, completou a canoísta, que em Paris 2024 já havia ampliado seu leque de feitos para a canoagem slalom do Brasil nos Jogos Olímpicos, com a quarta colocação no K1 e o quinto lugar no C1.
17. IZAQUIAS TESTA RAIA - Com a prata no salto, a ginasta Rebeca Andrade igualou os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael no posto de maior medalhista olímpica do Brasil, com cinco láureas. E neste domingo, 4, um outro candidato ao posto chegou ao seu local de competição em Paris 2024 para testar a raia olímpica. Isaquias Queiroz - ouro no C1 1000m em Tóquio; prata no C1 1000m, no C2 1000m, e bronze no C1 200m no Rio de Janeiro - irá disputar duas provas da canoagem velocidade nesta edição dos Jogos Olímpicos. Ele garantiu que continua com o foco de subir ao pódio olímpico duas vezes na França.
18. “Meu objetivo continua o mesmo, mas sabia que a Rebeca aqui tinha a chance de buscar muito mais medalhas que eu. Só tinha dúvida se sairia na prova por equipe. Fico feliz pela trajetória dela, ela teve várias lesões. Chegar nos Jogos Olímpicos e brilhar desse jeito enche o Brasil de orgulho e serve de motivação para todos os atletas.
19. Ganhar mais de uma medalha em Jogos é muito especial. Eu sigo em busca das minhas duas medalhas, chegar à sexta medalha olímpica. A Rebeca ganhando medalha desse jeito me deixa até mais tranquilo, porque todo mundo fica de olho nela e eu fico aqui com menos pressão”, disse Isaquias, rindo.
20. “Brincadeiras à parte, ela e a equipe estão fazendo um grande trabalho. Agora eu, Lauro (de Souza, técnico) e toda a comissão da canoagem velocidade queremos também fazer o nosso e representar bem o Time Brasil”, completou.
21. As provas da canoagem velocidade serão disputadas no Estádio Náutico Água Branca, em Vaires-sur-Marne. Isaquias e Jacky Godmann caíram na água para testar a raia olímpica pela primeira vez. As disputas da modalidade começam na próxima terça-feira, 6.
22. “Vamos ter pouco tempo para nos adaptarmos à água, é tentar sentir o máximo até o dia da prova. A questão para mim hoje é foco total na competição. Raia é raia, e o que vai fazer diferença mesmo é você se concentrar e focar só na prova”, analisou.
23. ATLETISMO - O Brasil teve sete atletas em ação no Stade de France neste domingo para as disputas do atletismo. E quem deixou a pista com o sorriso mais largo foi Eduardo de Deus, dos 110m com barreiras. Terceiro na bateria e com o 10º tempo geral, 13s37, ele avançou às semifinais, que serão disputadas na próxima quarta-feira. O mais animador: ele garante que tem boa margem para uma performance ainda melhor.
24. Eduardo cruzou atrás do japonês Rachid Muratake (13s22) e do espanhol Enrique Llopis (13s28). O mais veloz desta manhã na prova foi o americano Grant Holloway (13s01), que disputou a quinta bateria.
25. “Combinei com o meu treinador para fazer uma prova bem tranquila na qualificação. Não era uma bateria que tinha candidatos muito fortes, que pudessem me fazer mais força, então dei uma controlada, uma corrida de classificação mesmo. Estou muito feliz com o resultado e espero repetir a minha melhor marca, ou até melhorar, para passar para a final”, disse o barreirista.