Jogos começam sexta e 18 mil militares farão segurança na abertura
Tasso Franco , Salvador |
23/07/2024 às 09:38
Raquel, líder das Iaras do Rugby
Foto: CO
Está chegando a hora das Olimpíadas de Paris. A delegação do Brasil já está, quase toda, em Paris pronta para o início das atividades com a cerimônia de abertura acontecendo na próxima sexta-feira (26), às 14h.
Quando entrou na sala principal do Château de Saint-Ouen, base do Comitê Olímpico do Brasil (COB) nestes Jogos Olímpicos Paris 2024, Raquel Kochhann não imaginava que sairia dali como porta-bandeira do Time Brasil na Cerimônia de Abertura do maior evento multiesportivo do mundo. Atleta do rugby 7, uma das líderes das Yaras, alcunha da seleção brasileira, Raquel acreditava que estava ali para contar a sua história de vida. E que história. Dois cânceres superados para voltar a vestir a camisa do Brasil, ser sinônimo de disciplina e inspirar as pessoas com seu exemplo.
Raquel tem 31 anos e é natural de Saudades, em Santa Catarina. Nos seus olhos verdes, percebe-se a humildade e a resiliência de quem teve de enfrentar desafios gigantes nos últimos dois anos para seguir no sonho olímpico. Diagnosticada com dois tipos de câncer, na mama e no osso esterno, além de realizar uma cirurgia para reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho, a jogadora precisou enfrentar outra batalha, desta vez fora do campo de rugby e pela sua saúde.
"Antes das Olimpíadas de Tóquio eu percebi um caroço na mama direita e conversei com o pessoal médico da Confederação, mas os exames estavam tranquilos. Seis meses depois esse caroço tinha duplicado de tamanho. Retirei e a biópsia apresentou células cancerígenas. Depois encontraram anormalidade no esterno e comecei a fazer radioterapia e quimioterapia para neutralizar esse câncer. Hoje ainda sigo com o tratamento de bloqueadores”, explicou.
UNIFORMES
Como é tradição, o time Brasil preparou uniformes personalizados para a cerimônia de abertura. Os modelos apostam em um visual com detalhes bordados a mão por mulheres do semiárido do Rio Grande do Norte com araras, tucanos e onças em jaquetas jeans.
Seis drones interceptados por dia perto dos
locais olímpicos, comunicou Gabriel Attal
Visitando o centro operacional anti-drone instalado na base aérea militar de Villacoublay (Yvelines), o primeiro-ministro demissionário Gabriel Attal declarou que em média seis drones foram interceptados diariamente perto dos locais dos Jogos Olímpicos, durante cerca de dez dias, sublinhando que a luta contra os drones foi um elemento crucial da segurança olímpica.
“Podem ser indivíduos, turistas que queiram captar imagens. É importante por estas razões lembrar as regras. É a proibição de pilotar drones”, sublinhou o primeiro-ministro demissionário. “Os sistemas existentes permitem-nos interceptá-los muito rapidamente e desafiar os pilotos remotos. (…) Nada deveria poder escapar-nos”, acrescentou. Ativos de defesa terra-ar também são implantados perto dos locais olímpicos.
Este domingo, ocorreram “várias intercepções de drones” “nas imediações da Vila Olímpica”, informou. Um dos pilotos remotos apreendidos era o chefe de comunicações da delegação brasileira, segundo a comitiva do Sr. Attal, confirmando informações da Europa 1.
Cerca de 18 mil soldados estão envolvidos em França para os Jogos Olímpicos, incluindo 11 mil só na região de Ile-de-France. O espaço aéreo será completamente fechado em um raio de 150 quilômetros ao redor de Paris na sexta-feira, das 19h à meia-noite, para a cerimônia de abertura.
ESPECULAÇÕES
Celine Dion e Lady Gaga no palco?]
Segundo a RTL, Céline Dion desembarcou no Le Bourget esta terça-feira vinda de Las Vegas. A cantora de Quebec tem sido alvo de rumores há várias semanas na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. A rádio indica ainda que Lady Gaga também está em Paris e já participou de ensaios. Escolhas que, se se materializassem, provavelmente dariam origem a debate.
JOGOS DE INVERNO
A candidatura dos Alpes franceses aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2030 sofre as consequências da dissolução e do tempo suspenso na cúpula do Estado. Gabriel Attal se recusa a assinar a carta de garantia financeira da França, solicitada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para a premiação oficial dos Jogos nesta quarta-feira. Oficialmente, o primeiro-ministro considera que o facto de o governo ter demitido e ser responsável pela gestão dos “assuntos da atualidade” o impede de assumir esse compromisso, e pretende deixar o processo na mesa do seu sucessor.