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COPA BRASIL: BAHIA VENCE CRICIUMA COM PLACAR MAGRO, p ZÉDEJESUSBARRETO

Bahia mostra maior poder ofensivo sobre catarinenses, leva vantagem para volta ao sair vitorioso pelo placar mínimo e joga por empate
ZedeJesusBarreto ,  Salvador | 30/04/2024 às 22:11
Tachiano marcou e comemoropu
Foto: Letícia Martins
   

  Bahia vence mais uma em casa

e tira a invencibilidade do Criciúma

 

  Mais um triunfo, é pra comemorar, mas foi um placar miúdo (1 x 0) diante da superioridade em campo do Tricolor baiano, merecia mais. O time de Ceni teve mais posse de bola, atuou praticamente na frente da área inimiga, bom volume de jogo, criou chances de ampliar o placar e pouco sofreu atrás – Marcos Felipe com pouco trabalho. Mas a decisão de uma vaga na fase seguinte dessa competição – a Copa do Brasil – acontece em dois confrontos, é um jogo de 180 minutos; o Bahia saiu na frente, mas a definição será em Santa Catarina com mando de campo do Criciúma; por isso ficou aquele gostinho de ‘quero mais’, poderíamos ter feito uma vantagem maior. Lá no Sul vai ser uma guerra, não vai ser fácil.   

  O primeiro tempo, a despeito do maior volume de jogo do Bahia, foi mais equilibrado. Na segunda etapa o Bahia foi absoluto, não recuou, não cedeu espaços, atacou sempre, teve o controle das ações até o final; e desperdiçou algumas ótimas chances de fazer um placar maior. De todo modo, a Bahia manteve sua invencibilidade na Fonte Nova (13 jogos sem perder em casa), quebrou a guia do invicto Criciúma, e mostrou um futebol encorpado, a equipe vem amadurecendo, com um padrão de jogo definido.    

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Na Fonte Nova

- Noite limpa de terça, véspera do feriado de 1º de maio, lua gorda, cerca de 30 mil torcedores nas arquibancadas, o Bahia invicto na sua Fonte Nova há 13 jogos; o Criciúma, campeão catarinense, também numa série invicta, bons resultados fora de casa, vindo de uma goleada (4 x 0) aplicada no Vasco da Gama em pleno São Januário. O campeão de Santa Catarina já conquistou uma Copa do Brasil, em 1991.

- O Bahia com seu uniforme tri-colorido; o Criciúma com seu amarelo, preto e branco tradicional.  

 

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 Com bola rolando ...

 - O Bahia, em casa, precisando construir um bom resultado (a definição acontece em dois confrontos) tentando impor ritmo, comandar as ações, acionando bem o lado direito ofensivo; o time sulista sem pressa, encolhido, na moita, marcando em cima, dificultando, buscando quebrar o tesão inicial do Tricolor e, quiçá, surpreender num contragolpe, como gosta. Um time tinhoso, aos poucos se soltando. Torcida animada.

 - A primeira boa chance foi de Thaciano, aos 16 min, após boa trama pela direita; tentou concluir na frente da pequena área o cruzamento rasteiro de letra, mas não pegou em cheio na pelota. Aos 17’, Cauly fechando pela direita testou cruzamento que veio do lado oposto e acertou a trave, o goleiro Gustavo já batido (depois, caiu, já encerando). Equilíbrio de ações, a despeito de um Bahia mais ofensivo, jogando mais próximo da área inimiga.

 - Aos 27’, grande arrancada em jogada individual de Everton Ribeiro, rasgando pelo meio, o chute frontal passou perto. Tempo passando, o Tricolor adiantado, o Criciúma todo encolhido, retranca estratégica, um empate lhe serviria bem. Aos 46’, boa trama pela esquerda, cruzamento rasante de Juba, o bom goleiro Gustavo salvou, arrojando-se na pequena área, nos pés de Everaldo.       

  

  Uma primeira etapa sem gols, só o Tricolor chegou perto de marcar, metendo uma bola na trave e dando algum trabalho para o goleiro Gustavo. Marcos Felipe, do Bahia, pouco incomodado. O Bahia teve mais a bola, mais volume de jogo, mas finalizou pouco. O Criciúma priorizou a marcação, fechadinho atrás, todos atrás da linha da bola, na manha.

 

  Segunda etapa – No recomeço, o Criciúma com postura mais solta, ofensiva, tentando surpreender, as linhas de marcação mais avançadas, sem pressa, na espera da oportunidade de um contragolpe. O Bahia insistia na troca de passes, com pouca infiltração. Daí...

 - Gol! 1 x 0 Bahia, Thaciano, aos 12 minutos, escorando na pequena área um ótimo cruzamento de SantiArias, da linha de fundo, bem lançado por Cauly.

 Com o placar, esperava-se um Criciúma com outra postura, saindo pro jogo. Então, Tencati logo trocou dois, Newton, Marquinho Gabriel em campo, saíram Barcia e F. Mateus. Não deu em nada. O Bahia melhor. Aos 18’, num contragolpe rápido quase o Bahia ampliou; aos 20’, Everaldo recebeu de Everton Ribeiro, chutou enviesado, por cima.  

 - Ceni lançou Ademir e Biel, saíram Thaciano (autor do gol) e Cauly, que fez um belo primeiro tempo. O Tricolor não recuou, continuou em cima, assediando, mas já valorizando a posse de bola, cadenciando.

- Aos 34’, Ademir arrancou do meio de campo, a mil por hora, driblou o zagueiro, ficou de cara bateu e Gustavo salvou, numa grande defesa; era pra matar o jogo, Biel estava livre ao lado, e Ademir não passou. Aos 39’, um chutaço de De Pena, a bola desviou e ia entrando no canto, mas Gustavo salvou, no reflexo, espalmando.

 Aos 40’, Ceni pôs Oscar Estupinam e Rezende em campo. Aos 41’, após cruzamento da direita, cabeçada de Óscar, outra defesa de Gustavo. O árbitro acrescentou 6 minutos.

 

 Deu Bahia, um placar murcho para o que foi o jogo, o time baiano em nenhum momento perdeu o controle do jogo, pouco sofreu.