Esporte

FLUMINENSE VENCE AL AHLY E DEU SHOW DE BOLA, p ZÉDEJESUSBARRÊTO

A final acontece na sexta-feira
ZedeJesusBarreto , Salvador | 18/12/2023 às 17:19
Kennedy fez um golaço, o segundo gol
Foto: REP


    O tricolor carioca, campeão da Libertadores, venceu com competência o campeão africano Al Ahly (2 x 0), deu um show de bola no segundo tempo, e está na final do Mundial de Clubes ora em disputa nas Arábias. Disputará o título e o troféu de Campeão do Mundo contra o vencedor da outra semifinal – Manchester United x Urawa Reds, campeão da Ásia (nesta terça). Um sonho para os tricolores cariocas, na primeira participação do time num mundial. Enfim, temos o futebol brasileiro bem representado, até pela qualidade do futebol mostrado.

  O primeiro tempo foi duríssimo, com o Flu tentando impor seu toque de bola e os africanos valentes, pegando forte, velozes e perigosos nos contragolpes. O time brasileiro conseguiu se impor na segunda etapa, envolvente, ofensivo, ousado. Fez os 2 x 0 e poderia ter feito mais, tal a superioridade individual e coletiva demonstrada até o apito final, dono da bola.   

 Que venha o Manchester City, de Guardiola e cia...  é o que todos esperamos.

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 Arábia Saudita

 - Estádio King Adbulah, em Jedá, primeira semifinal da competição, entre o estreante Fluminense do Rio e o Al Ahly, do Egito, em busca de sua primeira final na competição, já bem conhecida deles. O Brasil não vence a competição há 11 anos, só dá time europeu.

 O gramado, um tapete. Arquibancadas quase que tomadas pelos árabes, torcida maior dos africanos. Uma pelota mais leve, mais rápida, segundo os atletas brasileiros. Já noite nas arábias. O mundo árabe é hoje o grande palco do futebol mundial, pelas abundâncias de negócios que gera. Futebol é espetáculo.

 - O Flu com sua camisa tradicional, tricolor, listras verticais; os norte-africanos de camisetas claras com detalhes e calções vermelhos/grená.

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 Com bola rolando ...

 - Os brasileiros desde logo tentando impor o jeito ‘Diniz’ de jogar, trocando passes, valorizando a  posse de bola, e os egípcios a marcar forte, o campo inteiro, dificultando, procurando e chegando no contragolpe.

 - Aos 8 minutos, a primeira chance do Flu: Marcelo fez boa jogada com Keno, na esquerda, o cruzamento de fundo do baiano atravessou a pequena área, pelo alto, e Arias pegou de primeira, do lado oposto, a bola explodiu na trave.

 Muito equilíbrio de ações. Aos 18’, após um escanteio, a bola pererecou na pequena área brasileira, quase o Al Ahly abriu o placar. Aos 23’, Ganso cobrou escanteio, jogada ensaiada, rolando na grama pro chute frontal de Arias, uma bomba, novamente carimbando a trave do goleiro El-Shenawi, o capitão do time africano. Jogo aberto, ofensivo, bom de ver.

 - Aos 35’, num contragolpe em alta velocidade, a defesa brasileira toda avançada, Fábio fez uma defesa de cinema numa cabeçada de El Sharat, a queima-roupa.

 

  Boa primeira etapa, disputada, igual, digno de uma semifinal. Dois estilos de jogo bem distintos, nenhuma predominância, chances criadas dos dois lados. O Fluminense (Árias) meteu duas na trave do Al Ahly, mas os africanos, bem organizados, chegaram com perigo em contra-ataques rápidos. Nada definido.   

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Segunda etapa – O Flu no toque de bola, buscando o ataque, os norte-africanos na pegada, sem oferecer espaços, sempre armando o bote na velocidade. A mesma dinâmica.  Aos 52’, em boa trama coletiva, Cano arriscou cruzado, da direita, forte e por baixo, queimando a trave africana. O Fluminense mais à vontade no retorno. Aos 54’, um contragolpe perigoso do Al Ahly, o chute nas mãos de Fábio.

  Momentos de assédio dos brasileiros, comandando as ações, bola nos pés. Aos 62’, outro contragolpe em erro de passe do Flu, os egípcios avançam pela canhota, o chute sai cruzado, baixo e Fábio espalmou, trabalhando bem. Vai ficando arriscado, um lá e cá.

 -Aos 67’, Marcelo recebeu avançado, pela esquerda, meteu por entre as pernas do egípcio, já na área, e foi derrubado por Kouaka; o árbitro polonês, em cima, apontou a marca do pênalti.  

  - Gol!  1 x 0 Fluminense!  Árias, o colombiano, bateu seco, rasteiro, no canto. O goleiro foi mas não achou.

   Aos 71’, noutr arrancada em velocidade, o sul-africano Percyt Tau ficou de cara, mas parou em Fábio. Os africanos, gol levado, foram inteiros pra cima, ao tudo ou nada.

 -Substituições dos dois lados. O treinador suíço pondo gás, sangue novo na frente, em busca de reverter o resultado. Diniz substituindo os mais cansados, renovando o fôlego. Estratégias, 80 minutos, 35’ do segundo tempo. Os brasileiros já mascando, administrando a vantagem, plantados e fechados no meio de campo, avançando só na boa.

- Aos 86’, Kennedy deixou Cano de cara, o goleirão El-Shenawi cresceu na frente dele, fechou o espaço e evitou o gol.  Aos 87’, Kennedy tentou de fora, errou o alvo.

 - Gol! 2 x 0 Fluminense, Kennedy, o garoto iluminado, batendo de canhota, colocado, no canto. Aos 90’, garantindo os brasileiros na final.

  Cano queria o dele, e após uma interminável troca de passes envolventes do Flu, o artilheiro argentino bateu cruzado forte, rasteiro, para defesa do goleiro Al Shenawy. Show de bola final dos brasileiros.  


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 Destaques

 Martinelli, que jogaço! Mais o goleiro Fábio, seguro e tranquilo; o zaguueiro Nino, Marcelo(craque), Ganso, Arias, Keno e o garoto abençoado Kennedy, faro de gol.  Louve-se a determinação de todos e comando do treinador Diniz, aula de futebol coletivo, de leitura de jogo.    

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Ficha técnica

-  O Fluminense, Campeão das Américas, escalado pelo treinador Fernando Diniz: Fábio; Samuel Xavier, Nino, Felipe Melo e Marcelo; André, Martinelli e Ganso; Arias, Keno e  Cano. (Marlon, Lima, Diogo Barbosa,  Kennedy, Guga)

-  O  Al Ahly, campeão egípcio e do continente africano, escalado pelo técnico suíço Marcel Koller: El-Shenawy, Hany, Yasser Ibrahim, Abdelmonem e Maaloul; Ateya, Ashour e Dieng (Kouaka); Percy Tau, Kahraba e El-Shahat. (Taher, Asther, Muhammed)   

 - Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia), qualificado.

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  A outra semifinal acontece nesta terça, dia 19, no mesmo horário e local: O poderoso Manchester City, campeão inglês e europeu, treinado pelo consagrado Guardiola, pega o time japonês Urawa Reds Diamonds, campeão asiático.

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