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COPA DO BRASIL: GRÊMIO ELIMINA BAHIA NOS PENÂLTIS, p ZÉDEJESUSBARRÊTO

ZedeJesusBarreto comenta que o Bahia fez uma boa partida e só foi eliminado nos pênaltis
ZedeJesusBarrêto , Salvador | 12/07/2023 às 23:34
Bahia eliminado nos pênaltis
Foto: Felipe Oliveira
 

   Ciclone, chuva, ventania, campo enlameado, torcida inflamada...  e o Bahia encarou, fez um grande primeiro tempo, abriu o placar mas novamente levou o empate no segundo tempo – em jogada idêntica, a tabela em cima do lateral Cicinho, que sempre cai de produção na segunda etapa.  O Tricolor não recuou, teve chance de vencer, meteu duas bolas no travessão do Grêmio antes do final.  Mas...  caiu fora.

  Com o empate de 1 x 1 no tempo regulamentar, a decisão foi para a cobrança de penalidades e o time copeiro gaúcho se deu melhor: Cicinho e Gabriel Xavier entregaram nas mãos do goleiro Grando (tornou-se o herói da classificação) e Acevedo chutou pra fora.   

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   Sem choro nem velas, sem culpas do treinador, o torcedor tem de receber de braços abertos a equipe que jogou com muita raça, aplicação tática, honrando a camisa, sim. Jogou como time grande. Méritos também para a equipe gaúcha e Renato Gaúcho, que conhece os atalhos e sabe explorar os defeitos do adversário (o Grêmio fez três gols iguais no Bahia, nesses três jogos disputados, sempre explorando o lado esquerdo do ataque, a lateral direita do Bahia.  

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 Em Porto Alegre

- A despeito das chuvas torrenciais e ventos fortes (o dia inteiro), em decorrência de um ciclone em alto mar nas proximidades do litoral sul do país, Grêmio e Bahia em campo, decidindo vaga numa das semifinais da Copa do Brasil.

- Gramado castigado, encharcado, com poças d´água em vários setores que dificultaram, óbvio, a troca de passes pelo chão. O jogo esteve até prestes a ser suspenso, adiado, mas a arbitragem – sob comando de Wilton Pereira Sampaio/ Fifa-Copado Mundo – vistoriou o campo várias vezes e decidiu manter a partida, mesmo assim.

 - O jogo, que estava marcado para as 19h, só foi começar depois das 20h, com as chuvas então mais amenas. Isso, depois de um trabalho aplicado de equipes de manutenção do estádio, perfurando o piso para facilitar o escoamento, a drenagem. Até imensos rodos foram usados, na mão grande, o torcedor festejando tudo isso, ensopado. Nesse vaivém, muita conversa e negociação de bastidores, outra vistoria da arbitragem no gramado às 19h45, essa definitiva, jogo mantido.  “Vai ter jogo!” – com ou sem ciclones, os ‘home’ decidiram.  

- Claro que o público não foi o mesmo, com a chuvarada insistente e fria, mas a torcida gremista é fanática, ‘como o Grêmio onde o Grêmio estiver’ (cerca de 30 mil nas arquibancadas), fazendo barulho.

- O ganhador na Arena Grêmio ( Grêmio) enfrenta numa semifinal o vencedor de Athlético PR x Flamengo, que acontece em Curitiba, ainda noite de quarta (o Flamengo venceu a primeira por 2 x 1 no Maracanã e vencia o primeiro tempo na Arena do Athlético por 1 x 0) . Na outra parte/chave, na quinta (dia 13), Palmeiras x São Paulo (o tricolor paulista venceu a primeira); no sábado, Corinthians x América MG.

 - No primeiro confronto de tricolores (gaúchos e baianos), na Fonte Nova, o tricolor gaúcho arrancou um empate (1 x 1) já nos acréscimos. Um triunfo simples bastaria, classificaria.

 - Depois de aquecimentos e esfriamentos dos atletas, equipes em campo. O Grêmio com sua tradicional camisa tricolorida, em listras verticais (azul, preto e branco). O Bahia com camisetas brancas (aquela das fitinhas do Bonfim horizontais no peito) e calções azuis.

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 Com bola rolando ...

 - Piso enlameado, escorregadio, bola prendendo... riscos de toda sorte, outro estilo, outra forma de jogar. Nada de totozinho. Pegada forte e bola pra frente. Claro, logo se viu que o time da casa se adaptaria melhor às condições do relvado. Mas o Bahia encarou.

    - Aos 12 min, escanteio da esquerda, testada de Cristaldo na pequena área, defesa de Marcos Felipe, espalmando. Ações equilibradas no meio-campo. Aos 24’, Ademir levou pela direita e achou Everaldo livre na área; o centroavante demorou de bater e Kannemann atirou-se, desviando o chute frontal. Bom jogo, disputado. Aos 29’, noutro escanteio, a testada de Carballo a um palmo do rodapé de Marcos Felipe.

 - Aos 35min, bola chutada Bitello na linha da grande área baiana, bateu na coxa e no braço de Acevedo, em cima do lance, e o árbitro entendeu como pênalti, assumiu, nem consultou o VAR. Absurdo. Confusão geral, catimba reclamação, empurra-empurra...   

- Aos 39’, depois de toda a lambança, Cristaldo bateu o pênalti e o goleiro Marcos Felipe saltou e pegou. Grande defesa!

 - Gol! 1 x 0 Bahia! Um golaço de Everaldo, de fora da área, acertando o ângulo de Grando. Contragolpe, Kayky deu a Everaldo que limpou de Kannemann e ...  que beleza de chute. Aos 49 minutos.

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   Uma boa primeira etapa do Bahia, de igual pra igual, marcando e ocupando bem os espaços, sem firulas. Gabriel Xavier, Acevedo, Cauly jogaram muito. Ryan melhor que Cicinho, Kayky esperto, o golaço de Everaldo e duas defesas de vulto do goleiro Marcos Felipe (uma cabeçada e o pênalti). Descer pro intervalo à frente do placar já era mais  do que o esperado. Mais 45, 50 minutos ... sem deixar cair a peteca.

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  Os gaúchos voltaram da merenda na vontade, marcação adiantada, tentando sufocar o time baiano, bem postado, marcando justo e apostando nos contragolpes. Aos 7’, Bitello arriscou de longe, forte e rasteiro, Marcos Felipe espalmou. Aos 9’, Kayky entrou tabelando pelo meio, acendeu da meia lua, por baixo, Grando catou.

 - Aos 10’, Renato lançou o rápido avante Ferreira, saiu o zagueiro Kannemann. Mudou o sistema, abandonou os três zagueiros e avançou ainda mais a equipe. Aos 16’, uma cabeçada de alto nível de Suarez – inteligência pura, defesaça de Marcos Felipe, pelo alto. Aos 22’, bom contra-ataque do Esquadrão, Ademir ganhou na corrida e bateu firme, Grando espalmou a escanteio. Na cobrança, cabeçada de Rezende, fora.

 Aos 25’, Renato Gaucho lançou Vini, saiu Cristaldo; Renato Paiva tirou Ryan (que fazia bom jogo mas tinha tomado cartão amarelo) e lançou Matheus Bahia, um lateral pelo outro. O Bahia muito atrás.

 - Gol! 1 x 1 Grêmio, Vilassanti. Ferreira levou Cicinho, como quis (de novo, o já visto) e cruzou para o meio, por baixo. Vilassanti completou. A repetição dos jogos anteriores, tudo do mesmo lado. Cicinho morto.  Aos 27’.

  Aos 29’, em nova tabela, um-dois em cima de Cicinho, bola cruzada no chão e Suarez perdeu.  Renato Paiva lança Mugni (saiu Kayky) para jogar do lado direito, ajudando Cicinho, já sem pernas. Aos 34’ Mateus Bahia tentou, o chute saiu travado.

 E a partida incendiou, uma penca de emoções no final:

- Aos 40’, Mugni acertou o travessão gaúcho, depois de grande jogada de Cauly. Aos  41’, Ferreira cabeceou, cara a cara, outra grande defesa de Marcos Felipe. Aos 42’, Ademir acertou, de novo, o travessão de Grando. Aos 43’, Bitello também acertou o travessão baiano. Aos 45’, Ademir arrancou e foi derrubada quase na linha da área inimiga; Everaldo bateu a falta e Grando catou.  Lá e cá, alta intensidade até o final. Jogão de bola!

  Cinco minutos de acréscimos, nada aconteceu e a decisão foi para a cobrança de tiros livres da marca do pênalti.

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   Deu Grêmio!  4 x 3 na cobrança das penalidades. Cicinho, Acevedo e Gabriel Xavier perderam.

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Destaques

 - A melhor partida do goleiro Marcos Felipe com a camiseta Tricolor. Gabriel Xavier, jogaço. Cauly, o cérebro; Acevedo, alma uruguaia; Ryan, Ademir, Kayky.

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Ficha Técnica

- O Grêmio de Ranato Portallupi, o ‘gaúcho’: Grando, João Pedro, Bruno Alves, Kannemann (Ferreira), Uvni e Reinaldo; Carballo, Vilassanti e Cristaldo; Betello e Suarez. (André, Nathan. Gustavo Martins)

- O Bahia de Renato Paiva: Marcos Felipe, Cicinho, Kanu, Gabriel Xavier e Ryan; Rezende, Acevedo, Cauly; Ademir, Everaldo e Kayky (Mugni, Matheus Bahia, Yago).

 - Wilton Sampaio no apito. Deu um pênalti safadinho contra o Bahia; erro ou ... 

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 Pela rodada 15 do Brasileirão / Série A, o Bahia joga no domingo, às 18h30, na Arena da Baixada, contra o Athlético PR.