Decisão sai domingo na Arena Fonte Nova com a torcida do Bahia na 12
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
26/03/2023 às 18:39
Leão do Sisal saiu na frente mas cedeu empate
Foto: Twitter do Jacuipense
Foi uma partida digna de decisão, em ritmo intenso, limpa, com lances de área e emoções até o final. O Jacuipense, fechadinho, surpreendeu no primeiro tempo, fez um gol de contragolpe, defendeu-se bem, o goleiro fechou atrás, mas o Bahia, com mais volume, empatou na segunda etapa. O Tricolor teve mais a bola, jogou bem próximo da área adversária, finalizou mais, mas o Leão do Sisal foi tinhoso, deu trabalho, brigou até o fim e poderia ter vencido, teve oportunidades para tanto.
Assim, o título será mesmo decidido no próximo domingo à tarde, na Fonte Nova, tudo em aberto. Sem favoritismos. Outro jogo, outro gramado, motivações renovadas.
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No Eliel Martins, o Valfredão
- Riachão do Jacuípe em festa. Pelo segundo ano consecutivo o Jacuipense chega às finais do Campeonato Baiano. Domingo de outono, chuvoso, tarde com nuvens pesadas, gramado alto e encharcado, sem poças.
- Arquibancadas acanhadas todas tomadas. Clima animado de decisão, foguetório, batucadas. Tricolores também marcando presença.
- Jacuipense, o Leão do Sisal, com seu vistoso uniforme grená; o Bahia todo de branco... Os dois capitães, ambos zagueiros, chamados Kanu. O da casa já um veterano, 38 anos, o tricolor com 22.
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Com bola rolando ...
- Bola lenta, início cauteloso de parte a parte. Muita marcação. O Bahia, com mais posse de bola, chegou primeiro com duas estocadas de Biel e Everaldo, dando trabalho ao goleiro Jean, escanteios seguidos. O Jacupa retraído, fechadinho. Só aos 18 minutos a tentativa com Thiaguinho e Jeam pela esquerda do ataque grená, com algum perigo.
O Bahia era melhor, ocupava mais o campo adversário, finalizava mais, porém ...
- Gol! 1 x 0 Jacuipense, aos 24 minutos. Erro de passe no meio campo tricolor, Thiaguinho puxou o contragolpe pela esquerda e achou Welder entrando livre do outro lado, nas costas de Matheus Bahia; a finalização saiu forte, chute rasteiro, na saída do goleiro.
Aos 26’, a resposta, num chute de Everaldo da meia lua, Jean espalmou no rodapé. Aos 31’, Rezende arriscou de fora, muito alto. Aos 33’, nova finalização de Biel, o goleiro batido, Kanu salvou quase em cima da linha. Aos 34’, o Tricolor entrou tabelando, Cauly de cara parou no goleiro Jean. Aos 37’, Everaldo arriscou de fora, um chutaço, Jean espalmou. Aos 39’, novamente Everaldo; chegou a tirar do goleiro, mas o bom zagueiro Weverton salvou na linha. Aos 40’, Cauly bateu, bola raspando o rodapé de Jean.
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O Jacupa jogou recuado, fechando a sua grande área, o Tricolor acuando, na pressão, com toda a iniciativa... Finalizou 15 vezes, o Jacupa apenas 4. Esse foi o panorama do primeiro tempo, quase que inteiramente no campo do Leão do Sisal, que jogou por uma bola, um contragolpe, um erro do adversário e se deu bem, foi pro intervalo com a vantagem no placar, 1 x 0. O que conta, afinal, é a bola na rede. A estratégia de Jonilson Veloso estava dando certo. Uma primeira etapa bem jogada, limpa e boa de ver.
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Ao time do ‘professor’ Renato Paiva restava atacar, buscar o empate e a virada, correr atrás. O Leão na moita, todo encolhido, defendendo-se com denodo, já gastando tempo e na espera de mais um bote, um contra-ataque em velocidade pra ‘matar’ o inimigo.
- Gol! 1 x 1, Bahia! Aos 10 minutos. Bola longa alçada da direita por Jacaré, do lado oposto Matheus Bahia escorou de primeira para o meio e Everaldo, na pequena área, empurrou, empatando, pondo fogo na partida.
Ritmo intenso, um segundo tempo mais pegado. O Jacupa saindo, arriscando-se mais. Aos 11’, Jeam tentou uma ‘letra’, na pequena área de Marcos Felipe e quase saiu o desempate, na resposta dos donos da casa. Aos 14’, Jacaré finalizou de frente uma boa trama, bola no poste, no rodapé de Jean. O jogo ficou aberto, lá e cá, melhor ainda de ver.
- Aos 22’ cabeçada de Gabriel Xavier, a bola pererecou na pequena área e saiu, raspando o poste. Aos 24’, Everaldo ganhou na linha de fundo, pela direita, Biel finalizou de frente para outra defesaça do bom goleiro Jean. Aos 25’, Thiaguinho disparou em velocidade do meio campo, ninguém o alcançou, ficou de cara e o goleiro Marcos Felipe salvou, saindo nos pés do atacante. Aos 34’, novamente Marcos Felipe apareceu, fazendo ponte plástica numa cabeçada de Welder. Lá e cá.
Jogão de bola. Equilíbrio, até o final.
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Destaques
No Leão do Sisal, o bom goleiro Jean, um paredão; o becão Wéverton, Radar e Welder, enquanto teve pernas.
No Tricolor, Marcos Felipe fez duas defesas salvadoras, Kanu, Cauly, Biel e Everaldo, que talvez tenha feito aí seu melhor jogo com a camisa tricolor.
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Equipes escaladas
- Jacuipense do treinador Jonilson Veloso: Jean, Raphinha, Kanu, Wéverton e Radar (Robinho); Fábio Bahia, Vinícius Amaral (Fabio Matos) e Eudair (Flávio); Thiaguinho (Eric), Jeam e Welder (William).
- O Bahia do treinador Renato Paiva: Marcos Felipe, Marcos Victor, Kanu e Gabriel Xavier; Jacaré, Rezende (Diego Rosa), Acevedo (Mugni), Cauly e Matheus Bahia (Chavez); Biel (Kayky) e Everaldo (Goulart).
- Arbitragem de Marielson Alves, com o auxílio do VAR.
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O próximo embate, decisivo, na entrega da Taça de Campeão, será na Fonte Nova, domingo próximo/ 2 de abril, 16h – Bahia x Jacuipense. Casa cheia?
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Pensamentando...
Depois de ver a tal Seleção Brasileira jogar: - Já não somos os ‘melhores do mundo’ faz tempo. Também não mais temos os melhores jogadores, aqueles que desequilibram, individualmente, os fora de série. Nenhum Mbappé, Messi, De Bruyne, Halland...
Importamos treinadores de Portugal, Argentina ... como se fossem a solução. Nossa bolinha murchou. O melhor jogador em atividade hoje no Brasil é um uruguaio, Arrascaeta, meio-campista do Flamengo que é reserva na Celeste Olímpica.
Como diria Pelé: ‘Entende?”