Fim de semana de fim de Copa, de decisões em Doha, no Catar. Dois jogos restam.
ZedeJesusBarrêto , Salvador |
16/12/2022 às 14:41
Messi, o ídolo argentino
Foto: REP
No sábado, dia 17, meio dia, jogam no Khallifa International Marrocos x Croácia, pra gente saber quem fica no terceiro lugar, com a medalha de bronze. Os resistentes e combativos croatas, que foram vice-campeões em 2018, ou os surpreendentes guerreiros mouros, os leões do norte da Àfrica, Marrocos? Os marroquinos parecem com mais apetite, algo inédito, histórico.
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De um lado, o goleiro Livakovic, o veterano incansável meia Modric, o jojem zagueiro Gvardiol... e do outro o goleiro Bono, o apoiador Amrabat, o lateral Hakimi, o meia Zyiech ... Enfim, uma disputa de terceiro lugar como nunc a dantes numa copa, atraente, cheia de craques e novidades, surpresas.
- Arbitragem catariana, um prêmio aos donos da casa, certamente. No apito, Abdulrah -man Al-Jassim. Muito prazer. O brasileiro Clauss será o quarto árbitro, tá prestigiado?
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A taça, o ouro
No domingo, mesmo horário de meio dia, no dourado Lusail, a melhor seleção da Europa, atual campeão do mundo, a França, contra a melhor seleção da América do Sul, atual campeã do continente, a Argentina. De um lado o artilheiro Mbappé, 23 anos, artilheiro; do outro o gênio Messi, 36 anos, na sua derradeira copa, a melhor de sua carreira. Os dois são amigos e jogam no mesmo time, o PSG, campeão francês.
- O francês, filho de Argelina com Camaronês, nasceu em 1998, no ano em que a França conquistou seu primeiro título, Les Bleus comandados por Zidane.
- Messi nasceu em 1987, um ano depois de a Argentina conquistar seu segundo e último título, aquele do Maradona, no México. O primeiro foi em 1978, a Copa dos Generais do Plata.
França e Argentina querem o terceiro título mundial. Os franceses, caso vençam, conquistam um bi sequenciado, foram campeões na Rússia, há 4 anos.
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Os ‘professores’
Um duelo à parte acontece também do lado de fora, no banco, nos vestiários, os treinadores, os ’professores’ – como são tratados hoje em dia.
De um lado, o francês Didier Deschamps, 54 anos, que foi campeão mundial como atleta, um bom meio-campista, era o capitão da equipe em 98 e foi o treinador campeão na Copa da Rússia. Tem o elenco nas mãos e soube superar os baques absurdos de sete a nove atletas – alguns titulares absolutos, como Pogba, Kanté, Kipembé, Benzemá... –, cortados por lesões antes e durante a Copa, armando uma França até agora, senão tão brilhante, extremamente competitiva.
Do outro lado, no banco, o jovem Lionel Scalonni, 44 anos, um ex-lateral direito bom mas discreto, que soube controlar os ‘egos’ dos astros argentinos (nada fácil) e, sobretudo, arrumar um jeito de jogar, achar um sistema tático em campo que libera o astro maior, Messi, para brilhar, pontuar de forma decisiva. Injetou sangue novo na albiceleste platina e recobrou a garra, a milonga histórica dos argentinos. É um calouro em copas, mas tem se mostrado ousado e inteligente; muda jogadores e sistemas de acordo com o adversário. E os jogadores, em campo, respondem.
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Uma final – França x Argentina - sem favoritos, sem prognósticos, só nos resta torcer por uma decisão histórica, bem jogada, com gols e lances bonitos.
A arbitragem será do polonês Szymon Marciniak, de 41 anos. Sorte pra ele.