A França, com time reserva e salto alto, foi surpreendida pela zebra da Tunísia, os campeões do mundo levaram 1 x 0 dos norte-africanos, perderam a invencibilidade. Mas não perderam a liderança do grupo, que teve a Austrália como surpresa, em segundo lugar. Os australianos mandaram a quebrada ‘dinamáquina’ de volta pra casa.  

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- Confrontos  de oitavas

  Com os classificados pelos grupos C e D, estão definidos novos confrontos pelo mata-mata das oitavas de final. Assim:

- Argentina x Austrália, no sábado, 3 de dezembro, 16h (Ahmad Bin Ali)

- França x Polônia, no domingo, 4 de dezembro, 12h (Al Thumama)

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 O tango dos Argentinos

- Estádio 974, Grupo C, Argentina 2 x 0 Polônia. Os sul-americanos com a bola, as rédeas do jogo desde o começo, mais soltos. Aos 9’, Messi levou pela esquerda, disparou, o goleiro Zczesny trabalhando. Aos 16’, Acuña tentou, por cima. Aos 27 e 28’ (Alvarez e Acuña), dois chutes e por pouco não saiu o gol argentino. Os polacos fechadinhos, marcando atrás, na espera de um contragolpe, que não encaixava. Quase Di Maria fez gol olímpico aos 31 min. Os hermanos tinham o domínio. O goleiro polonês salvou finalização cara a cara de Alvarez.  

 Aos 40’, após uma saída do goleiro em bola alçada, o choque com Messi, no alto, o VAR chamou, o árbitro foi conferir e marcou um pênalti (absurdo) do goleiro em Messi. Mas o astro Messi bateu e perdeu (acontece!), o goleiro Zczesny, o melhor da copa até agora, defendeu, esticando-se, no canto. Defesaça! Só deu os sul-americanos na primeira etapa. Uma Argentina bem mais leve e melhor que nos jogos anteriores.

 Logo no recomeço da segunda etapa ...

- Gol! 1 x 0 Argentina, Mac Allister, aos 2 minutos. Trama na direita entre Molina e Di Maria, o cruzamento pra trás, preciso, e o meia pegou livre, de primeira, acertando o rodapé direito dos poloneses. Todos preocupados com Messi, Mac Allister (seu primeiro gol numa copa) solto na área. Uma estratégia. Chute certeiro.   

  Com o placar aberto, os poloneses precisavam sair um pouco, tentar, mesmo que abrindo espaços para a trama dos sul-americanos, mais técnicos.  Paredes e Tagliafico entraram nos lugares de Acuña e Di Maria, ambos muito bem em campo; o treinador argentino mudou o jeito de jogar, agora mais cauteloso, aos 15’, mas continuou comandando as ações no meio campo.

- Gol! 2 x 0 Argentina. Golaço do jovem Alvarez (22 anos). Recebeu na área, livrou-se da marcação, já na área inimiga, e bateu forte, alto, no canto, sem defesa. Aos 21 min.  

 Os latinos continuaram acuando, querendo mais, sobrando, amassando os polacos, que não viam a bola.  Pezzela, Almada e Lautaro entraram, mas o domínio foi  mantido... Aos 40’, Lautaro perdeu de cara a chance de ampliar. Os poloneses atrás, empurrados, pareciam satisfeitos com os 2 x 0. Aos 47’, Tagliafico encobriu o goleiro, mas o zagueiro salvou o terceiro gol, quase em cima da linha, garantindo a classificação polonesa.   

  Sem dúvidas, a melhor atuação argentina na copa. Crescente, vistosa, coletiva. A garotada mudou o clima e decidiu (Enzo Fernandez, Mac Allister, Alvarez ...), o torcedor da seleção sul-americana incendiando Doha, em festa.

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 Mexicanos fora do páreo

 De nada adiantaram os dois gols mexicanos (de Chavez e Martin) nos 2 x 1 sobre a Arábia Saudita, no estádio Lusail, pelo Grupo C. O gol do meia árabe Salém, já nos acréscimos, acabou com os sonhos dos latinos do norte, e deu a classificação como segundo colocado da chave à Polônia de Lewandówski, que não conseguiu jogar nada contra a Argentina, mas continua na competição, porque terminou com um melhor saldo de gols que os mexicanos – ambos terminaram com quatro pontos, a Argentina com seis.     

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 A zebrinha tunisiana

 Sim, a Tunísia venceu a Campeã do Mundo, França, por 1 x 0, no Estádio Education City, pelo grupo D.  Tunisianos enlouquecidos. Zebra do norte da África passeando em Paris. Tem sentido.

Certo que de nada valeu o triunfo em termos de Copa, porque a Tunísia chegou a quatro pontos mas a Austrália venceu a Dinamarca e alcançou os seis pontos ganhos. Assim, França (com seis também) e Austrália classificaram-se.  Mas...

 O triunfo tunisiano foi comemorado no norte africano e nas periferias de Paris como se fosse um título mundial. Não é pouco vencer a poderosa França, mesmo sabendo-se que os posudos campeões entraram em campo com uma equipe reserva. Curiosamente, uma França com oito negões em campo e a Tunísia africana sem nenhum. Vale passar os olhos na história. Até meados dos anos 50 do século passado a Tunísia foi colônia/ou ocupação francesa. O centroavante Benzema, da França (machucado), melhor do mundo, tem origem tunisiana. Há muito imigrantes tunisianos em território francês e eles reclamam de maus tratos e discriminação, preconceito, no dia a dia, até hoje.

 Talvez por isso tudo a Tunísia tenha encarado o confronto com a França como o ‘jogo da vida’ e assim se postaram em campo, com garra, força, alma, o coração no bico das chuteiras. Os franceses de saltinho alto, nariz pra cima.

 O gol histórico da Tunísia foi do meia, camisa 10, o craque do time Khazri, no segundo tempo, em jogada individual pelo meio.  O treinador francês Diddier Deschamps, com o gol levado, pôs em campo sua ‘tropa de choque’, os titulares Mbappé, Rabiot, Griezzmman, Dembelé... foi inteiro para o ataque, criou boas chances, teve um gol de Griezzmman anulado (o VAR pegou um estranho impedimento) ... mas os tunisianos resistiram com bravura até o final, garantindo o triunfo, tão festejado.    

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 Surpresa e decepção

 A decantada e decadente Dinamarca, outrora ‘dinamáquina’, uma das grandes seleções da Europa, está fora da Copa. É a grande decepção do torneio, até agora. Ao meio dia dessa quarta-feira, pelo Grupo D, no Al Janoub, levou 1 x 0 da Austrália e volta pra casa com apenas um empate, sem gols, na estreia contra a Tunísia. O gol australiano foi de Leckie, aos 18 minutos. A Austrália, que chegou no Catar sem grandes aspirações, festeja, segue em frente na competição, mais do que eles mesmos   esperavam, uma surpresa. Os cangurus estão saltitantes.     

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 Os jogos do 1º de dezembro

 A rodada derradeira da fase classificatória de grupos continua, já entramos em dezembro.

 Pelo Grupo F, às 12h – Croácia x Bélgica, no Ahmad Bin Ali. Croatas com 4 pontos e os      

                                          Belgas com três. Ambos podem classificar.

                                        - No Al Thumama, mesmo horário, Canadá x Marrocos (com 4

                                           Pontos, pode seguir adiante também)

Pelo Grupo E, às 16 h – Japão x Espanha, no Khalifa International. A Espanha lidera,

                                         com 4 pontos, o Japão tem 3.

                                         - Costa Rica x Alemanha, no AL Bayt. Os alemães no desespero,

                                           só um ponto, os costarriquenhos com três.  Tudo embolado.

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  O mistão de Tite    

  Com a seleção brasileira já classificada, liderando a chave G com seis pontos ganhos, o treinador Tite decidiu por em campo contra Camarões, na sexta, dia 2, às 16h, no Estádio Lusail, um time alternativo, equipe reserva, mistão ... seja lá o que isso signifique, poupando titulares e dando chances a quem quer jogar a copa, mostrar serviço e disputar posição na equipe principal. Três desfalques são por lesões: o astro Neymar, o lateral direito Danilo – ambos recuperando-se de torções no tornozelo, e o lateral esquerdo Alex Sandro, com problemas muscular nos quadris. 

 Assim, a escalação contra Camarões deve ser:

Éderson, Daniel Alves (o capitão do time), Militão, o baiano Bremmer (nascido em Itapitanga) e Alex Teles; Fabrinho, Bruno Guimarães/ ou Fred e Rodrygo / ou Everton Ribeiro; Anthony, Gabriel Jesus / ou Pedro e Martinelli.

 Que entrem motivados.