Duas festas diferentes: a torcida do Vitória comemora a volta à série B; a do Bahia ficou injuriada com empate frente ao Operário
Tasso Franco , da reda��o em Salvador |
24/09/2022 às 21:01
A festa do Vitória em Belém
Foto: Felipe Bispo/ O Liberal
O Rubro-Negro está de volta à Série B, em 2023. Foi no sufoco, mas valeu e o torcedor não quer nem saber, vai comemorar como se fosse um título. O acesso veio com dois empates: o 1 x 1 contra o Paissandu, em Belém, com um gol de longe, chutaço de Dionísio, no segundo tempo, quando o Papão vencia.
O outro empate, que garantiu a classificação do Leão foi do ABC (0 x 0) contra o Figueirense (que não podia vencer), em Santa Catarina. Para quase matar o torcedor, o Paissandu fez outro gol já nos acréscimos, mas o VAR entrou em ação e no traçado das linhas o becão Genílson, que cabeceou a bola nas redes, foi flagrado em impedimento. Ufa!
Com sofrência é mais gostoso, dizem.
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O Bahia voltou a jogar muito mal diante de quase 40 mil devotados torcedores, na Fonte Nova, e conseguiu empatar (2 x 2) com o Operário do Paraná, depois de estar perdendo por dois a zero, achando um gol já nos acréscimos. O time do Paraná está entre os últimos na tabela de classificação, mas achou dois gols no primeiro tempo – em falhas incompreensíveis do lado direito defensivo tricolor – e tentou a todo custo segurar a vantagem. Quase conseguiu diante do opaco segundo tempo do Tricolor, que marcou e se posicionou mal, sem nada criar.
Uma atuação preocupante, nesse retão final da competição. O Bahia chegou a 52 pontos e se mantém em terceiro lugar, a um ponto do Grêmio, o vice-lider. Sinal de alerta ligado.
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Série C
Na Curuzu, em Belém
O Leão se classificou
Valendo classificação para a Série B em 2023. Um dia de muito calor abafado na capital do Pará. Público meia boca, injuriado, nas arquibancadas. A partida começou em ritmo de bolero, dois pra lá e dois pra cá, sem pressa, mas a obrigação de ir pra cima, de vencer era do Leão. O time da casa não tinha mais nada a perder.
- Aos 10’, depois de um cruzamento de Eduardo, cobrando falta, o zagueiro Ewerton Páscoa testou nas redes, mas estava impedido. Antes dos 15’, Honório sentiu uma pancada no tornozelo e foi substituído por Luidy. O Rubro-negro aos poucos foi tomando as iniciativas, atacando.
E o pessoal do Papão pegando pesado, com faltas seguidas e duras, travando. Aos 37’, os paraenses chegaram na frente mas Dalton estava esperto, catou bem. O primeiro tempo terminou equilibrado, poucas (quase nenhuma) chances de gol de lado a lado. Parecendo um babinha no campinho do bairro.
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No retorno, logo de cara, Dioguinho fez um carnaval na defesa baiana e por muito pouco não abriu o placar, errou o alvo por palmo. O Leão sem conseguir se impor. O Papão voltou melhor, apertando. Olhe a chuva!
- Gol ! 1 x 0 Paissandu, Genílson de cabeça, após cobrança de escanteio, Dalton catando borboletas. Aos 16 minutos.
Saiu Páscoa, entrou João Pedro na defensiva baiana.
- Gol ! O empate saiu aos 22 minutos, com um belo chute de Dionísio de fora da área – 1 x 1. Gol histórico, pois, o gol da classificação.
Aos 40’, Dalton salvou, defesaça, garantindo o empate.
- Aos 47’, novamente Genílson, de cabeça, com ferindo uma cobrança de falta, bola alçada e vacilo de zaga e goleiro. O VAR chamou. Expectativa geral. O gol foi anulado, na checagem de linha.
O VAR foi fundamental para a classificação, pois.
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Escalações:
- Vitória /João Burse escalou: Dalton, Alemão, Ewerton Páscoa, Marco Antonio e Iuri (João Pedro); Leo Gomes, Dionísio, Eduardo e Honório (Luidy). Tréllez (Dinei) e Rafinha (Ítalo).
- Paissandu, o Papão do Pará, treinado por Márcio Fernandes: Thiago Coelho, Igor Carvalho, Genílson, Naylhor e Brey; Mikael, José Aldo, Gabriel e Dioguinho; Danrlei e Marlon.
Arbitragem paulistana, com auxílio do VAR; Luis Flávio de Oliveira no apito.
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- Figueirense 0 x 0 ABC. Esse resultado também favoreceu, classificou, deu o acesso ao Vitória.
- Neste domingo, acontece a decisão do outro grupo:
Mirassol x Aparecidense; Volta Redonda x Botafogo de Ribeirão Preto.
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Série B
- Na Fonte Nova
Bahia faz torcedor sofrer
Boca de noite de sábado, céu limpo, quase 40 mil nas arquibancadas. O Bahia inteiro de grená/arroxeado (horrível) e o Operário todo de branco.
Com bola rolando ...
- Começou parelho, mas aos 3’, Jacaré fez boa jogada e bateu de canhota da meia, lua, rasteiro, Vanderlei salvou no rodapé, espalmando e arriando. Dois minutos de paralização. Cobrado o escanteio, Jacaré deu chapéu na área e arriscou de canhota, por cima. Aos 10’, novamente Jacaré, o goleirão fez golpe de vista, a bola passou perto. O Tricolor na pressão.
- Gol que não valeu! 1 x 0 Bahia, aos 11’. Cruzamento de Jacaré da direita, a zaga falhou e Goulart bateu firme, de frente, Vanderlei aceitou. Olhe o VAR! Flagrou um impedimento na origem do lance e o gol foi anulado.
- Aos 18’, Mugni bateu cruzado, no chão, o goleiro deu rebote, mas Patrick não conseguiu dominar a sobra.
- Gol! 1 x 0 Operário, aos 21’, Reina, penetrando pela esquerda e batendo forte, cruzado. Foi o primeiro ataque, o primeiro arremate dos visitantes.
- Gol ! 2 x 0 Brandão, aos 22 minutos. Branco total na defensiva do Bahia. O colombiano Reina cruzou da esquerda e o centroavante completou livre, de cara, na pequena área. Inacreditável. Uma avenida na direita da defesa tricolor.
Aos 26, cara a cara, Vanderlei catou o chute de Marco Antonio. O Operário recuou as linhas de marcação, fechadinho, e começou a catimbar. Aos 31’, a repetição da mesma jogada do segundo gol: Reina levou pela canhota, livre, cruzou rasteiro e Brandão acertou a trave. Quase o terceiro.
A defensiva do Bahia aberta, perdida, mal posicionada, marcando mal, entregando.
- Gol ! 2 x 1, aos 42 minutos. Mugni cobrou escanteio da direita, Davó testou no lado oposto, Goulart completou também de cabeça, diminuindo.
Aos 48’, num chute de Marco Antonio, a bola desviou em Goulart e entrou. A bandeira flagrou impedimento de Goulart, o segundo gol anulado do Tricolor.
- O Bahia teve mais a bola, jogou quase o PRIMEIRO tempo inteiro próximo da área adversária, criou mais e as melhores chances de gol mas ... levou dois gols e uma bola na trave absurdos, em falhas do lado direito defensivo, onde o colombiano Reina não tomou conhecimento de Marcinho.
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No intervalo, Ênderson tirou Marcinho e pôs o garoto André na lateral direita. E foi pra cima. Logo aos 3’, Goulart meteu uma bola no travessão de Vanderlei. O Tricolor na pressão e os visitantes já gastando tempo, procurando enervar, ensebando. Antes dos 10 minutos, o treinador Matheus Costa tratou de fechar mais o meio campo: Saíram Brandão e Pavani para entrada de Lucas Mendes e Felipe Garcia. Retranca total.
O jogo fica morrinhento. O Operário atrás, marcando forte e perigoso no contragolpe, porque o Bahia vai inteiro e marca muito frouxo no meio campo. E cria pouco.
Trinta minutos e o Operário trocando jogadores, gastando tempo. Rodallega, Caio Vidal e Veron em campo, saíram Mugni, Luis Henrique e Davó. Thomaz Bastos e Geterson no Operário, que administrava bem a vantagem. O Bahia fazia um segundo tempo bem pior, abaixo do rendimento da primeira etapa, sem nenhuma estratégia, zero de inspiração.
- Gol ! 2 x 2, Ignácio testou na linha da pequena área um escanteio cobrado da direita, a bola desviou no zagueiro e saiu o empate aos 46 minutos, desanuviando um pouco a angústia do torcedor.
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Destaques
De positivo, uns lampejos de Jacaré, o ótimo primeiro tempo de Goulart, a vontade de Mugni. De negativo, o primeiro tempo comprometedor de Marcinho, a insegurança do goleiro Claus, a inoperância de Patrick, Marco Antonio... e o apagão geral de Ênderson Moreira, sem enxergar o jogo. O preparo físico da equipe é precário, alguns atletas jogam só 20 minutos e apagam, outros se arrastam. Noitadas?
- Escalações
Bahia: Clauss, Marcinho (André), Ignácio, Gabriel Xavier e Luiz Henrique (Caio Vidal); Patrick, Mugni(Veron), Ricardo Goulart; Marco Antonio (Copete), Davó (Rodallega)e Jacaré. Treinador, Ênderson Moreira.
Operário/PR: Vanderlei, Arnaldo, Dirceu, Gustavo e Fabiano; Chorão, Fernando Neto e Paulo Victor; Reina, Brandão e Pavani. Treinador, Matheus Costa.
Arbitragem cearense, com VAR; no apito, o rodado Marcelo de Lima Henrique.
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O Tricolor sai, na sequência, para dois compromissos: dia 30 contra Chapecoense e no dia 4 de novembro contra o Novorizontino. Quem acredita?
- O Cruzeiro já está matematicamente classificado, garantido na Série A em 2023. E, pelos pontos conquistados (68 até agora) deve conquistar o titulo
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