Bastou o primeiro tempo de bom futebol, ritmo intenso e três gols (3 x 0), bem trabalhados Na segunda etapa a equipe apenas administrou a vantagem, os jogadores mais preocupados em evitar as divididas, tocando e sem fome de gols. Um treino, nada mais, para mostrar que Richarlison tem passaporte carimbado como titular, Paquetá e Neymar criativos, Rafinha mais à vontade do que Vini Jr. Gana correu, pegou mas não exigiu muito. Um cata-níquel de exibição, nada mais. A Copa é outro patamar.   

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 O jogo foi em Le Havre, o penúltimo teste/ensaio da seleção de Tite antes do embarque para o Mundial do Catar, nas arábias, em novembro, em busca do hexa. Tite ousou, treinou um novo formato de equipe e um jeito mais ofensivo de atuar que pode ser usado, se necessário, nalgumas circunstâncias da Copa.

  Escalou quatro zagueiros – Militão improvisado na lateral direita, Alex Teles na esquerda e o manjado miolo com o veterano Tiago Silva, de 38 anos, e Marquinhos. Um apoiador mais marcador, espécie de limpador de para-brisa, Casemiro, e dois meias flutuando – Paquetá mais pelo lado direito e Neymar pela esquerda; e três atacantes – Rafinha e Vini Jr abertos e Richarlison centralizado, brigando com a zaga adversária. No gol, Álison, o preferido dele.

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 Com bola rolando ...

- O Brasil de amarelinha, a camiseta canarinho/calções azuis e meiões banco, e Gana de vermelho total.

   Com seis minutos, duas boas oportunidades criadas, em tramas pela direita; Richarlison e Paquetá desperdiçaram as chances, errando o alvo.  Aos 8’...

- Gol! 1 x 0 Brasil. Marquinhos, de cabeça, escorando escanteio alçado da direita por Rafinha.

 Domínio total brasileiro, controlando as ações, trocando passes, tomando as iniciativas, jogando inteiro no campo adversário. Os africanos correndo. Aos 14’, Vini Jr levou a marcação e cruzou de trivela, da esquerda, para Rafinha que fechava livre na direita... o complemento na pequena área saiu errado, de canela, pra fora. Um minuto depois, nova chance de Rafinha, de meia bicicleta, fora do alvo. Aos 20’, Vini Jr e Neymar quase ampliaram.

 - Gol! 2 x 0 Brasil, Richarlison, aos 33 minutos. Troca de passes pelo meio, Neymar achou o artilheiro na meia lua; mesmo marcado, o centroavante bateu de primeira, forte e rasteiro, no canto.

- Gol! 3 x 0. Richarlison, aos 40’, de cabeça, antecipando-se à zaga e guardando um cruzamento perfeito de Neymar cobrando falta da esquerda.  

Aos 42’, outra trama coletiva, Neymar deixou Paquetá/Rafinha de cara. Passe de gênio, nova chance perdida. Boa primeira etapa, mas só um time jogou. Chuva caindo no outono francês.

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 No intervalo, saiu Tiago Silva e entrou o estreante Bremer, na zaga. O Brasil voltou cadenciando, com menos apetite, evitando os choques e os ganenses sairam mais pro jogo, marcando forte, chegando também na frente.  Aos 11’, após cobrança de escanteio, testada e bola na trave de Alison.

 Por volta dos 15’, Tite pôs Fabinho (saiu Casemiro), Anthony e Matheus Cunha nos lugares de Vini Jr e Richarlison. Era preciso voltar a impor ritmo e intensidade, reacender. O segundo tempo já tinha uma cara de treino, aquele babinha de fim de semana. O treinador de Gana também fez todas as substituições a que tinha direito.

 Só aos 30’ a seleção brasileira voltou a acelerar, com Anthony e Paquetá criando boas jogadas pela direita, bola riscando na área africana, sem conclusões. Aos 33’, Rodrygo e Everton Ribeiro em campo; saíram Paquetá e Rafinha. Aos 35’, Neymar entrou desbravando da esquerda para o meio, aos dribles, chutou rasteiro, o goleiro pegou. Aos 40’, Neymar querendo fazer o dele bateu de fora, muito alto. Aos 41’, Rodrygo parou no goleiro, Matheus Cunha perdeu o gol de cara, na sobra.

O Brasil voltou a atacar, dominar, mas o quarto gol não saiu.  Valeu pela primeira etapa.

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Destaques

- Richarlison, Neymar, Paquetá ... os melhores. Vini Jr longe daquele do Real. Rafinha jogou mais. Nossos laterais apenas burocráticos.  

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 O próximo e derradeiro amistoso da seleção acontece em Paris, na próxima terça-feira à tarde, contra a Tunísia.

- A convocação definitiva para a Copa sai no dia 11 de novembro, a viagem está programada para o dia 14 e a estreia marcada para o dia 24, contra a Sérvia.

 

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 Vitória e Bahia em campo  

  Um sábado de expectativas e ouriço para os torcedores da dupla Ba Vi.

- À tarde o Vitória enfrenta o Paissandu, em Belém do Pará, jogo para vencer e confirmar sua classificação, a volta à Série B em 2023. O time paraense já caiu fora, nada mais almeja e vive a crise dos derrotados, torcedores do Papão injuriados e plantel reprovado. Terão motivação para endurecer contra o Leão?

 O torcedor rubro-negro de butuca também no Figueirense x ABC, em Santa Catarina, no mesmo horário. O ABC já classificado e o Figueira desesperado – precisando vencer e torcendo para um tropeço do Vitória. Nem pensar, pois.

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 - Mais tarde, na boca da noite, o Bahia recebe o Operário, pela Série B, em busca de mais um triunfo na Fonte Nova com o apoio da torcida. O Bahia é o terceiro colocado e pode ultrapassar o Grêmio, caso vença, voltando à vice-liderança. O Operário briga na parte de baixo da tabela, o que é sempre perigoso. O Tricolor tem vencido em casa, no grito das arquibancadas, e decepcionado muito longe da sua devotada torcida. Mais 35 mil ingressos já foram vendidos.

 - O Cruzeiro já está de volta à Série A, depois de vencer (3 x 0) o Vasco em BH, chegando a 68 pontos ganhos. Uma campanha e um acesso incríveis, sete rodadas antes do final; venceu todas no Mineirão, com recordes de público. Parabéns à Raposa Mineira.  As três vagas restantes ... em aberto, com Grêmio, Bahia e Vasco mais próximos do topo.  

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