ZédeJesusBarrêto comenta o resultado importante para o tricolor
ZedeJesusBarrêto , Salvador |
17/07/2022 às 04:21
Guarani 0x2 Bahia
Foto: ECB
Um triunfo importante fora de casa (2 x 0), a despeito de o time Tricolor não ter feito uma exibição de encher os olhos. Defendeu-se, marcou, ocupou bem os espaços no meio-campo, soube sofrer, teve sorte e matou o Bugre em jogadas isoladas, um gol em cada etapa. A primeira vez que o Bahia vence o Guarani em Campinas.
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Com os resultados da rodada, até aqui, o Bahia cola no Vasco, chegando a 33 pontos ganhos, recuperando assim a posição de terceiro colocado na tabela de classificação.
O Cruzeiro, que ainda não jogou, lidera com 38 pontos; o Vasco (que perdeu em São Luiz do Maranhão) tem 34 e o Grêmio 32. São os quatro do bloco de cima. O Sport é o quinto, com 26 pontos.
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Rodada 18
- Operário 0 x 0 Sport; Criciúma 1 x 1 Ponte Preta; Vila Nova 1 x 2 CSA; Ituano 0 x 0 Londrina; Guarani 0 x 0 Bahia; CRB 1 x 1 Brusque; Grêmio 3 x 0 Tombense; Sampaio Corrêa 3 x 1 Vasco da Gama.
No domingo, fechando: Náutico x Chapecoense; Cruzeiro x Novorizontino.
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No Brinco de Ouro
- Antes desse confronto, a última vez que Bahia e Guarani se enfrentaram foi em 2009, em Pituaçu, pela segundona. Deu Bahia 2 x 0. O Guarani, que já foi Campeão Brasileiro, em 1978, com apenas 17 pontos ganhos e brigando na parte de baixo da tabela de classificação, dentro da zona de degola, precisando vencer. O Bahia, com 30 pontos, entre os quatro primeiros. No Brinco, o Tricolor nunca tinha vencido.
- Tempo bom, gramado com boa aparência, verdinho, linheiro mas escorregadio, público razoável nas arquibancadas, com presença de tricolores, sem pressão. Valendo pontos pela penúltima rodada do primeiro turno da competição.
- O time da casa com seu verde tradicional predominante, o Bahia de camisetas brancas e time bastante modificado na defesa, meio-campo e ataque, num 3-5-2.
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Com bola rolando
- O time de Campinas/SP com a iniciativa, tentando empurrar o Tricolor para a defensiva. Mas a primeira boa chance foi do Bahia, aos 5’, numa enfiada de Patrick para Davo’, que dividiu com o goleiro e apanhou da bola. Aos 10’, escanteio, cabeçada e defesa do goleiro paulista, espalmando. Na cobrança ...
- Gol! 1 x 0 Bahia, aos 12 minutos. Daniel cobrou escanteio da direita, Ignácio antecipou-se à zaga campineira e testou firme, pro chão, abrindo o marcador.
- O Guarani (Bugre) respondeu aos 15’, num chute da entrada da área que acertou o poste de Danilo Fernandes, só olhando e torcendo. No contragolpe, quase o Bahia ampliou com Rai, de frente, chutando fora. Jogo aberto, lá e cá, na bola. Aos 29’, falta da intermediária, batida com força, assustou Danilo Fernandes. O Bugre equilibrou as ações, incomoda, alçando bolas na área baiana. O Tricolor já sem conseguir encaixar bem o contragolpe, apenas marcando, defendendo. O tempo passando... Aos 44’, num escanteio cobrado da esquerda, rasante, Mugni pegou mal de coxa na bola ao tentar afastar, e Danilo Fernandes salvou o gol contra, evitou o empate, mostrando relexo.
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Primeiro tempo movimentado. O Bahia achou o gol numa cobrança de escanteio e esteve bem até uns 20 minutos; daí postou-se atrás e sofreu pressão até o final. O meio campo tricolor continua lento e sem visão de profundidade, atrasando as bolas, prejudicando o contragolpe e entregando a bola ao inimigo – Daniel, Patrick e Mugni – sem objetividade, complicando.
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No intervalo, Ênderson trocou na ala esquerda – Djalma no lugar de Luiz Henrique. O Bugre em cima, fustigando, insistindo nos cruzamentos. O Bahia cometendo muitas faltas, à toa.
Olhe o VAR !
- Gol ! 1 x 1, aos 6 minutos. Bola levantada, mal resolvida e Bruno encheu o pé, mas a arbitragem foi chamada pelo VAR, o atacante flagrado em impedimento. Ainda bem.
Um Bahia opaco, só suportando atrás, já gastando tempo, sem conseguir incomodar na frente. Cravados 25 minutos e ... nada. O jogo fica feio, de segunda mesmo. Aos 29’, nova bola alçada cobriu a zaga baiana, Rodrigo entrou livre mas Danilo Fernandes abafou, fechando bem. Pressão do Bugre.
- Gol ! 2 x 0, aos 33 minutos. Raí, livre na pequena área, completou bom cruzamento de Mugni da esquerda, depois de tabela com Djalma. Primeira boa jogada e chance do Tricolor resultou em gol. Ufa!
E o Bugre morreu, caiu, abatido. Aos 35, em boa trama pela direita, Davó perdeu boa chance de ampliar. Nos acréscimos, André entrou costurando e foi derrubado na área paulista, pênalti claro, que o árbitro fez que nada viu. Aos 50’, o Bahia tramando na frente, Patrick bateu de frente, o goleiro salvou. C’est fini.
Um ótimo resultado, fora de casa, apesar de o Bahia não ter feito um grande jogo. Valeu. Três pontos fundamentais.
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Destaques para o goleiro Danilo Fernandes, o miolo de zaga (três zagueiros), o garoto André, Djalma no segundo tempo e Davó, que brigou muito.
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Escalações
- O Guarani do treinador Mozart: Koslinski, Ludke, João Victor, Derlan e Matheus Pereira; Leandro Vilela, Silas (Rodrigo), Eduardo Person (Martinho) e Bruno José (Benuto); Lucão e Maxwell.
- O Bahia de Ênderson Moreira: Danilo Fernandes, Ignácio, Didi e Gabriel Xavier; André (Borel), Patrick, Mugni, Daniel (Miquéias) e Luiz Henrique (Djalma); Raí (Marco Antonio) e Davó (Rodallega).
- Arbitragem carioca, com VAR; no apito, Bruno Arleu de Araújo (doido pra complicar).
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Pela 19ª e derradeira rodada da primeira fase da competição, o Bahia joga em casa, na Fonte Nova, contra o CRB de Alagoas; terça-feira, às 19h.
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Pela Série C, o Vitória joga neste domingo contra o Paissandu/PA, às 16h, no Barradão.