Esporte

BAHIA LEVA OUTRA VIRADA DO ATHLÉTICO PR E ESTÁ FORA DA COPA DO BRASIL

ZédeJesusBarrêto comenta que o Bahia começou bem e terminou mal
ZedeJesusBarrêto ,  Salvador | 13/07/2022 às 04:24
Felipão, técnico do Athlético PR
Foto: Athetico PR Face


O Bahia até surpreendeu, com três zagueiros, fazendo uma primeira etapa muito boa, abrindo o placar, criando chances de fazer mais gols, mas desperdiçou boas chances e... não suportou a pressão do Furacão, caiu, levou dois gols e a virada no final da segunda etapa – 2 x1, o mesmo placar da Fonte Nova. Justo, porque o Athlético é melhor, tem uma equipe mais qualificada. Resta focar na Série B.

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 Na Arena da Baixada

- Curitiba com tempo bom, 15 graus de temperatura. Gramado sintético, casa do Furacão, onde o time da casa não costuma perder. No primeiro confronto, o Rubro-negro paranaense venceu o Tricolor por 2 x 1, de virada, na Fonte Nova.

- O Bahia de branco, o Athlético de vermelho e preto.

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Com bola rolando ...

 O Tricolor entrou sem medo, encarando, tentando surpreender.

- Gol! 1 x 0, Davó, de puxeta ou meia bicicleta, após cruzamento da direita de Mugni, participação de Patrick; um golaço, em belo estilo. Aos 6 minutos.

 O Furacão, em casa, assustado com o gol do Bahia, foi pra cima, controlando o meio campo e empurrando o adversário para a defesa, na pressão total. O Tricolor explorava o contragolpe em velocidade.

- Aos 13’, num contra-ataque bem urdido, Gabriel Xavier perdeu gol feito, quase o Bahia ampliou. Aos 17’, Davó disparou, levou a marcação na corrida e ficou de cara com o goleiro Bento, que evitou o gol. Um Bahia surpreendente, até os 20, levando pânico à defensiva do Furacão, criando chances de ampliar o marcador na correria.  Duas chances claras desperdiçadas. Atrás, o Tricolor suportava bem, sem permitir penetrações do inimigo, que trocava passes e assediava, tinha mais volume de jogo. Um Bahia aplicado, brigando, como há muito não se via. Aguentaria até o final?

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 O Bahia achou o gol logo no começo e o time da casa sentiu o golpe; tinha de buscar o ataque, teve mais a bola, trocou passes, ocupou mais o campo adversário, sufocou mas criou pouco. O Bahia apostou nos contragolpes, a defesa do Furacão exposta, e teve chances de ampliar, desperdiçou duas ou três oportunidades claras. Com o placar de 1 x 0, que ninguém esperava, a decisão da vaga sairia na cobrança de tiros livres da marca do pênalti. Mas... restavam os 45 finais. Resistisríamos ?

 

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  Segunda etapa...

  Felipão, levando 1 x 0, mexeu na equipe e mandou todos pra frente. Mas, logo aos 2’, no contragolpe, o Bahia voltou a perigar, nova chance perdida, dessa vez com André. Pressão total do Furacão. O Tricolor apenas se defendia, com o passar do tempo, muito recuado, já sem pernas, afrouxando a marcação no meio campo. Ênderson, percebendo a queda de produção, trocou: Borel no lugar de André, que sentiu dores no músculo da perna; e Jacaré substituiu Raí (por volta dos 15’).

 - O jogo foi ficando encardido, pegado, catimbado, os jogadores dando trabalho à arbitragem. Aos 20’, Romulo, cara a cara, demorou de finalizar e Gabriel Xavier salvou o gol de empate. O Furacão dominava, empurrado o adversário pra trás. O Bahia suportava, apenas, o tempo passando. Aos 25’, o Bahia voltou a perigar, Jacaré teve a bola de frente mas bateu pra fora. Aos 30’, saíram Davó e Gabriel Xavier (ambos correram e jogaram muito), entraram Marcelo Ryan e Ze Vitor, mais fôlego, sangue novo. Mas ...

 - Gol! 1 x 1, Érick, de cabeça, escorando escanteio cruzamento de fundo, de Terans, aos 33 minutos. O empate classificaria o Athlético.

 - Precisando de fazer gol, Ênderson pôs Rodallega em campo, no lugar de Daniel. Ao tudo ou nada, pois. O Bahia, então, com pressa, e o Furacão já administrando. Os gols perdidos, as chances desperdiçadas no primeiro tempo fizeram falta no final. Faltou perna na segunda etapa para os tricolores.

 - Gol ! 2 x 1, a virada do Furacão, a repetição do mesmo placar da Fonte Nova. Bola perdida na frente, contragolpe e Rômulo entrou livre, de cara, definindo. Já nos acréscimos. O Athlético classificado. Merecidamente.

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Destaques

A estratégia de jogo e o bom primeiro tempo do Bahia, aplicado coletivamente, quando poderia ter ampliado o placar e definida a classificação. Deu mole no final. Davó, Daniel, o miolo de zaga, Mugni...  pela luta.

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Escalações

- O Athlético de Felipão: Bento, Khellven, Pedro Henrique (Mateus Felipe), Nico Hernandez e Abner (Pedrinho); Hugo Moura, Erick, Terans; Pedro Rocha (Cuello), Canobbio (Rômulo) e Pablo (Mateus Fernando).

- O Bahia de Ênderson Moreira com modificações, inclusive de esquema de jogo, entrando com três zagueiros: Daniel Fernandes, Gabriel ( Zé Vitor), Ignácio e Luis Otávio; André (Borel), Patrick, Daniel (Rodallega), Mugni, Matheus Bahia; Raí (Jacaré), Davó (Marcelo Ryan).

- Arbitragem com Var sob comando de Marcelo de Lima Henrique.

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 O Bahia volta a campo no sábado, em Campinas, para enfrentar o Guarani, pelo Brasileiro/Série B. O terceiro jogo seguido fora de casa. O elenco deve estar no bagaço, pelas viagens e pelo que correu em Curitiba.