Uma equipe sem alma, sem padrão, sem recursos perdeu (1 x 0) em casa para o modesto Novorizontino, decepcionando o torcedor que compareceu e deixando preocupados os que acreditam, ainda, numa classificação e volta à primeira divisão.
A equipe de Guto jogou muito mal, sobretudo na segunda etapa, mereceu a derrota, a terceira seguida diante de sua torcida, que já questiona o trabalho do treinador Guto. Com razão, pois a equipe não evolui, vem caindo de produção a cada jogo. Sem repertório, sem garra, sem condicionamento físico, sem produção coletiva.
Mesmo com a derrota, vergonhosa, o time continua na terceira posição. Mas... já preocupa, pelo péssimo futebol apresentado.
*
Na Fonte Nova
- Sábado de tarde invernosa mas limpa, céu azul, clima pós São João, arquibancadas com bom público (mais de 20 mil pessoas presentes).
- O Bahia vindo de duas derrotas seguidas perante seu torcedor, ocupando terceiro lugar na tabela de classificação (25 pontos), precisando retomar, recuperar em campo, na bola, a confiança do torcedor; o Novorizontino brigava pra fugir do grupo de baixo da tabela, com 14 pontos em 16º lugar (subiu, 17 pontos, foi pro meio da tabela).
- Como curiosidade, a primeira vez que esses clubes se enfrentam. O Tricolor de uniforme número um, camisetas brancas; o Novorizontino, do interior paulista, de amarelo e preto, auri-negro.
*
Com bola rolando ...
- Um começo nervoso do Tricolor, alguns jogadores (Matheus Bahia, Borel, Daniel...) errando passes bobos e seguidos, a bola queimando nos pés. Os visitantes mais assentados, sem estranhar o campo, o ambiente, encarando.
- Aos 5’, Davó disparou num bom contragolpe, mas ao invés de passar a bola (Jacaré livre), tentou decidir sozinho, cabeça baixa, e desperdiçou a primeira boa chance de gol. Aos 8’, boa jogada de Mugni pela esquerda, Rodallega perdeu o controle da bola na hora de finalizar. Muito brigado no meio campo. Aos 12’, bola da esquerda pra direita, Borel bateu rasante, cruzado e forte, Frigueri catou bem. Aos 14’, bela jogada de Mugni na direita, mas o chute foi na mão do goleiro.
- Aos 22 min, a primeira finalização do Novorizontino; Baggio, de longe, encaixe de Danilo Fernandes. O Bahia tem mais posse de bola e investe melhor pela direita, com Borel, Davó, Daniel triangulando. Os paulistas marcam bem e chegam nos contragolpes velozes pelos lados. Aos 33’, bom cruzamento da direita, Rodallega, marcado em cima, só raspou de cabeça.
Aos 44’, numa estocada paulista, gol anulado de Ronaldo, impedido. Um impedimento claro, sem dúvida, mas o VAR precisou de dois minutos para confirmar. Incompetência, ou ...
*
O primeiro tempo, que começou intenso, terminou morrinhento. Fraco tecnicamente, muitos erros de passe e sem emoção. Algumas vaias no intervalo. O time de Guto não engrena, não empolga... uma péssima jornada de Davó, Jacaré, até Rodallega, esses errando tudo.
*
Nos vestiários, Guto trocou Borel (com tonturas) por André. Um recomeço truncado, embolado, opaco, feio, faltoso. Aos 8’, bola alçada em cobrança de falta da intermediária, faltou a finalização na linha da pequena área paulista. O Novorizontino já se mostrava sem pressa, enervando. Um Bahia perdido, sem achar o jogo. Erros demais de parte a parte. 25 minutos e nada acontecia. Ruim de ver. Substituições, 30 minutos e nada. Não houve futebol na segunda etapa.
- Aos 36’, bola levantada da esquerda, falta alçada, testada frouxa, o goleiro Frigueri com a bola. A torcida tenta acordar o time. O Novorizontino à vontade, melhor em campo.
- Gol ! 1 x 0 Novorizontino. Cruzamento da direita, Diego Torres livre, na frente da pequena área, testou no canto, abrindo o placar. Aos 43 minutos.
Aos 45’, nova bola alçada na área paulista, Ignácio completou mas estava impedido. O Tricolor não jogou nada na segunda etapa.
*
Escalações
- O Bahia de Guto Ferreira: Danilo Fernandes, Borel (André), Ignácio, Luis Otávio e Matheus Bahia (Djalma); Rezende, Mugni (Gregory), Daniel (Emerson); Jacaré, Rodallega (Rildo) e Davó.
- O Novorizontino/MG escalado por Rafael Guanaes (estreante): Lucas Frigueri, Walber, Joilson, Paulinho e Romário; Jhony Douglas, Diego Torres, Danielzinho; Ronaldo, Ronald e Baggio (Lepo, Cleo, Bruno, Reverson, Welliton) .
- Arbitragem do rodado Marcelo Lima Henrique, hoje ligado à Federação Cearense; com VAR.
*
O próximo compromisso do Tricolor, pela 15ª rodada, é contra o Brusque, na terça-feira, dia 28, às 19h, no estádio Augusto Bauer. Duríssimo.
Neste primeiro turno, que termina na 19ª rodada, o Bahia ainda enfrenta Grêmio e CRB na Fonte Nova. E tem Vila Nova e Guarani fora.
*
Ainda pela Série B
- O Vasco, na noite de sexta, pegou o Operário, em São Januário, enfiou 3 x 0, chegou a 30 pontos, sentando praça como vice-lider, segunda colocação na tabela de classificação. O time carioca é o único invicto na competição.
- O Sport Recife, com 20 pontos ganhos, em 5º lugar, joga ainda neste sábado (25jun) contra o Brusque, na Ilha do Retiro. E o Cruzeiro, líder com 31 pontos ganhos, ainda enfrenta o Ituano, pela rodada, no dia 5 de julho, em Itu.
**
Série C
Pela Série C, o Vitória (em 16º lugar, com 11 pontos ganhos), de treinador novo (João Burse, estreando), jogando na noite de sábado, no estádio Lindolfo Monteiro, em Teresina, contra o Altos/PI, que tem 13 pontos e ocupa o 13º lugar na tabela de classificação.
*
O time escalado por Burse: Lucas Arcanjo, Alemão, Danilo Cardoso, Marco Antonio e Sanches; Leo Gomes, Eduardo, Allan Pedro e Santiago; Rafinha e Rodrigão.
Arbitragem pernambucana.
O Altos, treinado por Fernando Tonet: Rafael, Ferrari, Ramon, Lucas Silva e Dieyson; Tibiri, Valderrama e Marcos Aurélio; Elielton, Manoel e Betinho.
**
Um recado ao torcedor:
Não foi seu time que perdeu; o adversário é que ganhou.
**
